MPF dá 10 dias para Prefeitura de SP esclarecer suspensão de aborto legal em hospital referência no procedimento

Prefeitura alega que o programa foi suspenso para realizar no local mutirões de cirurgias envolvendo a saúde da mulher.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Prefeitura de São Paulo explique por que o serviço de aborto legal do Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital, foi desativado.

O local era o único do estado que realizava o procedimento em casos em que a gestação passa de 22 semanas.

O órgão deu o prazo de 10 dias, a partir desta quinta-feira (11), para que a prefeitura preste esclarecimentos. A solicitação foi enviada à Secretaria Municipal da Saúde.

A Procuradoria quer saber os motivos que levaram a administração municipal a suspender esse serviço e mantê-lo indisponível no hospital desde o mês passado.

O aborto legal é um procedimento de interrupção de gestação autorizado pela legislação brasileira em casos específicos e que deve ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É permitido quando a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco à vida da gestante ou quando há um diagnóstico de anencefalia do feto.

Além do Cachoeirinha, o órgão também pediu informações sobre outros quatro hospitais que também realizam aborto legal para saber se os hospitais têm feito o procedimento, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação:

Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé);
Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo);
Hospital Municipal Tide Setúbal (São Miguel);
Hospital Municipal e Maternidade Mário Degni (Jardim Sarah).
Tanto as unidades quanto a secretaria têm 10 dias úteis para enviar as respostas.

A prefeitura informou ao g1 que a pasta “não foi notificada pelo Ministério Público Federal (MPF) até o momento, mas está à disposição do órgão para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

Disse ainda que a reorganização promovida no Vila Nova Cachoeirinha “tem como objetivo realizar no local mutirões de cirurgias, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária” e que o procedimento segue sendo realizado nos hospitais referência da capital.

Marido acusado de matar esposa a facadas e incendiar a casa, na Zona Norte de SP, se entrega à polícia e é preso

Mario Wilbor dos Santos Santiago matou a esposa com sete facadas no banheiro da residência incendiada. Crime aconteceu no domingo (25) em Vila Nova Cachoeirinha.

Mario Wilbor dos Santos Santiago, suspeito de ter esfaqueado a esposa e depois atear fogo na casa dela na madrugada do último domingo (25), se entregou à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (26).

Ele estava sendo procurado desde o dia do crime, quando matou a companheira Juliana Assis de Campos na comunidade conhecida como “Boi Malhado”, em Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo.

O suspeito é acusado de feminicídio na investigação conduzida pela 4ª Delegacia da Mulher da capital.

Após se entregar, Mario Wilbo foi mantido preso depois de ter passado por audiência de custódia no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP_ nesta quarta-feira (27).

Entre a noite do último domingo e a madrugada de segunda-feira Juliana Assis de Campos foi vítima de feminicidio. O companheiro dela Mario Wilbor dos Santos Santiago é suspeito de ter esfaqueado a esposa e depois atear fogo na casa. Isso aconteceu na travessa George Eliot, 54 – Conjunto Habitacional Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da capital.

Segundo a polícia, Juliana Campos era mãe de três filhas. Um das meninas, de sete anos, estava na residência quando o crime ocorreu e foi resgatada por vizinhos.

De acordo com a família da vítima, o casal estava junto há um ano e meio, e tinha comemorado o casamento no final de semana passado.

Os vizinhos começaram a ouvir gritos durante a noite e depois viram a fumaça. Os bombeiros foram acionados e, por volta da meia-noite, constataram que a dona da casa, de aproximadamente 40 anos, estava morta no banheiro. A vítima tinha pelo menos 7 facadas.

O incêndio foi contido pelos bombeiros e a Polícia Militar, acionada. Parte parcial da residência foi queimada, uma parcela do quarto e um pouquinho do banheiro.