Investigado na Operação Rock City apresenta-se à Polícia Federal

Empresário é acusado de pagar propina disfarçada de doação eleitoral

O empresário Walter Faria apresentou-se hoje (5) na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ele estava foragido há cinco dias. Na semana passada, Faria e outros investigados tiveram prisão decretada pela juíza Gabriela Hardt na Operação Rock City, que investiga denúncias de pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais pelo Grupo Petrópolis. 

De acordo com a PF, um dos executivos da empreiteira Odebrecht, em colaboração premiada, afirmou que usou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela empreiteira com o grupo investigado, no valor de R$ 120 milhões. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo.

O grupo também teria auxiliado a empreiteira Odebrecht a pagar valores ilícitos, por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior. 

No total, Walter Faria e mais três executivos do Grupo Petrópolis teriam atuado na lavagem de cerca de R$ 329 milhões em contas fora do Brasil e movimentado US$ 106 milhões em operações no exterior, diz o Ministério Público Federal (MPF), que também participa das investigações

O Grupo Petrópolis é dono de marcas de cervejas como Itaipava, Crystal e Petra, além de vodcas e de bebidas não alcoólicas. Em nota, após a decretação das prisões, a empresa informou que “seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes” e que “sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos”.

 

Polícia Federal faz buscas no Ministério do Trabalho em nova fase da Operação Registro Espúrio

Quinta fase da operação investiga fraudes e desvios relacionados a registros sindicais. Ricardo Leite, consultor jurídico do ministério, e ministro substituto, foi suspenso do cargo.

Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (13) a quinta fase da Operação Registro Espúrio, que investiga fraudes e desvios relacionados a registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho. O ministro substituto, Ricardo Santos Silva Leite, foi suspenso do cargo e impedido de entrar no ministério.

O objetivo da nova etapa, de acordo com a PF, é aprofundar investigações em autorizações irregulares de restituição de imposto sindical. O dinheiro, segundo investigadores, foi desviado da Conta Especial Emprego e Salário (CEES), onde são depositadas restituições de imposto.

Em nota divulga no início da tarde desta quinta, o Ministério do Trabalho afirmou que acompanha as ações da Polícia Federal e que, desde o início da atual gestão, “foram tomadas todas as medidas necessárias para apuração, a fim de evitar prejuízos ao erário e sanar possíveis problemas” (leia ao final desta reportagem a íntegra do comunicado divulgado pelo ministério).

Prefeito Lula Cabral é preso na Operação Abismo da Polícia Federal
Foto: Alepe/Divulgação

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (19) na deflagração da Operação Abismo da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes no instituto de previdência do município da Região Metropolitana do Recife (RMR), o CaboPrev. A assessoria da prefeitura ainda chegou a divulgar uma nota em que negava a prisão do socialista e que afirmava que Lula Cabral teria sido alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência.

Segundo as investigações, que correm em segredo de justiça, o prefeito da cidade teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.

Além do prefeito, são alvos da operação empresários, lobistas, advogados, religiosos e outras pessoas que de uma forma tem participação com o suposto esquema criminoso.

Ao todo, 220 policiais federais atuaram para cumprir 64 ordens judiciais, sendo 42 mandados de busca e apreensão, dez mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Justiça condena seis pessoas por fraudes no seguro-desemprego em Anápolis

Grupo criminoso foi desmantelado em abril de 2017, na chamada Operação Stellio Natus

O Ministério Público Federal (MPF) em Anápolis obteve a condenação de seis pessoas que integravam uma organização criminosa especializada em fraudes no seguro-desemprego, consistentes em saques ilegais de benefícios de trabalhadores.

O grupo criminoso foi desmantelado em abril de 2017, na chamada Operação Stellio Natus, deflagrada pelo MPF e pela Polícia Federal (PF). A sentença é da 1ª Vara Federal de Anápolis (JF) e foi proferida no último dia 27 de agosto.

A organização criminosa operava por meio da alteração do endereço dos verdadeiros beneficiários do seguro-desemprego, a fim de desviar os cartões (Cartão Cidadão) utilizados para os saques, que, posteriormente, eram feitos em diversas casas lotéricas por integrantes da quadrilha. Estima-se que tenham sido desviados mais de R$ 3 milhões em benefícios.

Os condenados são Iury Ramos Dias, Washington Flávio Borges, Rodrigo de Sousa Almeida, Kelson dos Santos Rodrigues, Jardânia Santos e Weslei Dias da Silva. Todos foram condenados nas penas do art. 2º da lei nº 12.850/2013, por integrarem, pessoalmente, a organização criminosa.

