Médico é procurado pela polícia após ser acusado de estuprar ao menos seis pacientes em clínica do Tatuapé, Zona Leste de SP

Segundo as vítimas, Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, aproveitava a sedação de pacientes para cometer os abusos. Conselho Regional de Medicina (Cremesp) diz que investiga o proctologista. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido.

O médico proctologista Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, é procurado pela polícia acusado de estuprar ao menos seis pacientes em uma clínica do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.

Ao menos duas pacientes relataram à polícia que foram abusadas logo depois de terem sido operadas. O médico está foragido e, procurada, a defesa dele não se pronunciou.

Uma das vítimas do médico falou com o SP1, da TV Globo, na condição de anonimato e disse que procurou a polícia em 24 de agosto. Ela precisava fazer uma cirurgia que era minimamente invasiva e, depois da cirurgia, quando estava sob efeito de anestesia, foi abusada por Paulo Berchielli.

“Ele pediu para eu tirar toda a roupa novamente. Falei: ‘não tenho condições’. E eu já nem conseguia falar direito. A língua enrolava. Argumentei: ‘pode chamar a moça para me ajudar?’. E ele falou: ‘não, pode deixar que eu te ajudo’. Ele me debruçou em cima da maca, levantou o meu vestido e tirou a minha calcinha. E eu só sentia os trancos, né? Eu com o rosto para a maca. E houve até um momento em que eu estava batendo a cabeça na parede e cheguei a vomitar”, afirmou a moça.

“Nisso, ele virou a minha cabeça para o lado da pia. Ele mesmo virou a minha cabeça para o lado da pia. Eu tentando falar, mas não conseguia. Eu vi que ele saiu de trás de mim. Porque a pia ficava bem ao lado. E eu vi ele em frente a pia, tirando o papel toalha e se enxugando, se limpando, né? Eu não conseguia falar. E como ele tinha entrado na sala e já tinha me dado mais medicações, eu já não conseguia, ainda menos, falar”, completou.

O médico atendia na Rua Síria, no Tatuapé. A partir dos relatos das vítimas, a Polícia Civil, através da 5ª Delegacia da Mulher (DDM), abriu um inquérito para apurar as denúncias e colheu provas materiais que estão sob análise do Instituto de Criminalística (IC).

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também abriu investigação contra o médico e ofereceu denúncia contra ele à Justiça, que acatou a argumentação da promotoria e expediu um mandado de prisão contra o proctologista.

Com isso, a Polícia Civil procura por Paulo Augusto Berchielli, que ainda não se apresentou às autoridades policiais.

A reportagem do SP1 procurou o advogado do médico, mas não recebeu retorno.

O que dizem as autoridades
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil concluiu a investigação e também pediu a prisão preventiva do investigado.

A pasta ressaltou também que não houve perda de nenhum item apreendido durante a investigação – conforme denunciado por uma das vítimas. E que a peça íntima de uma das mulheres foi encaminhada ao IC para elaboração de laudos que foram concluídos e anexados ao inquérito.

A SSP declarou, ainda, que continua tentando localizar e prender o médico.

Já o Tribunal de Justiça de SP e o Superior Tribunal de Justiça disseram que o caso está em segredo de justiça.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), por sua vez, falou que continua investigando o médico em questão. Mas que as investigações também tramitam sob sigilo determinado por lei.

 

Acusado de tentar matar deputada estadual e ex-repórter é julgado no litoral de SP

Julgamento acontece no Fórum de São Vicente (SP), nesta terça-feira (24). Atentado contra Solange Freitas ocorreu em 2020, quando ela era candidata a prefeita de São Vicente. Diego Nascimento Pinto foi preso no início deste ano.

O julgamento de Diego Nascimento Pinto, um dos acusados de participar do atentado contra a deputada estadual Solange Freitas (União Brasil) em novembro de 2020, é realizado nesta terça-feira (24), no Fórum de São Vicente, no litoral de São Paulo. Na época do crime, ela era candidata a prefeita da cidade.

A tentativa de homicídio aconteceu na Avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, quatro dias antes das eleições municipais de 2020. O réu foi preso no dia 5 de fevereiro de 2023 e segue em regime fechado na Penitenciária Compacta de Tupi Paulista.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e três de defesa. Depois das oitivas, o réu será interrogado. Diego será julgado pelos crimes de participação por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso, que dificultou a defesa da vítima.

Segundo o advogado Ricardo Ponzetto, que representa Solange, o julgamento seria realizado no dia 10 de outubro e foi remarcado para esta terça-feira (24), pois a defesa de Diego Nascimento Pinto utilizou uma prova que não estava anexada ao processo.

“O inocente não se cala, normalmente ele vem com todas as provas. Para nós, é uma medida que será discutida em plenário e será tranquilamente afastada”, disse.

