Auditor da Receita é preso na Operação Esfinge

A Polícia Federal (PF) prendeu, em Brasília, por meio da Operação Esfinge, o ex-coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal Marcelo Fisch e a mulher dele, Mariangela Menezes, indiciados e denunciados por crimes de corrupção passiva e ativa/ a PF também cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços dos integrantes do grupo criminoso em São Paulo e Brasília; a operação investiga fraudes de mais de R$ 6 bilhões em contratos de licitações; estima-se que o grupo movimentou mais de R$ 70 milhões em propinas

www.brasil247.com - A Polícia Federal (PF) prendeu, em Brasília, por meio da Operação Esfinge, o ex-coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal Marcelo Fisch e a mulher dele, Mariangela Menezes, indiciados e denunciados por crimes de corrupção passiva e ativa/ a PF também cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços dos integrantes do grupo criminoso em São Paulo e Brasília; a operação investiga fraudes de mais de R$ 6 bilhões em contratos de licitações; estima-se que o grupo movimentou mais de R$ 70 milhões em propinas

Cerca de 30 policiais federais e 12 servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda participaram da ação, em conjunto com o Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com as investigações, a organização criminosa praticou fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro.

 

Sobe para três o número de presos na Operação Esfinge

Uma terceira pessoa foi presa em flagrante, por porte ilegal de armas, na execução da Operação Esfinge, da Polícia Federal. A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão, cinco em São Paulo e um em Brasília, na manhã desta sexta-feira. Ela investiga corrupção e fraude em contratos com a Casa da Moeda, que somam R$ 6 bilhões em seis anos. Os investigadores suspeitam que tenham sido pagos R$ 70 milhões em propinas para os envolvidos nos crimes. Duas pessoas já haviam sido presas em cumprimento a mandados, o auditor da Receita Federal Marcelo Fisch de Berredo Menezes e a mulher dele, Mariangela Defeo Menezes. “A PF informa que, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão da Operação Esfinge na data de hoje, um homem foi preso em flagrante e indiciado por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, cuja pena pode variar de 3 a 6 anos de reclusão”, diz nota distribuída nesta tarde pela PF. A reportagem apurou com fonte próxima às investigações que o homem preso em flagrante seria Mário Nicoli Filho. Nicoli Filho é dono da Enigma, com sede no Jardim Paulista, em São Paulo, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão de manhã.

Operação Esfinge – Justiça Federal condena advogado Beline Ramos

A Justiça condenou o advogado Beline José Salles Ramos e o empresário Francisco José Gonçalves Pereira, o “Xyko Pneus”, suplente do senador Magno Malta, a três anos de reclusão. Presos pela Operação Esfinge, da Polícia Federal, em fevereiro de 2006, eles poderão recorrer em liberdade.

Segundo o Ministério Público Federal no Espírito Santo, Beline e Xyko Pneus foram apontados como “líderes de um bando que se associou para a prática de crimes como descaminho, sonegação fiscal, falsificação de documentos públicos e particulares e corrupção”. Os crimes pelos quais foram acusados na Operação Esfinge deram origem a 26 Ações Penais, com 43 denunciados. Esta é a primeira das Ações Penais a receber sentença: as outras 25 ainda estão sob a apreciação da Justiça Federal.

O MPF informa que também foram condenados por formação de quadrilha o lobista Normandio Ferreira Nunes Filho e a procuradora federal aposentada Mônica Valderes Napolitano. Os dois também foram condenados por tráfico de influência em favor da empresa Nova Global, de propriedade de Beline.

Normandio foi acusado de fazer uso do nome e da influência política de Xyko. Segundo o MPF, “Mônica Napolitano utilizava sua influência como ocupante de cargo jurídico dentro de órgãos públicos, diante de diversas autoridades de diversos escalões do poder e numa dessas ocasiões, atuou na tentativa de liberação de contêineres da Nova Global que haviam sido apreendidos pela Alfândega”. A pena para os dois é de seis anos e nove meses.

O MPF capixaba explica que “a propositura das ações relativas à Operação Esfinge foi dividida em três fases. Na primeira delas foi ajuizada a Ação Penal em questão, que resultou na condenação de Beline José Salles Ramos, Xyko Pneus, Normandio Ferreira Nunes Filho e Mônica Napolitano”. As investigações indicam que “foi constituída uma empresa fictícia, a Nova Global, cujo quadro societário era formado por ‘laranjas’ – mas que na verdade tinha Beline como proprietário”. A empresa, sustenta o MPF, tinha falsa sede no Mato Grosso, para “usufruir de benefícios fiscais concedidos naquele estado e o capital social da Nova Global também era falso, e foi inflacionado a partir da incorporação, no patrimônio da empresa, de fazendas superavaliadas”.

