Vídeos da modelo Marcela Portugal da operação ostentação são divulgados pela polícia

Operação Ostentação apreende carros de luxo e apura fraude de R$ 400 milhões

O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil) deflagra na manhã desta quarta-feira (10) a Operação Ostentação, que apura fraude de R$ 400 milhões contra clientes de bancos.

A ação tem o apoio do Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos, do Ministério Público de São Paulo.

As equipes cumprem mandados de prisões na zona sul da capital paulista, além de na Praia Grande, na Baixada Santista e na cidade de Francisco Morato. Um dos principais alvos é Pablo Borges, marido da modelo Marcella Portugal.

Em 18 meses, os criminosos compraram carros de luxo e tinham gastos milionários na Europa como aluguel de iates por 40 mil euros a diária.

A investigação começou há seis meses e, segundo a Polícia Civil, os golpistas utilizavam um sistema de computador para ter acesso a informações de correntistas em internet banking e cartões de créditos.

Foram criadas cinco empresas para movimentar o dinheiro obtido no esquema. Os escritórios ocupam o último andar – 600 metros quadrados – de uma das torres de um importante centro empresarial no Itaim Bibi, na zona sul.

Os mandados de busca e apreensão têm como alvos carros como Ferraris, Lamborghinis, Audis, Porsches, Maseratis, jóias de grifes internacionais, e computadores utilizados nas transações.

Pelo menos 40 policiais civis, inclusive equipes táticas, participam da operação.

Brasil urgente mostra vídeos postados na rede social pela modelo que viraram provas na operação ostentação.

 

Suspeito de envolvimento na morte de chefe do PCC é solto

 

Pablo Henrique Borges saiu da cadeia nesta 6ª feira pela porta da frente

A Justiça libertou, nesta 6ª feira (15.fev), o investidor de criptomoedas Pablo Henrique Borges, suspeito de envolvimento na morte do chefe do tráfico de uma facção criminosa, o PCC.

Pablo foi solto por ordem da Justiça após ser apontado pelo Departamento de Homicídios como suspeito de ser mandante do assassinato de Anselmo Santa Fausta. O traficante do PCC e um comparsa foram mortos em dezembro do ano passado. O executor, Noé Alves, foi esquartejado dias depois pela facção criminosa. “Apresentamos petições com documentos que comprovam que o Pablo não tem nenhuma relação com os homicídios que são objeto do inquérito policial”, diz Conrado Almeida Corrêa Gontijo, advogado de Pablo.

Quatro anos atrás Pablo havia sido preso pelo desvio de R$400 milhões de contas bancárias. Ele foi acusado pelo DHPP de lavar dinheiro de criminosos e de ter ajudado o empresário Antônio Vinícius Gritzbach a matar Anselmo. Já o empresário Antonio Vinicius, também acusado de lavar dinheiro de traficantes da facção, vai continuar preso. Para o Ministério Público, existem indícios da participação dele na morte de Anselmo.

O depoimento de uma testemunha protegida revelou que no dia do crime o empresário buscou imagens de câmeras de segurança para monitorar a saída de Anselmo do prédio. O departamento de homicídios não quis comentar a libertação de Pablo. Ele não é mais citado na investigação. Nesta 6ª feira (25.fev), o delegado Fabio Baenna entregou um relatório à Justiça em que fala sobre um estudo em andamento que vai provar, por meio do sinal dos celulares dos suspeitos, onde eles estavam no dia do crime.

Polícia Civil prende investidor suspeito de ter participado de golpe de R$ 400 milhões

Pablo Henrique Borges foi detido por agentes da 38º DP (Brás de Pina) em uma mansão em Angra dos Reis. Segundo a polícia, ele é apontado como um dos mandantes de assassinato de um traficante internacional.

Policiais da 38ª DP (Brás de Pina) prenderam, na manhã desta quarta-feira (16), o investidor em criptomoedas Pablo Henrique Borges, de 28 anos.

Segundo investigações da polícia, ele é suspeito de ter participado de um esquema financeiro que causou um prejuízo de R$ 400 milhões em contas bancárias de terceiros.

Ele também é apontado pelas autoridades como um dos mandantes do assassinato do traficante internacional Anselmo Becheli Fausta, morto no dia 27 de dezembro do ano passado.

Pablo foi detido quando estava em uma mansão localizada em Angra dos Reis, Costa Verde do litoral fluminense. Pelo aluguel do imóvel, ele pagava uma diária de R$ 15 mil.

Investigação da Polícia Civil de São Paulo aponta que Pablo e sua empresa – a E-Price Capital Participações – funcionavam como braço financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções crimonosas do país. Pablo arrecadava a verba por meio de lavagem da criptomoeada bitcoin.

Segundo investigadores, Pablo vinha sendo monitorado pelo setor de inteligência da delegacia. Na terça-feira (15), uma operação da Polícia Civil de São Paulo fez uma operação de busca e apreensão na mansão onde Pablo morava, no Morumbi, região nobre da capistal paulista.

No local, os agentes encontraram e apreenderam um Porsche Taycan, passaportes e documentos – tanto de Pablo quanto de sua mulher, a influenciadora digital Marcella Portugal Borges.

Assassinato
Ainda segundo investigação da Polícia Civil, Pablo seria um dos mandantes da morte de Anselmo Bechelli. O agente financeiro teria investido R$ 100 milhões do traficante, que seria membro do PCC. O dineiro, no entanto, desapareceu, o que teria gerado desentendimento entre eles e a ordem para o assassinato.

Esquema milionário
O esquema funcionava da seguinte maneira: Pablo e seus comparsas ofereciam, via redes sociais e mensagens de WhatsApp, pagamentos de boleto com 50% de desconto.

Os interessados repassavam metade do valor para o grupo. Logo em seguida, os criminosos quitavam o boleto por meio da invasão de contas de clientes de bancos.

Na lista de clientes – formada tanto por empresas quanto por pessoas físicas – havia centenas de interessados em pagar contas pela metade do valor. Entre os boletos pagos, havia débitos de IPVA, celular, ISS e TV por assinatura.

Ainda de acordo com a investigação da polícia paulista, a quadrilha causou um rombo de R$ 400 milhões, lesando 23 mil contas.

O esquema era possível graças a um sistema de roubo de senhas desenvolvido por um programador de Goiás.

Vida luxuosa

Pablo já havia sido preso uma vez em 2018, na Operação Ostentação. Após passar apenas dois dias na cadeia, ele aceitou fazer um acordo para auxiliar as autoridades na investigação em troca de permanecer em prisão domiciliar.

Segundo a polícia, o esquema possibilitou que Pablo experimentasse uma escalada financeira incomum.

Até 2012, ele era apenas um jovem morador da Região Metropolitana de São Paulo que vivia da instalação de computadores.

Em pouco tempo, ele passou a viver em uma mansão. O suspeito tinha um gosto particular por carros italianos de alto luxo – possuía uma Maserati, uma Lamborghini e duas Ferraris.

Pablo também costumava se deslocar de helicóptero.

Além disso, em 2017 alugou um iate pelo qual pagou diária de R$ 42 mil Euros para poder assistir O Grande Prêmio de Fórmula 1, no Principado de Mônaco.