Já o advogado Mário Badures, que representa o acusado, afirmou ter sinalizado, que utilizaria a prova no julgamento. No entanto, de acordo com ele, a acusação protestou, alegando não ter recebido tempo para se preparar para esta argumentação. Assim, houve a decisão pela mudança de data.

“Temos certeza que vamos provar a inocência do réu Diego no Tribunal do Juri de São Vicente. Hoje, o réu será submetido a seus pares narrando todos os detalhes e provando que não tem nenhum tipo de participação nesse crime”, esclareceu Bandures.

Prisão do réu
Diego foi preso após ser localizado na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Praia Grande. De acordo com informações obtidas pelo g1, a Equipe Tática da Polícia Militar estava realizando um patrulhamento, na altura do Km 302, quando um veículo, ao perceber a aproximação da viatura, mudou de faixa de rolamento, facilitando a abordagem.

Os policiais realizaram busca pessoal e vistoria do veículo e nada de ilícito foi encontrado. No entanto, ao ser questionado sobre os documentos pessoais, Diego Nascimento Pinto declarou que não estava com eles e informou os números verbalmente.

Após consulta, os policiais confirmaram que tratava-se de um procurado da Justiça pelo crime de homicídio tentado contra a então candidata à prefeitura de São Vicente, Solange Freitas.

Relembre o caso
A candidata à Prefeitura de São Vicente pelo PSDB, Solange Freitas, e outras quatro foram alvos de tiros enquanto passavam pela Avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, por volta das 10h30 do dia 11 de novembro de 2020.

Um motociclista se aproximou do carro com a equipe, atirou na direção da janela do passageiro e fugiu em seguida. No entanto, o carro era blindado e ninguém ficou ferido.

No mês anterior ao atentado, criminosos invadiram o comitê eleitoral da candidata. A porta do local e uma placa, com o nome de Solange, foram destruídos. A fiação elétrica também foi furtada.

Um policial militar rodoviário foi preso em novembro de 2020, suspeito de envolvimento no atentado. O PM teve a prisão temporária decretada pela Justiça e foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Capital. Conforme apurado pelo g1, ele não era o atirador.

Um homem de 33 anos chegou a se apresentar na Delegacia Sede de São Vicente dias após o crime, alegando ser o autor do atentado contra a candidata. Porém, a Polícia Civil alegou que ele era um falso suspeito, pois as versões apresentadas pelo rapaz não correspondem com as investigações.

Solange Freitas
Solange Freitas é jornalista e começou a atuar na região na TV Litoral em 1991. Já em 2005, ela entrou para a equipe da TV Tribuna, afiliada da TV Tribuna na Baixada Santista e Vale do Ribeira.

Ela atuou como repórter até o início de 2020, quando se desligou da empresa para concorrer a Prefeitura de São Vicente pelo PSDB. Ela não venceu as eleições municipais, mas em 2022, foi eleita deputada estadual pelo partido União Brasil, com 81.870 votos.

Falso médico acusado de aplicar golpes em SP publicava vídeos na redes socias supostamente socorrendo pessoas

Anderson Leonardo Fernandes de Souza se apresentava como cardiologista formado pela USP, além de infectologista e dermatologista. Ele fazia consultas, dava palestras e receitava medicamentos até para bebês, usando um registro profissional inativo, de um médico que já morreu.

Anderson Leonardo Fernandes de Souza, de 28 anos, acusado de se passar por médico cardiologista formado pela Universidade de São Paulo (USP), usava um número de CRM inativo e publicava vídeos nas suas redes sociais supostamente socorrendo pessoas (veja vídeo acima).

Ele é acusado por pelo menos cinco vítimas – a maioria mulheres – de aplicar golpes financeiros e também fazer consultas médicas usando um número de registro profissional inativo pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de SP (Cremesp).

Em novos relatos, pessoas próximas contam que Anderson chegou a dizer que passou em uma prova de medicina da USP e mostrou documentos para comprovar o que ele estava dizendo. Uma amiga, que não quis se identificar, conta que ambos chegaram a trabalhar juntos como atendentes em um hospital.

Uma das vítimas, que morava junto com Anderson na época, conta que os dois se conheceram em um site de relacionamento. A comprovação da falsidade aconteceu no terceiro encontro presencial dos dois, quando a mulher decidiu pesquisar o CRM dele.

Anderson desativou a suas redes sociais onde tinha pelo menos 11 mil seguidores. Ele postava fotos de jaleco médico, em sala de atendimento e até se arrumado como se estivesse pronto para fazer uma cirurgia, além de vídeos sobre curiosidades médicas.

Novos relatos
Nesta semana, a TV Globo divulgou novos relatos sobre a atuação do falso médico; de uma amiga de longa data, de uma mulher que se relacionou com ele e do responsável por um cursinho popular na qual Anderson chegou a dar uma palestra como profissional.