A segunda fase de ações penais relativas à Operação Esfinge resultou na Ação Penal que tratou especificamente do envolvimento da Nova Global em um milionário esquema de sonegação fiscal. Segundo o MPF, nesse caso, Beline e Xyko Pneus, além de outras oito pessoas, foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, descaminho, contrabando, advocacia administrativa, facilitação ao descaminho e corrupção ativa e passiva.

Já a terceira fase trata de fraudes e falsificações em escrituras de terras na Bahia. O MPF afirma que “o patrimônio forjado por meio desse esquema pela organização comandada por Beline serviu de lastro para a criação da Nova Global. Nesse caso, Beline responde pelos crimes de formação de quadrilha e falsidade ideológica, e a denúncia contra o advogado envolve ainda outras 10 pessoas. Também foram ajuizadas outras 23 denúncias contra 23 réus que atuaram como laranjas de Beline”.

Beline entrou com uma série de Habeas Corpus para tentar anular as ações decorrentes da Operação Esfinge. O argumento é a de que as interceptações telefônicas teriam sido ilegais. Os pedidos apresentados por Beline foram negados: três no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, três no Superior Tribunal de Justiça e dois no Supremo Tribunal Federal.

Sobe para três o número de presos na Operação Esfinge

Auditor da Receita Federal é preso, sob acusação de operação no esquema de fraude em contratos com a Casa da Moeda

Rio – Uma terceira pessoa foi presa em flagrante, por porte ilegal de armas, na execução da Operação Esfinge, da Polícia Federal. A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão, cinco em São Paulo e um em Brasília, na manhã desta sexta-feira. Ela investiga corrupção e fraude em contratos com a Casa da Moeda, que somam R$ 6 bilhões em seis anos. Os investigadores suspeitam que tenham sido pagos R$ 70 milhões em propinas para os envolvidos nos crimes

Duas pessoas já haviam sido presas em cumprimento a mandados, o auditor da Receita Federal Marcelo Fisch de Berredo Menezes e a mulher dele, Mariangela Defeo Menezes.

“A PF informa que, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão da Operação Esfinge na data de hoje, um homem foi preso em flagrante e indiciado por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, cuja pena pode variar de 3 a 6 anos de reclusão”, diz nota distribuída nesta tarde pela PF.

Segundo apurou a reportagem, o homem preso em flagrante seria Mário Nicoli Filho. Nicoli Filho é dono da Enigma, com sede no Jardim Paulista, em São Paulo, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão de manhã.

A PF apura a participação da Enigma no esquema. As investigações apontam que o auditor foi responsável pela contratação, em 2009, da empresa Sicpa Brasil, sem licitação, para prestar serviços à Casa da Moeda, na implementação e operação do Sistema de Controle da Produção de Bebida (Sicobe).

O sistema foi criado em 2008 pela Receita Federal, para contar e identificar, nas fábricas, a produção das chamadas bebidas frias (cervejas, refrigerantes e águas). Sua gestão ficou a cargo da Casa da Moeda porque o sistema marca cada embalagem com códigos, que funcionam como uma espécie de assinatura digital, permitindo à Receita rastrear cada bebida produzida no País. O sistema remete informações à Receita, para que sejam cobrados impostos.

O caminho para recebimento da propina passaria pela MDI Consultoria em Gestão de Pessoas Ltda., empresa de Mariângela, com sede em Brasília, que, entre 2009 e 2015 recebeu US$ 15 milhões (R$ 53 milhões em valores de hoje) por um contrato com uma empresa com sede nos Estados Unidos. A empresa americana é de propriedade de um dos representantes da Sicpa, segundo investigadores. A Enigma, de Nicoli Filho, também seria usada no esquema.

A Esfinge é desdobramento da Operação Vícios, que, em julho do ano passado, cumpriu 23 mandados de busca no Rio, Brasília e São Paulo, inclusive em escritórios da Receita e na Casa da Moeda. Na operação de hoje não houve mandados cumpridos na Casa da Moeda nem em outros locais do Rio. Trinta policiais federais e 12 funcionários da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda participaram da operação desta sexta-feira. O Ministério Público Federal também atuou na operação.

O Ministério da Fazenda divulgou uma nota sobre a deflagração da Operação Esfinge, mas não se posicionou sobre a prisão do auditor da Receita Federal.

A Casa da Moeda não se manifestou sobre a operação da PF, mas informou que há um processo administrativo de responsabilização que pode gerar a rescisão do contrato com a Sicpa em curso na antiga Controladoria Geral da União (CGU, hoje incorporada no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle). Por isso, a Casa da Moeda está planejando nova licitação para o Sicobe.