Nova etapa da Operação Adsumus mira ex-prefeito de Santo Amaro

Mais uma etapa da Operação Adsumus foi deflagrada, na manhã desta segunda-feira (18), pela Polícia Federal e o Ministério Público da Bahia (MP-BA). De acordo com informações apuradas pelo Metro1, um dos alvos da ação é o ex-prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT).

Nova etapa da Operação Adsumus mira ex-prefeito de Santo Amaro

Mais uma etapa da Operação Adsumus foi deflagrada, na manhã desta segunda-feira (18), pela Polícia Federal e o Ministério Público da Bahia (MP-BA). De acordo com informações apuradas pelo Metro1, um dos alvos da ação é o ex-prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT).

Desde o início do dia, agentes estão em uma casa ligada ao petista em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana. Ao todo, são cinco mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão em Salvador, Lauro e Cruz das Almas. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional (CSI), de promotores de Justiça da Bahia e das polícias Militar e Rodoviária Federal.

A ação, conforme o MP, visa “reprimir delitos contra a administração pública, lavagem de dinheiro e licitações e contratos fraudulentos praticados entre os anos de 2012 e 2016 no âmbito das prefeituras de Muritiba e Santo Amaro, na Bahia”. O Metro1 tentou contato com o ex-prefeito Ricardo Machado, mas não obteve sucesso.

Polícia Federal prende Guido Mantega, na operação Arquivo X
Polícia Federal prende Guido Mantega, na operação Arquivo X

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso temporariamente na manhã de hoje (22) no âmbito da Operação Arquivo X da Polícia Federal. De acordo com nota do Ministério Público Federal no Paraná, em julho de 2012, o Consórcio Integra Ofsshore, formado pelas empresas Mendes Júnior e OSX, firmou contrato com a Petrobras no valor de US$ 922 milhões, para a construção das plataformas P-67 e P-70. No total, são cumpridos 48 mandados em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

Em depoimento ao Ministério Público, o empresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, disse que, em novembro de 2012, Guido Mantega, que à época era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, teria pedido R$ 5 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT).

Para operacionalizar o repasse, Eike Batista firmou contrato falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em abril de 2013 constatou-se a transferência de US$ 2,350 milhões, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.

As consorciadas, que não tinham tradição no mercado específico de construção e integração de plataformas, viabilizaram a contratação mediante o repasse de valores a pessoas ligadas a agentes públicos e políticos.

As investigações revelaram que há indícios de que cerca de R$ 7 milhões foram transferidos, entre fevereiro e dezembro de 2013, pela Mendes Júnior para um operador financeiro já condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Ele teria ligações com um partido político e com a Diretoria Internacional da Petrobras. Os repasses foram viabilizados por empresa de fachada que, de acordo com a Procuradoria do Paraná, não tinha uma estrutura minimamente compatível com os valores recebidos.

As investigações também identificaram repasse de mais de R$ 6 milhões pelo Consórcio Integra Ofsshore com base em contrato ideologicamente falso firmado em 2013 com a Tecna/Isolux. As provas testemunhal e documental, que instruíram a representação do Ministério Público Federal (MPF), revelam que o valor foi transferido no interesse do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e de pessoas a ele relacionadas.

Constatou-se ainda que, no período dos fatos, empresas do grupo Tecna/Isolux repassaram cerca de R$ 10 milhões à Credencial Construtora, já utilizada por Dirceu para o recebimento de vantagens indevidas.

Entre março de 2013 e junho de 2014 foram identificados repasses de mais de R$ 6 milhões da Mendes Júnior a empresas ligadas a um executivo do grupo Tecna/Isolux.

O ex-ministro Guido Mantega será levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba. Às 10h os procuradores e delegados da Polícia Federal concedem entrevista coletiva para dar detalhes da operação.

 
 
Ex-ministro de Lula e Dilma é preso por PF

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No total, estão sendo cumpridos 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

O ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília, batizada de “Custo Brasil”.