Ainda estão em apuração junto à Caixa Econômica Federal o montante total dos prejuízos causados e o número de fraudes praticadas, de modo a permitir também a denúncia por estelionato contra entidade pública, crime previsto no art. 171, § 3º, do Código Penal, cuja pena pode chegar a até 6 anos e oito meses por cada fraude.

Condenações

De acordo com a sentença, Iury Dias, considerado o idealizador e gestor da organização criminosa, recebeu a maior condenação. Ele foi condenado a 5 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 163 dias-multa. Além disso, teve a sua prisão preventiva mantida.

Os demais integrantes do grupo foram condenados, cada um, a 3 anos e 8 meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de 54 dias-multa. No entanto, em relação a eles, as penas foram substituídas por penas restritivas de direitos, quais sejam, prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária de 10 salários-mínimos, a serem destinados a entidades assistenciais.

Na sentença, também foi decretada o perdimento, em favor da União, de vários veículos automotores e de bens móveis, por terem sido adquiridos ilicitamente pelos condenados enquanto integrantes da organização criminosa, ou seja, os bens decorrentes direta ou indiretamente do crime de quadrilha. (Do MPF)

 

Empresário se espantou com malas cheias de dinheiro em apartamento

Ele contou que irmão de Geddel pediu o imóvel para pertences do pai

Malas cheias de dinheiro foram encontradas pela PF em apartamento emprestado a Geddel, em Salvador
 

Em depoimento, o empresário Silvio Antonio Cabral da Silveira, proprietário do apartamento em Salvado, onde foram encontrados R$ 51 milhões, e que resultou na prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, afirmou que se surpreendeu em ver “um bocado de mala cheia de dinheiro” em seu imóvel.

Silveira ressaltou que foi na Polícia Federal por iniciativa própria, “Eu fui na Polícia Federal sem chamamento nenhum, sem advogado, sem ninguém saber o que era, certo de quê? De que tinha livros, quadros, alguma coisa desse tipo. Quando cheguei lá para surpresa minha tinha lá na Polícia Federal um bocado de mala cheia de dinheiro”. Afirmou que não fazia ideia de que seu imóvel era usado para guardar dinheiro, fato que ficou sabendo quando a Operação Tesouro Perdido foi deflagrada.

O empresário contou que o empréstimo atendeu ao pedido do deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que havia dito precisar de um local para guardar os pertences do pai falecido. “Quando houve a morte do pai dele, fui ao PMDB prestar solidariedade a Lúcio. Fui embora. Uns 15 ou 20 dias depois, ele me chamou para ir no partido e queria bater papo comigo”.

Então, sem nenhuma formalidade, após consultar seu sócio, Silveira emprestou o imóvel a Lúcio. “Ele sabia da dificuldade que nos estávamos de vender os apartamentos e me perguntou se eu podia emprestar alguma unidade a ele. Eu disse que não tinha problema nenhum, eu ia perguntar ao sócio majoritário, mas acho que não tem nenhum problema. O apartamento (unidade 201) acabou sendo vendido. E as malas e caixas que estavam nele foram transferidas para o 202”.

Silvio Silveira é testemunha de acusação da Procuradoria Geral da República (PGR) no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) que são réus o ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu irmão o deputado Lúcio Vieira Lima, Marluce Vieira Lima, mãe de Geddel e de Lúcio. Além de Job Ribeiro, ex-assessor de Lúcio e Luiz Fernando Costa Filho, sócio da empresa Cosbat. Todos os réus são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Preso em Ribeirão Preto na Operação Fake Money é suspeito de fraude fiscal desde 2016

Empresário Mateus José Andrade também é acusado de provocar acidente bêbado e drogado, que terminou com avó e neta mortas. Defesa diz que ainda não teve acesso às acusações.

Preso na manhã desta sexta-feira (28) em Ribeirão Preto (SP) por suspeita de agir em fraude tributária que causou prejuízo de R$ 5 bilhões aos cofres públicos, o empresário Mateus José Andrade já havia sido alvo da Polícia Federal e da Receita Federal em 2016 pelo mesmo crime.

Na época, a força-tarefa da Operação Pirita recolheu documentos no escritório dele, a J. Andrade Assessoria Administrativa, na Avenida Presidente Vargas. A suspeita era de sonegação de R$ 5,5 milhões em tributos, a partir do uso de títulos da dívida pública falsos.

A operação também foi deflagrada em Sertãozinho (SP), Jardinópolis (SP), Pradópolis (SP), Pitangueiras (SP), Monte Alto (SP), Descalvado (SP) e São Simão (SP). Segundo a PF, o nome “Pirita” remete a uma pedra conhecida como “ouro dos tolos”.

