Polícia prende homem suspeito de matar colega de pescaria que não voltou do mar após saírem juntos

Segundo testemunhas, Valdecir Barbosa, que foi preso, tinha um relacionamento com a esposa de Iremar Gomes, que desapareceu em maio, após sair para pescar com Valdecir.

Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) prenderam nesta segunda-feira (6) o pescador Valdecir do Desterro Barbosa, de 55 anos, suspeito de matar e esconder o corpo do também pescador Iremar Gomes de Souza, 55 anos.

Segundo as investigações, os dois saíram juntos para pescar no dia 17 de maio, numa região conhecida como Rio Margem do Itá, em Santa Cruz, na Baia de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Contudo, apenas Valdecir retornou do dia de pesca.

Na ocasião, o pescador disse que o colega se desequilibrou e caiu no mar. Segundo seu depoimento, Valdecir não conseguiu encontrá-lo devido às péssimas condições climáticas do dia.

Equipes do Corpo de Bombeiros realizaram buscas na região. Mesmo com o apoio de embarcações e mergulhadores, o corpo de Iremar nunca foi encontrado na Baía de Sepetiba.

Durante as investigações, os agentes coletaram vários depoimentos. Em um deles, perceberam uma contradição nas explicações de Valdecir sobre um ferimento na perna.

Além disso, outras testemunhas afirmaram que Valdecir teria um relacionamento com a esposa de Iremar.

A pedido da DDPA, a 4ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão preventiva contra Valdecir, que foi localizado e preso nesta segunda-feira. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso e ocultação de cadáver.

 

Ex-marido de estudante encontrada carbonizada na Zona Oeste do Rio é preso

Raphaela Salsa Ferreira foi abordada na porta de casa depois de chegar do curso. Corpo dela foi encontrado carbonizado em Santa Cruz. Wagner Dias nega o crime, mas a polícia diz que há fortes indícios de que ele foi o autor do feminicídio.

Wagner Dias, ex-marido da estudante Raphaela Salsa Ferreira, de 38 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (31) por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital. Wagner é considerado o principal suspeito de matar carbonizada a jovem, e teve prisão temporária expedida pela Justiça do Rio de Janeiro.

Na segunda-feira (30), ele prestou depoimento à polícia e a prisão foi pedida logo depois.

À polícia, o suspeito negou o crime, mas os agentes destacaram que há fortes indícios de que ele tenha matado a ex-mulher e ainda tentou ocultar provas do crime.

Wagner tem uma anotação criminal por injúria, ameaça, lesão corporal contra Raphaela, em 2014, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, segundo a polícia.

O corpo de Rahaela foi encontrado carbonizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do RJ, na noite da última sexta-feira (27).

Segundo a Delegacia de Homicídios, Raphaela foi queimada viva. De acordo com o inquérito policial, Wagner não aceitava o fim do casamento de 14 anos que teve com a vítima. Testemunhas disseram à polícia que ela temia que Wagner descobrisse que ela estava se relacionando com uma nova pessoa.

O g1 apurou que, de acordo com as investigações, Wagner pegou um carro emprestado com um amigo e, na noite da quinta-feira (26), seguiu Raphaela da saída do curso até a casa dela, na Praça Seca. Uma câmera no entorno registrou quando a estudante entra, sem resistência, nesse veículo, sentando-se no banco do carona.

Além do ex, também foram convocados pela polícia a prestar depoimento o atual namorado de Raphaela, o amigo que emprestou o carro ao ex e o homem que teria comprado a gasolina para queimar a vítima.

O carro que pegou Raphaela na porta de casa antes de ela desaparecer passou por perícia.

O corpo carbonizado de Raphaela — que estava a 40 quilômetros de casa — foi reconhecido no IML pela arcada dentária e por tatuagens.

No domingo (29), o Disque Denúncia divulgou um cartaz em que pedia informações sobre os assassinos de Raphaela.

A família acreditava que Wagner, pai dos filhos mais novos de Raphaela, não tinha feito nada contra ela. A estudante estava separada há pouco tempo dele.

“Ela estava separada do marido, mas tinha um relacionamento muito amistoso com ele. Era uma coisa legal, ela precisava dele, ele estava sempre disponível. E assim foi, era isso. Que a justiça seja feita, a justiça seja feita”, disse uma parente.

Perseguição

Raphaela foi seguida do curso onde estudava até em casa. Imagens mostram a estudante saindo do curso de enfermagem às 21h20 da última quinta-feira (26), no bairro Pechincha. Ela entra num carro de aplicativo com destino à Praça Seca, onde morava.

Logo depois um carro que estava estacionado em frente desde as 20h sai atrás.