Paulo Bernardo é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Tabém foi levado em condução coercitiva, quando a pessoa presta depoimento e depois é liberada, Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência do governo Dilma.

Outro mandado de condução coercitiva foi para o jornalista Leonardo Attuch, que administra o blog ‘Brasil 247’. Ele já havia aparecido nas investigação da Lava Jato como suspeito de ter recebido dinheiro por serviços não executados.

A sede do PT no centro de São Paulo também foi alvo de buscas da Polícia Federal . Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.

No total, estão sendo cumpridos 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. São 11 de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento. Um dos mandados de busca foi cumprido na casa de Bernardo e Gleisi, no bairro Água Verde, em Curitiba.

Operação Aletheia investiga obras em sítio e tríplex ligados a Lula

A 24ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Aletheia, foi deflagrada nesta sexta-feira

São Paulo – A 24ª fase da Operação Lava-Jato, nomeada Operação Aletheia, foi deflagrada com base em investigações sobre a compra e reforma de um sítio em Atibaia frequentado pelo ex-presidente Lula, o fato de sua mudança ter sido transportada para o local e a relação desses episódios com empreiteiras investigadas, além da relação dele com um tríplex no Guarujá reformado pela OAS.

A investigação que atinge em cheio o principal nome do PT ocorre um dia depois de vir à tona a delação do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) na qual o parlamentar afirma que a presidente Dilma Rousseff teria atuado para interferir nas investigações no Judiciário e de que Lula teria pedido para ele procurar o filho de Nestor Cerveró para evitar que o ex-diretor da estatal não implicasse José Carlos Bumlai.

Ainda segundo o senador, que foi solto recentemente pelo Supremo após ser preso em flagrante por tentar prejudicar as investigações, o ex-presidente teria demonstrado preocupação com as investigações da Operação Zelotes sobre compra de Medidas Provisórias em seu governo e que envolvem seu filho Fábio Luís Lula da Silva e pedido para ele evitar que os lobistas investigados no esquema fossem convocados para depor na CPI do Carf no Senado.

 

“Operação Lava Jato chegou até Lula e os indícios são fortes”, diz Pozzobom
Prisão de líder do governo é segunda fase da Operação Politeia

Ação é conduzida pela força-tarefa da Lava-Jato que atua em Brasília, focada em investigados com foro privilegiado, e sem relação direta com as apurações que ocorrem em Curitiba

André Corrêa / Senado 

André Corrêa / Senado

As quatro prisões que incendiaram o cenário político brasileiro na manhã desta quarta-feira, com a detenção do líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT), não são parte da força-tarefa da operação Lava-Jato que atua em Curitiba.

Na capital do Paraná, sob jurisdição do juiz Sergio Moro, tramitam apenas os processos e investigações referentes a pessoas sem foro privilegiado: em maioria, são grandes empresários, operadores financeiros e ex-dirigentes da Petrobras.

Como a prisão de Delcídio Amaral repercutiu no Planalto e no Congresso

Com a magnitude da Lava-Jato, um dos desmembramentos da operação remeteu para Brasília investigações atreladas a políticos que teriam participado do esquema de desvio de verbas bilionárias da Petrobras.

Na capital federal, há uma outra força-tarefa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal atuando. Os investigadores, quando pretendem fazer denúncia, se reportam ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Este, por sua vez, faz os encaminhamentos de pedidos de prisão ou busca para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais para Cerveró não participar de delação premiada, diz PGR

Foi o que ocorreu na manhã desta quarta-feira: o MPF descobriu que o senador Delcídio Amaral tentava obstruir investigações, com destruição de provas e oferta de mesada para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fazer delação premiada, expediente em que ele poderia contar o que sabe, incluindo os supostos benefícios indevidos obtidos por Delcídio na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras.

Ao reunir provas da tentativa de obstrução, o MPF as entregou a Janot, que elaborou os pedidos de prisão, aceitos pelo STF.

Filho de Cerveró acertou gravação com Procuradoria-Geral da República (PGR)

Além de Delcídio, também foram presos o seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, e o advogado do senador, Edson Ribeiro, além do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual. Eles ficarão em Brasília, mesmo sem foro privilegiado, por terem se envolvido em um episódio com um senador, que detém a prerrogativa de somente ser investigado no âmbito do STF.