Irmão de Beto Richa e mais 14 investigados são presos pela PF em nova fase da Lava Jato

Primo de Richa, Luiz Abi Antoun, também foi alvo, mas não foi detido porque está no exterior. Ao todo, foram expedidos 73 mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e 16 de prisão temporária para a 55ª etapa da Lava Jato.

A Polícia Federal (PF) prendeu Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e mais 14 pessoas na 55ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta quarta-feira (26) em cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

A ação foi batizada de Operação Integração II e investiga irregularidades nas rodovias pegadiadas do Paraná. O diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) João Chiminazzo Neto é alvo de uma ordem preventiva de prisão.

O empresário Luiz Abi Antoun, um dos alvos de prisão temporária, conforme o delegado Joel Cicotti, de Londrina, no norte do Paraná está no exterior. Abi é primo do ex-governador Beto Richa (PSDB).

Operação da PF faz buscas na casa e no gabinete do governador Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul

Operação Vostok apura suposto pagamento de propina a membros do governo em troca de créditos tributários a empresas. Reinaldo Azambuja (PSDB) é investigado no STJ, que autorizou a operação.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), como parte da Operação Vostok, deflagrada na manhã desta quarta-feira (12).

A operação investiga o suposto pagamento de propina a representantes da cúpula do governo de Mato Grosso do Sul em troca de créditos tributários a empresas.

Um dos filhos do governador, Rodrigo Silva, foi preso, de acordo com a PF. O governo informou que estava analisando o impacto da situação e esperava a conclusão da operação para se pronunciar. Até a última atualização desta reportagem, o governo não havia se manifestado.

TRF Revoga Ordem de Prisão Preventiva de Responsável por Gerir Recursos do Postalis

Ex-presidente da BNY Mellon teve a prisão decretada na semana passada durante a Operação Pausare, da Polícia Federal, para apurar desvios no Postalis, o fundo de pensão dos Correios.

O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, revogou a ordem de prisão preventiva do ex-presidente do BNY Mellon, José Carlos Lopes Xavier de Oliveira. Ele não chegou a ser preso porque estava em viagem nos Estados Unidos. O BNY Mellon administrava os investimentos do Postalis, fundo de pensão dos Correios.

A prisão de Oliveira foi decretada na semana passada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, durante operação Pausare, da Polícia Federal (PF), que apura desvios e fraudes no Postalis. Para o juiz, Oliveira é “figura essencial” nos desvios no fundo.

Segundo a Polícia Federal, a má gestão dos recursos e os desvios investigados geraram déficit de aproximadamente R$ 6 bilhões.

Na decisão, o desembargador diz que “não há utilidade processual na prisão preventiva já que ela não pode ser decretada como modalidade de antecipação de pena” e que o fato de Oliveira não presidir mais o BNY Mellon “dificulta de maneira consideravel a continuidade delitiva”.

Ney Bello destaca que a prisão foi pedida em novembro do ano passado, e só cumprida agora, o que mostra que não há urgência.

O desembargador revogou a prisão, mas manteve a obrigação do depoimento de Oliveira na sede da Polícia Federal, no Rio, nesta segunda-feira (5).

PF prende ex-diretor da Petroquisa na 52ª fase da Lava Jato

O ex-diretor de Novos Negócios da Petroquisa, Djalma Rodrigues de Souza, foi preso hoje (21), em caráter preventivo. Souza é um dos alvos dos 11 mandados judiciais cumpridos por policiais federais durante a 52ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada esta manhã para ampliar as investigações de suspeitas de crimes praticados contra as subsidiárias da estatal petrolífera, alvo do desvio de bilhões de reais, segundo o MPF. Procurado pela Agência Brasil, o advogado Gentil Ferreira Neto confirmou que seu cliente foi detido na cidade do Rio de Janeiro, onde Souza reside. Alegando ainda não ter tido acesso aos autos, o advogado optou por não comentar a prisão preventiva. Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) informou que a operação deflagrada hoje, apelidada de Greenwich, está relacionada ao aprofundamento das investigações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e que envolvem o ex-diretor da Petroquisa e seus parentes. Denunciado anteriormente pela força-tarefa da Lava Jato, Souza, já tinha sido citado em um mandado de prisão, durante a 46ª fase da Lava Jato, mas não chegou a ser preso na ocasião. Segundo a PF, além da prisão preventiva de Souza, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e de Timbaúba (PE). O alvo de um mandado de prisão temporária cujo nome não foi confirmado se comprometeu com se apresentar à Polícia Federal (PF) em São Paulo. Os dois suspeitos detidos serão escoltados à superintendência da PF em Curitiba, onde ficarão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.