Uma amiga, que não quis se identificar, contou que conhece Anderson há mais de sete anos. Segundo ela, os dois chegaram a trabalhar juntos como atendentes no Hospital Nove de Julho, para uma empresa terceirizada.

“Um dia ele chegou e falou que passou numa prova de medicina, da USP, com papel e tudo certinho, não dava para levantar nenhuma suspeita. Ficamos felizes com o acontecido e fizemos uma comemoração com relação a isso”, conta. 

A mulher chegou a morar com Anderson por nove meses junto com a companheira dele que, à época, era uma das vítimas. E, apesar da proximidade, ela afirma que jamais desconfiou da formação acadêmica do amigo.

“Teve uma certa ocasião, num almoço com diretores [de hospitais], que eu comentei que ele estava fazendo faculdade de medicina. Teve uma médica que deu livros para ele. Só que passou um tempo e ele sumiu. A gente saiu do hospital, ele acabou o contrato e foi viver a vida dele”, continua a amiga. 

“Eu quase não via ele. Ele falava que ia para os hospitais, chegou a postar fotos, gravar vídeos. Ele sempre falava e mostrava. Ele andava com as carteirinhas do Sírio [Libanês] e do Hospital Grajaú, tinha jaleco. Todas às vezes que eu estava, ele nunca deixou um ar de desconfiança”.

31 anos e três especializações
Uma outra mulher que se relacionou com o Anderson também conversou com a reportagem e explicou como conheceu o falso médico e quando começou a desconfiar das histórias que ele contava.

“A gente se conheceu por um site de relacionamento. A gente conversava toda madrugada, porque ele dizia que trabalhava toda madrugada. Ele falava que trabalhava no Sírio Libanês, que era cirurgião cardíaco, dermatologista e infectologista.  Comecei a estranhar aí porque ele tinha 31 anos e todas essas especializações… Não estava casando muito. Tenho um colega enfermeiro, e eles têm um sistema deles. Aí ele conseguiu puxar o Anderson Moura que trabalhava no Sírio e nenhum dos dois que tinha era ele”, pontua.

A comprovação da falsidade aconteceu no terceiro encontro presencial dos dois, quando a mulher decidiu pesquisar o CRM dele.

“Quando consultei estava no meio do encontro com ele e, como não sabia qual seria a reação, me mantive normal. Não demonstrei. Só que ele disse que iria viajar, que ia ficar um mês fora porque ia palestrar em outro país. E quando ele chegou no país que ele disse que iria, eu ainda queria ter certeza. Pedi para ele enviar uma foto de onde estava e ele sumiu. Visualizava minhas postagens, mas não me respondia mais.”

Mas, mesmo com as mentiras que havia conseguido comprovar, a mulher disse que ficou perplexa quando uma amiga comentou que uma reportagem sobre o falso médico estava sendo veiculada na televisão.

“Não sabia que a mentira era dessa proporção”, afirma. Agora, ela espera que outras pessoas não caiam no golpe.

“Espero que ele seja pego. É uma coisa ridícula isso. Se passar por médico, que é uma profissão muito séria. Espero que as mulheres pesquisem direitinho. Porque uma pessoa de 31 anos falar que tem todas essas especializações… Pelo que entendi, não era só em mulheres que ele aplicava golpes”, conclui.

Palestra em cursinho
No mês passado, Anderson chegou a palestrar para estudantes de um cursinho popular de Guarulhos, na Grande São Paulo, contando sua experiência profissional.

Um dos coordenadores da iniciativa explicou que eles não têm ligação com o falso médico e que também foram vítimas de um golpe.

“O contato inicial foi com uma de nossas voluntárias pela rede sociais. Ele se apresentava como médico, fez algumas conversas mostrando as páginas que ele tinha no Instagram e dava toda aparência que se colocava, não dava suspeita naquele início. Ele se apresentava com crachá, com uniformes dos hospitais que ele dizia trabalhar, etc. A gente não suspeitou de início”, relata Guilherme Ascendino, do Cursinho Meter as Caras.

“Até aquele momento, o Anderson aparecia como uma figura que poderia ter uma história interessante e motivadora para os alunos. Era um médico, negro, formado pela USP. Tinha toda uma história que podia ser interessante. Porém, a gente foi surpreendido”, continua.

Guilherme detalhou que o falso médico afirmou ter o diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e, por isso, foi o que menos discursou durante o evento no cursinho. No entanto, apesar de Anderson ter falado por apenas cinco ou dez minutos, o coordenador disse que o cursinho não se livrou da reação do público nas redes sociais quando a história do falso médico veio à tona.

“Tomou uma proporção maior do que a gente queria. Chegaram a contatar alunos nossos perguntando o que aconteceu, acusando o cursinho de ser conivente com o que ele aplicava. E, na verdade, a gente foi vítima também. E para nós, o dano à imagem foi muito caro”, afirma.