A força-tarefa de Brasília define a ação desta quarta-feira como a segunda fase da Operação Politeia, iniciativa ostensiva contra políticos investigados no STF.

Planalto e PT já discutem novo nome para liderança do governo

Na primeira etapa da Politeia, em 14 de julho, foram cumpridos 53 mandados. Agentes da PF foram às residências do senador Fernando Collor (PTB-AL) em Brasília e Maceió, onde foram apreendidos uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini.

Também ocorreram buscas nas moradias dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE), do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), dos ex-ministros Mário Negromonte (PP-BA) e do ex-deputado João Pizzolati (PP).

Amigo de Lula, pecuarista de MS foi preso em operação feita a pedido de Moro, diz revista

O pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi preso em operação deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato para atender pedido feito por Sérgio Moro. Conforme reportagem do fim de semana da revista Veja e do The Intercept Brasil, o ministro da Justiça e Segurança Público cobrou prisão de impacto e definiu os prazos para que a denúncia fosse recebida antes do recesso do Judiciário em 2015.

As novas revelações reforçam as acusações contra o magistrado, de que atuou ao lado da acusação e feriu o princípio constitucional da imparcialidade. As conversas ocorreram por meio do aplicativo de mensagens Telegram.

Pecuarista será o 1º rico e poderoso de MS a cumprir pena na Lava Jato
Lava Jato: PF erra de casa e Bumlai, amigo de Lula, e filho se tornam réus por porte ilegal de arma
PF suspeita de repasse de R$ 11 milhões pela JBS a Bumlai
De acordo com Veja, em conversas feitas no Telegram, no dia 13 de outubro de 2015, o procurador Paulo Galvão, o PG, menciona a cobrança do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. “Estava lembrando aqui que uma operação tem que sair no máximo até por volta de 13/11, em razão do recesso e do pedido do russo (Moro) para que a denúncia não saia na última semana”, disse.

O interlocutor, o procurador Robson Pozzobon concorda. “Após, isso vai ficar muito apertado para denunciar”, disse. “Uma grande operação por volta desta data seria o ideal. Ainda é próximo da proclamação da república, rsrs”, acrescenta, rindo.

Com autorização de Sérgio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Passe Livre no dia 24 de novembro de 2015. Bumlai foi preso pelo empréstimo de R$ 12 milhões concedido em 2004 pelo Banco Schahin, que teria sido repassado ao PT. O dinheiro seria propina da Schahin Engenharia, que ficou com o navio-sonda Vitória 10.000 da Petrobras.

Os procuradores cumpriram a risca a recomendação do magistrado e protocolaram a ação penal no dia 14 de dezembro de 2015. Sérgio Moro aceitou a denúncia no dia seguinte.

Sobre este caso, Veja e o The Intercept Brasil reproduzem outro diálogo entre Moro e Deltan Dallagnol, onde o magistrado cobra manifestação do MPF no pedido de habeas corpus do pecuarista. “Preciso de manifestação mpf no pedido de revigação da preventiva do bmlai até amanhã meio dia”, pede.

“Ok, será feito”, responde o procurador chefe da Lava Jato. Em seguida, Dallagnol envia decisões de magistrado sobre prisões para que Moro as utilize quando “precisar prender alguém”.

PF indicia ex-pró-reitor e advogado por corrupção ativa

A Polícia Federal indiciou o ex-pró-reitor de Administração da Ulbra, Pedro Menegat, e o advogado Luiz Vicente Dutra por corrupção ativa, no desfecho da Operação Fariseu. A operação foi deflagrada em 2008 para investigar 60 instituições suspeitas de obter títulos de filantropia em troca de propinas.

