Operação “Terra Nostra” da PF prende ao menos 14 grileiros

A operação “Terra Nostra”, da Polícia Federal, prendeu nesta quinta-feira, no Estado do Tocantins, pelo menos 14 pessoas acusadas de grilagem de terras nos municípios de Palmas, Colinas do Tocantins, Bandeirantes, Presidente Kennedy, Guaraí e Tupiratins.

Cerca de 150 policiais federais participaram da operação. Há cerca de um ano, a PF em Tocantins investiga a atuação de um grupo que agia, principalmente, na cidade de Colinas do Tocantins (a 274 km de Palmas).

Os integrantes da quadrilha atuavam na grilagem de terras em áreas sem título de domínio no norte do Estado. As terras na região atraem o interesse por causa da grande valorização que têm, em virtude do terreno arenoso que possibilita o aproveitamento no plantio de soja.

Segundo a PF, a quadrilha agia de forma ordenada, falsificando documentos relativos à posse e propriedade das terras, forjando contratos de cessão de direitos de posse a fazendeiros de outros Estados e, pressionando, com ameaças de violência, os interessados que efetuavam a negociação a desistirem da compra, recebendo de volta menos da metade do valor pago.

O grupo era chefiado por Luis Carlos Fagundes, segurança do candidato derrotado à prefeitura da cidade de Bandeirantes, Josafá Camilo. Integram ainda a quadrilha o advogado Ronaldo de Sousa Assis, a tabeliã do Cartório de Registros de Imóveis da cidade de Tupiratins, Lucinete de Souza da Silva Araújo, além de pistoleiros, corretores de imóveis, oficiais de Justiça e policiais civis.

Os acusados foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal, em Palmas, e vão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, ameaça, extorsão, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos, esbulho possessório e corrupção.

Operação Terra Nostra: prefeito do RS utilizava máquinas e servidores públicos em obra particular

O Ministério Público realizou, na manhã desta terça-feira (6), uma operação contra o  suposto uso indevido de bens e serviços públicos em Sertão Santana, na Região Centro-Sul do Rio Grande do Sul. A ação contou com o apoio da Brigada Militar. 

Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e nas residências dos investigados, além de ordens judiciais de proibição de máquinas e servidores em uma obra de terraplanagem realizada na propriedade do prefeito do município, Irio Miguel Stein (PDT). Os mandados partiram de uma determinação da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Segundo o Ministério Público, quase R$ 200 mil foram retirados dos cofres públicos para as obras na propriedade do chefe do Executivo municipal. “A investigação revelou a utilização indevida de bens e serviços públicos pelo chefe do Poder Executivo de Sertão Santana em obra de terraplenagem em sua propriedade particular, cujo material extraído foi destinado à área pública sem instauração de procedimento administrativo ou licença ambiental, causando prejuízo inicial aos cofres públicos no montante de R$ 189.312”, informou o MP.