“A gente lamenta muito que isso tenha acontecido porque nosso trabalho é muito sério. A gente está aqui visando crescimento e que possa atender cada vez mais jovens e melhorar, colocar esses jovens na universidade pública através de uma educação transformadora”, completa.

Entidades envolvidas
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, por meio de nota, que instaurou inquérito policial para apurar o caso.

Com relação aos hospitais, o Sírio-Libanês disse que o médico citado não faz parte do corpo clínico e nunca teve nenhum tipo de vínculo com o hospital.

O Hospital Geral do Grajaú (HGG) também afirmou que não há nenhum cadastro, passagem ou atividade do profissional na unidade. Também não constam registros em nenhuma outra unidade de administração própria do estado de SP.

A TV Globo fez contato com a USP para saber sobre a formação de Anderson e, por meio de nota, a instituição explicou que não pode fornecer informações referentes a alunos ou ex-alunos.

O Cremesp destacou que o exercício ilegal da medicina é um caso de polícia, uma vez que a atuação do Conselho se limita a profissionais médicos registrados na autarquia. E que o órgão, quando identifica, por exemplo, durante fiscalização, que há profissionais se passando por médicos, ou quando o Conselho percebe tentativas de registro com apresentação de documentos falsos, como diplomas, a autarquia aciona os órgãos competentes, como o Ministério Público.

“Cabe ressaltar que o Conselho disponibiliza o Guia Médico em seu site, para que os pacientes possam checar se o profissional que o está atendendo é médico e está com registro regular no conselho”, disse.

 

Irmã de Zanin, ministro do STF, presta depoimento na delegacia e reconhece suspeito de atacá-la em SP

Vídeo mostra momento em que homem desfere chutes contra Caroline Zanin e os cachorros dela. Caso ocorreu na Zona Oeste, na última segunda-feira (15). Durante as investigações, agressor foi identificado pela Polícia Civil e intimado para depor.

A advogada Caroline Zanin Martins, irmã do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, prestou depoimento no 23º Distrito Policial nesta quarta-feira (18) e reconheceu por meio de uma foto o homem apontado pela polícia como o suspeito de agredi-la em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.

Uma câmera de segurança registrou o momento do ataque, registrado na última segunda-feira (15). Nas imagens, é possível ver a advogada parada com seus dois cachorros de estimação na frente de um prédio, quando um pedestre passa e dá pontapés nela e nos animais (veja acima).

Em entrevista à Globonews, ela disse que não conhece o agressor e afirmou que nunca tinha visto o homem antes.

“Eu tinha acabado de chegar no prédio. Não consigo acreditar. Foi muito de repente. Quando eu estava entrando no prédio ele me disse: ‘vou chutar você e os cachorros'”, contou.

O caso foi registrado como lesão corporal e ato de abuso a animais. Durante as investigações, o suspeito foi identificado como Rogério Cardoso Júnior, de 64 anos, vizinho de Caroline. Ele foi intimado para comparecer à delegacia nesta quarta. Porém, não foi até a unidade.

O g1 tenta contato com a defesa de Rogério.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Caroline foi ouvida e representou para instauração de inquérito policial. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não sabia o que havia motivado as agressões.

“As diligências prosseguem para esclarecer os fatos”, diz a SSP.

 

Homem suspeito pela morte de professora em Caçapava é preso em São José dos Campos

O corpo da vítima foi encontrado carbonizado na zona rural de Caçapava no fim de setembro.

Um homem suspeito de ter participado da morte de uma professora em Caçapava, em setembro deste ano, foi encontrado e preso em São José dos Campos na manhã desta terça-feira (17).

O caso aconteceu no dia 23 de setembro, quando o corpo de uma mulher foi encontrado carbonizado na zona rural de Caçapava – leia mais detalhes abaixo.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra Cleil Gabriel Pereira Filho, que foi encontrado em uma casa no Conjunto 31 de março, zona sul de São José.

Os agentes apreenderam ainda objetos que ajudarão na continuidade das investigações. O suspeito, que tem 43 anos e tentou fugir, era procurado também por dois casos de estelionato.

Além dele, um outro homem, de 37 anos, foi preso na mesma casa. Ele era procurado por tráfico de drogas em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.

Em seguida, os policiais foram até o bairro Rio Cumprido, em Jacareí, onde cumpriram um mandado de busca e apreensão também relacionado ao assassinato da mulher.

Segundo a Polícia Civil, a vítima foi morta no bairro Tijuco Preto e teve o corpo carbonizado. O crime foi cometido por dinheiro. A mulher vendeu um imóvel e os criminosos queriam roubar o valor da venda.