O relatório da PF cita o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB), que tem um contrato de consultoria entre a sua empresa e a Ulbra, no valor de R$ 1,4 milhão, investigado pelo Ministério Público Federal. De acordo com a PF, entre as contrapartidas exigidas pelo parlamentar estaria uma solução política para a obtenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) para a Ulbra válido para os anos de 2007 a 2009. O relatório da Operação Fariseu mostra que, tecnicamente, os integrantes do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) haviam barrado a tentativa de renovação do Cebas por três vezes devido à constatação de repasse de patrimônio para integrantes da Reitoria e a não comprovação de 20% de gratuidade nos serviços prestados.

Nem foi preciso que o deputado entrasse em campo – inclusive, no final de 2007, lhe foi pedido que “não interviesse nesse momento”. O advogado Luiz Vicente Dutra, sócio da LD Consultores, se encarregou de obter o papel “na marra”.

Através de grampos telefônicos autorizados judicialmente, a PF flagrou Menegat autorizando o pagamento de um valor entre R$ 5 mil e R$ 8 mil ao conselheiro que elaborasse um parecer encomendado pela gestão. Em uma das gravações Menegat pergunta a Dutra o valor da propina, indicando que a prática não seria novidade: “Me dá uma sugestão [de quanto isso vai custar], dentro do critério de sempre”.

Menegat também concordou em pagar viagens de conselheiros a Porto Alegre na tentativa de reverter resistências à concessão do certificado. Em outubro de 2007, por exemplo, a Ulbra repassou à empresa Tripsul (cuja proprietária é esposa do advogado Dutra) valores correspondentes às duas diárias de R$ 200 e o aluguel de um carro de R$ 750. Utilizaram os serviços os conselheiros Ademar de Oliveira Marques e o relator do processo de concessão de certificado à Ulbra, Marcelo Garcia Vargen, ambos indiciados pela PF por corrupção passiva.

Vargen declarou que não recebeu benefícios financeiros e que estranhou que Ademar Marques tivesse feito “uma defesa tão aguerrida” da Ulbra no plenário do CNAS em janeiro de 2008, quando foi deferido o pedido da instituição. Ele justificou seu voto em favor da Ulbra, alegando que sofreu “ pressão política de toda a ordem para que o processo fosse aprovado”, inclusive do secretário estadual da saúde do RS. Segundo Vargen, Osmar Terra teria afirmado que a saúde da região Metropolitana iria falir, caso a Ulbra perdesse o certificado.

Em depoimento à PF, Menegat disse que considera “normal” a transação. “Temos um contrato de consultoria com a empresa de Dutra, envolvendo o atendimento a todas as unidades da Ulbra. O pagamento desse tipo de despesa (viagens, hotéis e locação de veículo) está incluído”, alegou. A Procuradoria-Geral da República deverá decidir se apresenta denúncia criminal contra os acusados.

Justiça responsabiliza Ruben Becker

No dia 21 de agosto, oficiais de Justiça retiraram 240 carros do “Museu da Tecnologia”, da Ulbra. Os veículos confiscados não estavam registrados no nome da Celsp, pois pertencem ao exreitor, Ruben Becker. A ação da Justiça Federal tornou pública uma evidência que há muito vinha sendo apontada pelo Sinpro/RS de que há uma confusão entre o patrimônio de Ruben Becker e o da Universidade. “É mais uma mostra do personalismo que o ex-reitor conferiu à sua gestão e uma das razões que levaram à derrocada da instituição, uma crise que vem de longe”, constata Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

A ordem para recolher os veículos é consequência de uma decisão tomada no dia 31 de julho, que determina que o ex-reitor e outros cinco integrantes de sua gestão – o filho de Ruben, Leandro Eugênio Becker, o ex-presidente da Celsp, Delmar Sthanke, os contadores Aérnio Dilkin Penteado e Aérnio Dilkin Penteado Júnior e Graziela Graciolli de Lima Maria – sejam responsabilizados pelos danos ao patrimônio da União.