Uma outra imagem, 15 minutos depois, mostra Raphaela no portão de casa. O mesmo carro para em frente à vila, e ela entra do lado do carona. Pelas imagens não é possível identificar a placa do carro.

Como Raphaela não chegou em casa no horário de sempre, a família desconfiou.

“Ela saiu do curso, entrou no ‘Uber’ e não retornou para casa. A gente suspeitou porque nove e meia da noite, que é o horário que ela costuma chegar, ela ainda não tinha chegado. Começamos a ficar preocupadas. Desde então não dormimos”, disse a filha mais velha em um áudio.

O corpo de Raphaela foi encontrado na noite de sexta-feira (27), 24 horas depois do desaparecimento, carbonizado em Santa Cruz.

“Quem conhecia sabe que ela era de dentro de casa. Era mãe, cuidava dos filhos dela, estava fazendo o curso dela. Não tinha problema e nem envolvimento com nada. Estava só querendo voltar pra casa do curso dela. Mas infelizmente a notícia que a gente recebeu é que encontramos o corpo dela sem vida.”

O professor do curso de enfermagem disse que Raphaela era uma mulher alegre.

“Uma menina de extrema felicidade, muito alegre, muito amiga de todos os colegas. Todos gostavam dela dentro da sala de aula. Ela se destacava pela felicidade dela e alegria de estar estudando, de estar correndo atrás de uma coisa melhor para ela e para a família dela”, falou Wagner Santos Batista.

Raphaela era filha única e deixa quatro filhos, a mais nova com 1 ano e 10 meses.

Suspeito de atuar como segurança do miliciano Zinho é executado no Rio

Renan Ribeiro Viana, conhecido como Renan Bomba, foi morto com tiros de fuzil na Avenida Antares, em Santa Cruz. Ele tinha cinco anotações criminais e era suspeito de fazer a segurança do miliciano Zinho.

Um homem suspeito de integrar a milícia do Zinho, maior do estado do Rio, foi morto com tiros de fuzil na Avenida Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na noite desta quinta-feira (21). Renan Ribeiro Viana, de 36 anos, é suspeito de ser um dos seguranças do miliciano.

Ele estava passando de carro na via quando foi surpreendido por homens armados. O veículo ficou crivado de balas e Renan morreu no local.

Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) isolaram a área para a perícia da Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Renan era conhecido como Renan Bomba, e tinha cinco anotações criminais. Ele foi preso em 2015 já sob a suspeita de ser segurança de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. Na época, a milícia era chefiada pelo irmão dele, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes.

Carlos Alexandre acabou sendo morto em 2017 durante uma operação policial e a maior milícia do RJ passou para as mãos de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Após a morte de Ecko, Zinho assumiu o grupo e agora é um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro.

Prisão no camelódromo de Santa Cruz
Dois homens foram presos suspeitos de integrar a milícia do Zinho no camelódromo de Santa Cruz, no Rio, nesta quinta-feira (21). Jonatan da Silva Pereira e Erick dos Santos Lima foram presos em flagrante cobrando taxas de comerciantes.

Policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) monitoraram a ação criminosa durante horas antes da prisão. Erick tentou fugir e entrou em luta corporal com os agentes, mas acabou detido. Ele estava armado e usava uma tornozeleira eletrônica.

A polícia aponta que eles estavam cobrando as taxas aos comerciantes a mando do Zinho.

Além da arma de fogo, ao todo foram apreendidos dois aparelhos celulares e dinheiro. Os presos vão responder por formação de milícia privada, extorsão, resistência e porte de arma de fogo.

Homem se entrega à polícia e é preso por suspeita de matar a ex-mulher em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio

Casal estava divorciado. Eles tinham dois filhos pequenos.

Um homem de 30 anos se entregou à polícia em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e confessou ter matado a ex-mulher horas antes. O crime aconteceu na madrugada de domingo (3) para segunda-feira (4), na casa da vítima.

Giovana Anselmo Sodré foi encontrada morta dentro da casa que morava na Rua Santo Augúrio, no centro de Santa Cruz. Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) isolaram a área para perícia ainda na madrugada.

Enquanto isso, Iago Magno Thomáz decidiu se entregar à polícia e foi até a 36ª DP (Santa Cruz) acompanhado de um advogado. De lá, ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

A autoridade policial pediu à Justiça que a prisão em flagrante fosse convertida em temporária, e agora Iago passará ao menos 30 dias detido enquanto a investigação continua.

Ele responde pelo crime de feminicídio. A família da vítima esteve no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro, para fazer a liberação do corpo para o sepultamento.

Giovana e Iago estavam divorciados e ainda não se sabe o que teria motivado o crime. Eles tinham dois filhos pequenos juntos.