 

‘Macaco, escravo, preto adotado’: mãe denuncia escola particular em SP por omissão em casos de racismo contra filho adolescente

Família da vítima, que registrou boletim de ocorrência por injúria racial, diz que Colégio Ábaco, região de Perdizes, não agiu em outros casos. Direção da escola, no entanto, diz que ‘não havia recebido notificação de qualquer ocorrência nesse sentido’ em data anterior.

A mãe de um adolescente de 15 anos denunciou o colégio particular Ábaco, que fica na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, por se omitir diante de casos de racismo sofridos pelo filho, que cursa o 8º ano do ensino fundamental.

A mulher conta que, no último dia 9, o adolescente estava em sala de aula quando outro aluno apontou para a figura de um macaco e disse que era o garoto. Em outra ocasião, durante uma aula de história, o mesmo menino, de 13 anos, chamou a vítima de “escravo” e “preto adotado”.

 Fernanda Santos, mãe do adolescente, disse que participou de uma reunião com integrantes do colégio nesta segunda-feira (16). Em nota, a escola informou repudia discriminações de qualquer tipo e que, durante o encontro, “foram definidas e acordadas as ações educativas, que atualmente estão em andamento”. (leia íntegra abaixo)

“Tentaram culpar meu filho o tempo todo, dizendo que ele xingou a mãe do outro aluno, dizendo que ele precisa de acompanhamento psicológico. Não foi fácil de lidar”, afirmou a diretora de tecnologia.
Segundo a família da vítima, que registrou boletim de ocorrência por injúria racial, a escola não comunicou os responsáveis do adolescente agressor. “Ficamos sabendo porque [nosso filho], ao chegar em casa, falou que tinha sofrido racismo na escola.”

No BO, o delegado de polícia do 23º Distrito Policial de Perdizes afirmou que, com a análise das informações dadas pela mãe, “conclui-se que o caso tem feições” do crime descrito.

A mãe conta que não foi a primeira vez que o adolescente sofreu algum tipo de preconceito nas dependências do colégio, que, ao ser informado, foi omisso em todos os casos. A direção da escola, no entanto, diz que “não havia recebido notificação de qualquer ocorrência nesse sentido” em data anterior.

“Já havíamos comunicado a mãe do agressor que [nosso filho] vinha sofrendo bullying e preconceito, mas nenhuma atitude foi tomada, e o comportamento do menor continuou o mesmo”, apontou a mãe.
O que diz o Colégio Ábaco
“O Diretor do Colégio Ábaco – Unidade Sumaré, Sr. Marcus Vinícius Russo Loures, com sede na Avenida Dr. Arnaldo nº 1793, Bairro Sumaré – São Paulo – Capital, vem através do presente informar que essa Instituição de Ensino tem como um de seus princípios, a dignidade humana, que implica o respeito aos direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de vida digna e respeito nas relações interpessoais.

Informamos que o Colégio tomou conhecimento de um incidente de racismo ocorrido entre dois alunos, de 13 e 15 anos, nas nossas dependências, no dia 09 de outubro na última aula. No dia 10 de outubro, a orientadora educacional atendeu os adolescentes e deu início aos procedimentos. É importante destacar que até então, o Colégio não havia recebido notificação de qualquer ocorrência nesse sentido.

Entramos em contato com as responsáveis pelo aluno, com o intuito de agendar uma reunião em caráter de urgência. Infelizmente, as responsáveis não puderam comparecer.

Em virtude do feriado prolongado do dia 12 de outubro, essa reunião se realizou no dia 16 de outubro, às 8 horas da manhã. Durante esse momento, foram definidas e acordadas as ações educativas, que atualmente estão em andamento.

O Colégio segue os preceitos definidos no seu Regimento Escolar, bem como ao Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069/90 e demais legislações. Trata-se de adolescentes em formação e cabe à escola informar a todos os pais, alunos e membros da comunidade escolar que levamos essa questão muito a sério, que estamos comprometidos em tomar todas as medidas necessárias para garantir um ambiente seguro, inclusivo e respeitoso para todos os nossos alunos.

Reiteramos que a educação e a sensibilização contra o racismo são prioridades fundamentais para nós, e continuaremos a trabalhar ativamente para combater qualquer forma de discriminação em nossa instituição”.

Justiça torna ré por tentativa de homicídio motorista que atropelou quatro mulheres e bateu em dois carros em SP

Juliana Schmidt Daniel negou acusação, disse ter sido xingada e agredida, que não quis atingir ou tentar matar ninguém. Vídeo mostra atropelamento após discussão por vaga em estacionamento de salão de beleza em Taboão da Serra, Grande SP. Analista segue presa.

A Justiça aceitou nesta terça-feira (17) a denúncia do Ministério Público (MP) e tornou ré por tentativa de homicídio a motorista presa por atropelar quatro mulheres e bater em dois carros, na semana passada, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A pedido da Promotoria, ela continuará detida até o seu provável julgamento.