O ex-reitor teve todo o seu patrimônio, avaliado em R$ 40 milhões, indisponibilizado pela Justiça. Além do acervo do Museu, calculado em R$ 15 milhões, foram penhorados apartamentos, coberturas e carros de luxo do ex-reitor e das empresas de sua propriedade. Já foram recolhidos um Audi A8 avaliado em R$ 600 mil e duas BMW que, juntas, valem mais de R$ 700 mil. A última, penhorada há cerca de um mês, estava no nome da esposa de Ruben Becker, Luiza Madalena Konrath Becker. Os R$ 2.634,33 mensais que ela recebia como funcionária da Celsp foram considerados pela Justiça como insuficientes para manter tal patrimônio.

MP investiga contratos suspeitos

O processo é uma execução fiscal, o que impede que a Justiça Federal vá além da penhora de bens e encaminhe as suspeitas para investigação do MPF e da Polícia Federal. “A situação deles vai piorar se for comprovado que a dívida da Ulbra foi usada para proveito próprio”, sinaliza o juiz federal Guilherme Pinho Machado. A auditoria ordenada pela Justiça Federal que atua dentro da Ulbra encontrou dezenas de contratos milionários assinados pelo ex-reitor, que beneficiam empresas de familiares e de políticos. Estão na lista o vice-governador, Paulo Feijó (DEM), o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) e o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT). Na maioria dos casos, há indícios de superfaturamento ou falta de comprovação de que os serviços foram efetivamente prestados. A empresa de Feijó foi contratada sob absoluto sigilo para intermediar a venda dos hospitais Luterano, Independência e Tramandaí. Detalhe: os três estavam penhorados para pagar dívidas da instituição. “Só com muito boa vontade se pode considerar descuido por parte de uma empresa assinar contrato para vender bens sem observar a respectiva matrícula pública”, aponta Machado.

Foco da Operação Pixuleco II se volta para Paulo Bernardo, o marido desempregado de Gleisi Hoffmann
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“Pixuleco 2” prende petista e apura propinas de R$ 50 mi no Planejamento

Operador de esquema de desvios em créditos consignados é ex-vereador. Em Brasília, buscas atingem escritórios de advocacia

A Polícia Federal deflagra nesta quinta-feira (13) a 18; fase da Operação Lava-Jato. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. O alvo são negócios no Ministério do Planejamento e o objetivo é apurar negócios envolvendo propinas de R$ 50 milhões.

A operação ;Pixuleco 2; cumpre mandados em Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. São dez ordens de busca e apreensão. A PF prendeu o ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Corrêa de Oliveira Romano (PT). Ele ficará detido temporariamente, ou seja, por até cinco dias, por ordem de Sérgio Moro. Ele é apontado como um operador do esquema de corrupção no Ministério do Planejamento. Foram mobilizados 70 policiais na operação de hoje.

Em Brasília, os policiais cumprem ordens de busca e apreensão em firmas de advocacia e no escritório da JD2 Consultoria, registrada nos nomes de Márcia Souza e Dércio Souza.

[SAIBAMAIS]

O objetivo é apurar negócios envolvendo subornos de R$ 50 milhões ; os chamados ;pixulecos;. Os valores foram obtidos a partir de contrato de crédito consignado com o Ministério de Planejamento. As propinas foram confirmadas pela investigação por meio de valores recebidos através de empresas de fachada.

A Lava-Jato apurou que o lobista Milton Pascowith, que afirmou ter pago propina de contratos da Petrobras ao ex-ministro José Dirceu, recebeu R$ 10 milhões da empresa Consist ; firma que tem contratos com o Ministério do Planejamento. O dono da Consist, Plablo Kupersmit, foi preso na 17; fase da Lava-Jato. Mas foi solto ontem pelo juiz Sérgio Moro.

Pixuleco
O ex-ministro José Dirceu e o irmão dele, Luiz Eduardo, foram presos na 17; fase da Operação Lava-Jato, apelidada de ;Pixuleco;. O termo inusitado é um apelido para ;propina; usado pelos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.

Na 17; fase, além de Dirceu e do irmão, foram presos também Roberto Marques, o ;Bob;, ligado ao ex-ministro e servidor da Assembleia Legislativa de São Paulo, o lobista Fernando de Moura, Olavo de Moura e Pablo Kipersmit.