O caso ocorreu na última quarta-feira (11) no estacionamento de um salão de beleza e repercutiu na imprensa e nas redes sociais. Câmeras de segurança gravaram o momento em que a analista de sistemas Juliana Schmidt Daniel, de 32 anos, dá marcha à ré e depois acelera seu carro para frente, atingido as vítimas, que ficaram feridas sem gravidade (veja acima). Outras quatro pessoas foram atingidas pelo Hyundai HB20 branco dela, mas não se machucaram.

As quatro mulheres atropeladas, de 31, 32, 41 e 44 anos, disseram no processo que Juliana ameaçou matá-las após discutirem por causa de uma vaga no estacionamento do salão. A motorista negou as acusações, disse que foi xingada e agredida antes por diversas pessoas, que engatou a ré por engano e que não quis atingir ou tentar matar ninguém.

Segundo as vítimas, Juliana parou o veículo dela no local, mas não era cliente do salão, para ir com a filha criança a outro estabelecimento vizinho.

Quando voltou com a menina, Juliana não conseguiu tirar o Hyundai porque o dono do salão parou o carro dele na frente do dela, bloqueando sua saída. Ao tentar deixar o lugar, a motorista encostou o veículo no automóvel de uma cliente, o que gerou bate-boca.

As mulheres que estavam dentro do salão, clientes e funcionárias, saíram com o dono do lugar. As imagens mostram o grupo cercando Juliana e discutindo e trocando empurrões com ela, que entra no seu Hyundai, onde já estava a filha. Em seguida, a mulher engata a ré e atropela as pessoas. Depois acelera para frente a atinge mais uma pessoa.

Nas cenas é possível ver uma pessoas se aproximar da porta do banco do carona do carro de Juliana, onde estava a filha dela. Em seguida ele tira a chave do contato do veículo. A Guarda Civil Municipal (GCM) foi chamada e prendeu a mulher em flagrante.

Ela foi levada para o 1º Distrito Policial (DP) da cidade, onde acabou indiciada por tentativa de assassinato. O g1 não conseguiu localizar a sua defesa até a última atualização desta reportagem. A motorista negou ter cometido o crime e alegou inocência em seu interrogatório. Durante a audiência de custódia na Justiça, Juliana teve a prisão em flagrante convertida em preventiva a pedido do Ministério Público.

Para o promotor Severino Antonio Tavares Moreira Barbosa, responsável pela denúncia do MP contra Juliana, a mulher cometeu um crime por “motivo fútil” após discussão por “uma mera vaga de estacionamento”. Segundo a Promotoria, a motorista ainda usou o próprio carro para dificultar a defesa das vítimas, que “foram atingidas de surpresa”.

O juiz Gustavo de Azevedo Marchi, da 1ª Vara Criminal de Taboão, aceitou a acusação da Promotoria e tornou Juliana ré no processo. Caberá ao magistrado marcar uma data para a audiência de instrução, quando depois decidirá se submeterá a acusada a julgamento.

 

Quadrilha de ladrões de imóveis de luxo mandava homens bem vestidos para enganar porteiros, diz polícia

Três suspeitos foram presos na noite de sexta-feira (13) no hotel onde estavam hospedados. Com eles, a polícia encontrou pertences das vítimas, como dinheiro, bolsas, celulares, joias e perfumes.

A quadrilha de São Paulo que vinha ao Rio de Janeiro para furtar apartamentos de luxo na Zona Sul da cidade usava homens bem vestidos para enganar os porteiros, segundo a Polícia Civil.

Na noite de sexta-feira (13), policiais da 14ª DP (Leblon) e da 12ª DP (Copacabana) montaram uma operação conjunta e foram ao hotel onde os ladrões costumam se hospedar. Três suspeitos foram presos.

Segundo a polícia, em um vídeo é possível ver dois integrantes da quadrilha paulista fazendo check-in em um hotel da Lapa. De lá, eles foram para o quarto alugado.

Os funcionários não imaginavam que a dupla estava no Rio não para fazer passeios turísticos, mas sim, para fazer vítimas.

Segundo as investigações, os ladrões costumavam se hospedar em hotéis na região central da cidade, mas os alvos estavam em áreas nobres da Zona Sul.

Os criminosos se interessavam por pertences de proprietários de apartamentos caros. O trabalho em conjunto das unidades da polícia auxiliou no avanço das investigações.

“A prisão dos criminosos foi resultado da constante troca de informações entre as unidades da Polícia Civil, fazendo com que a ação policial fosse imediata e com o melhor resultado possível”, disse o delegado Gustavo Castro, da 12ª DP (Copacabana).
De acordo com a polícia, a quadrilha era formada por jovens vestidos com roupas caras. Eles se aproveitavam disso para ganhar a confiança dos porteiros e se diziam moradores ou visitantes.

Já dentro do prédio, arrombavam os imóveis e furtaram os pertences das vítimas.

Em outra imagem, do fim do mês passado, outros suspeitos aparecem chegando no mesmo hotel, na Lapa. Eles também vieram para assaltar apartamentos.

“Eles elegem os edifícios através do que eles veem. Então, eles param em um edifício, veem que é de um alto padrão e então adentram no edifício. Logo após o furto, eles retornam para São Paulo e lá eles comercializam esses bens furtados”, explica o delegado Felipe Santoro, da 14ª DP (Leblon).
Um rapaz de casaco preto e uma mulher de camisa estampada que aparecem na imagem fazem parte do bando, segundo a polícia. Os dois carregam malas. Eles agem sem levantar qualquer suspeita. Depois de preencher a ficha na recepção, entram no elevador e sobem para o quarto.

Os presos nesta sexta são Lucas Targino Oliveira, Juan do Carmo Fonseca Santana e Lucas Costa Guedes.

Com eles, os agentes encontraram vários pertences das vítimas, como dinheiro (real, dólar e euro), bolsas, celulares, joias e perfumes.

Os suspeitos vão responder por furto qualificado, organização criminosa e resistência.

“A Polícia Civil alerta para que porteiros sempre verifiquem com os proprietários se, de fato, aquelas pessoas que estão ingressando na residência, no edifício, são efetivamente moradores ou parentes”, diz o delegado Felipe.

O RJ2 não conseguiu contato com a defesa dos presos Lucas Targino Oliveira, Juan do Carmo Fonseca Santana e Lucas Costa Guedes. Segundo a polícia, os três permaneceram em silêncio na delegacia.

 

Homem agride vizinha com chute no rosto durante briga em condomínio de Guarulhos, na Grande SP

Episódio aconteceu em 24 de setembro, dia da final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo. A vítima teve luxação no rosto e desmaiou por causa da agressão. Por medo, ela e o filho de 8 anos deixaram o prédio, mesmo tendo medida protetiva. Polícia Civil apura o ocorrido.

Uma comerciante de 37 anos foi agredida com um chute no rosto por um vizinho dentro de um condomínio do bairro de Ponte Grande, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

A briga aconteceu no dia da final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo, em 24 de setembro. Imagens obtidas pelo g1 mostram o momento em que Michel Lapa inicia as agressões com socos contra a vítima, Liana Parente

A comerciante diz que teve uma luxação no maxilar por conta da agressão. A Justiça paulista emitiu uma medida protetiva que proíbe que Lapa se aproxime da mulher e do filho dela de 8 anos, que presenciou as agressões.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, no 1º Distrito Policial de Guarulhos, que abriu inquérito para apurar as circunstâncias da agressão.

O desentendimento começou quando Lapa – vestido com uma camisa do São Paulo – fez uma brincadeira com o filho flamenguista da vítima na quadra do condomínio, supostamente apertando as partes íntimas do garoto de 8 anos, segundo a versão da mãe.

Ao tirar satisfações com o vizinho sobre o ocorrido e filmar o rosto dele para mandar à síndica do prédio, Liana diz que começou a ser agredida com socos, sem chance de se defender.

Nas imagens, é possível ver que, depois que Liana já está zonza, ela tenta se escorar em uma mesa de pingue-pongue, que cai. Em seguida, o agressor – que está sendo acalmado por outros moradores do prédio – volta e dá um chute na cabeça da mulher.

Liana desmaiou e ficou alguns minutos desacordada, segundo as testemunhas. Na delegacia, ela exibiu os hematomas causados pelo chute de Michel Lapa.

“Não foi uma simples agressão. Foi uma tentativa de homicídio motivada por uma brincadeira sobre futebol que ele fez com o meu filho, pegando nas partes íntimas dele sem consentimento. (…) Ele estava muito alcoolizado”, disse a comerciante.

O g1 procurou Michel Lapa e a esposa dele, que solicitaram que o contato fosse feito com o advogado Leonardo Borges.

O advogado, por sua vez, não respondeu aos questionamentos feitos sobre o caso e limitou-se a dizer que seu cliente “não autoriza a publicação de sua imagem em nenhuma matéria jornalística”.

Filho traumatizado
As agressões foram presenciadas pelo filho da vítima, que, segundo Liana, ficou com trauma da cena e não quis voltar ao prédio desde o episódio.

“Meu filho está traumatizado e em pânico de voltar ao prédio. Depois do episódio a gente foi para a casa de uma amiga às pressas. Eu disse para ele que a gente precisava voltar para pegar roupas e documentos, e ele começou a ter crises de ansiedade”, contou Liana.

Atualmente, mãe e filho estão vivendo num apartamento improvisado cedido por amigos, até que encontre outro local para morar com a criança, já que a família dela mora na Bahia.

“Eu, agredida, tive que sair de casa com medo. E o agressor continua lá. Tive minha vida completamente transformada, enquanto ele está solto, sem responder por nada”, desabafou.
A SSP disse que o 1º DP já instaurou inquérito do caso e ouviu a vítima e testemunhas. Segundo a pasta, Michel Lapa “já foi intimado para comparecer na unidade policial para prestar esclarecimentos”.

“Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) foram incluídos nos autos e outras diligências seguem em andamento para a conclusão do caso”, declarou a pasta.

Mesmo com a medida protetiva, Liana diz que a família dela está traumatizada com o caso e, por isso, resolveu sair do prédio.

“Essa medida protetiva, eu não sinto que me protege. Eu estou traumatizada, meu filho, meu noivo. Por isso eu decidi sair. (…) Aquilo foi uma tentativa de feminicídio, como vemos todos os dias na televisão. A única coisa que quero é justiça. Que ele pague pelo que fez. E que nunca mais na vida nenhuma mulher ou criança sofra o que eu sofri [na mão dele]”, disse a vítima.
 

Mãe cearense denuncia companhia aérea após ser retirada de voo com filha que não tem braços e pernas

A pequena Maria Vitória, de oito anos, sofre de escoliose e não possui os membros inferiores e superiores. As duas voltavam de São Paulo, onde a menina tratava a saúde, e foram impedidas de seguir viagem.

A cearense Naíde Sales denuncia uma companhia aérea após ter passado por um momento que julga ‘humilhante’ na sexta-feira (6) com a filha de oito anos que sofre de escoliose e não possui as pernas e os braços desde que nasceu.

A pequena Maria Vitória embarcou em um aeroporto de São Paulo com a mãe após viagem para tratamento de saúde no estado. As duas, que são naturais da cidade de Reriutaba, interior do Ceará, voltavam para casa quando tudo aconteceu.

‘Fizemos o check-in, passamos pelo Raio-X. Ela não foi na cadeira de rodas, foi sempre nos braços. A gente entrou no avião, as aeromoças bem legais, acomodaram a gente, tudo normal. Depois, duas moças chegaram pedindo para a gente descer do avião’, explicou Naíde ao g1.

As duas funcionárias explicaram à mãe que a criança não poderia voar no colo da mãe. Já que Vitória não consegue sentar, as três deveriam desembarcar. A avó da menina também estava no voo.

Em nota, a GOL disse que elas não puderam embarcar por questões de segurança.

‘Infelizmente não foi possível que a criança usasse o cinto de maneira que sua Segurança durante todo o voo estivesse garantida. Conforme o que rege o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) em seu artigo 121, também não é permitido que crianças com dois anos completos ou mais viajem no colo de um adulto. Durante um voo, numa ocorrência de turbulência mais severa ou numa desaceleração, por exemplo, o uso do cinto de segurança é a forma mais eficaz para se evitar graves acidentes a bordo”, disse a companhia.
A família só conseguiu voltar ao Ceará porque outra companhia aérea cedeu o assento. Vitória voltou nos braços da mãe.

A gente nunca tinha passado por isso. O que passou na cabeça foi a gente ser humilhado’, disse Naíde.
Danos morais

O advogado João Mota, que está acompanhando o caso, disse que vai ingressar na justiça com uma ação de danos morais.

“O que nós esperamos é que a justiça dê uma multa pedagógica para a Gol. Fica a grande pergunta: a empresa aérea que levou ela de Fortaleza para São Paulo desrespeitou essa norma de segurança? O Direito diz que quando existe o conflito entre dois direitos, você vai optar pelo que causar menor dano à pessoa. Existe a questão da segurança e do respeito à dignidade da pessoa humana. Naquele momento, respeitar a dignidade estava acima”, disse João.

Veja a nota da companhia na íntegra:
“A GOL informa que na sexta-feira (06/10), durante procedimento de embarque do voo G3 1576, entre Congonhas (CGH) e Fortaleza (FOR), uma criança de 8 anos, com necessidade de atendimento especial, e sua mãe não puderam seguir viagem, pois, infelizmente, não foi possível que a criança usasse o cinto de maneira que sua Segurança durante todo o voo estivesse garantida.

Conforme o que rege o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) em seu artigo 121, também não é permitido que crianças com dois anos completos ou mais viajem no colo de um adulto. Durante um voo, numa ocorrência de turbulência mais severa ou numa desaceleração, por exemplo, o uso do cinto de segurança é a forma mais eficaz para se evitar graves acidentes a bordo.

A Companhia lamenta o inconveniente e reforça que as suas equipes de aeroportos e tripulação não mediram esforços para atender às necessidades das Clientes e tomaram as decisões sobre os procedimentos com base no nosso valor número 1: a segurança”