Clubes de MS Adotam Cautela Sobre Prisão do Presidente da Federação de Futebol

A maioria dos representantes dos principais times de Mato Grosso do Sul mantêm uma posição de neutralidade, a mesma que garantiu a permanência de Francisco Cesário na presidência da Federação de Futebol do Estado por tanto tempo. Após a prisão do mandatário na terça-feira, depois de 26 anos no cargo, os clubes preferem adotar uma postura cautelosa, aguardando o desenrolar das investigações antes de emitir um posicionamento concreto.

“Com relação à operação, estamos sendo bastante cautelosos. Vamos aguardar para ver quais são as acusações, qual é a materialidade e o que isso pode acarretar em termos de afastamento definitivo ou temporário do presidente da Federação. O Operário aguarda isso com expectativa e não quer fazer nenhuma posição precipitada a respeito disso”, afirmou Nelson Antônio Silva, presidente do Operário Futebol Clube, atual campeão estadual.

Segundo Silva, a principal preocupação do clube é quanto aos convênios com o Governo do Estado e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que podem ser prejudicados, afetando a equipe nas competições de 2025, como o Campeonato Estadual, Copa do Brasil, Brasileirão Série D, Copa Verde e o Campeonato Feminino.

“A nossa única preocupação é que isso não atrapalhe os convênios do Estado com os clubes ou com a federação, prejudicando o recebimento de verba para a disputa dos campeonatos estaduais e outros campeonatos, como o feminino, previsto para este ano. Esperamos uma solução rápida e benéfica para o nosso futebol”, destacou o gestor do Galo.

Cláudio Barbosa, presidente do Comercial, que disputará a Série B do Campeonato Sul-Mato-Grossense em 2024, também decidiu aguardar as investigações. “Sem opinião até o presente momento. Vamos aguardar as investigações. É muito difícil o futebol em MS”, resumiu.

De poucas palavras, o presidente do Novo Futebol Clube, Éder Cristaldo, disse apenas que “não temos nenhuma posição, pois precisamos esperar para ver o que vai acontecer. Não há como ter uma opinião formada sobre isso ainda”.

A mesma posição foi adotada pelo vice-presidente do Corumbaense, João Luiz (Kiko). “Assim que soubermos exatamente o que aconteceu, vamos nos pronunciar. No momento, ainda não sabemos”, afirmou.

Campeão estadual em 2023 e representante de Mato Grosso do Sul na Série D 2024, o Costa Rica Esporte Clube garantiu que está acompanhando as investigações e lamenta os indícios de corrupção na federação de futebol que desencadearam a operação.

“Este acontecimento não passa despercebido e deixa todos consternados com tal situação. Existe uma preocupação muito grande por parte de toda nossa equipe, afinal, somos o representante do estado nas competições nacionais”, frisou André Baird, presidente do CREC.

Apesar de não criticar diretamente Francisco Cezário, Baird destacou que a credibilidade da Federação está em risco. “Como presidente do Costa Rica Esporte Clube e amante do esporte, farei tudo ao meu alcance para ajudar a resgatar nosso futebol, voltando a ter credibilidade e espaço, não só no circuito estadual, mas em todo o Brasil”, afirmou.

O presidente ressaltou que, apesar dos desafios, o futebol sul-mato-grossense gera empregos. “Nos posicionamos contra qualquer ato de corrupção no futebol, pois milhares de pessoas dependem dele para seu sustento, e não é aceitável nem justo que haja desvios na federação em benefício próprio”, concluiu o empresário, que assumiu a gestão do clube em 2021.

Cartão Vermelho – “Eterno” presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, foi preso durante as buscas da Operação Cartão Vermelho, que investiga um esquema que desviou R$ 6 milhões da Federação. A casa de Cezário, um imóvel de alto padrão na Vila Taveirópolis, em Campo Grande, foi alvo de busca e apreensão, onde agentes do Gaeco apreenderam mais de R$ 800 mil em espécie.

A operação tem como objetivo cumprir sete mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou que as investigações, que duraram 20 meses, revelaram a existência de uma organização criminosa dentro da Federação, cujo objetivo era desviar valores provenientes do Estado de MS (através de convênios, subvenções ou termos de fomento) ou da CBF, em benefício próprio e de terceiros.

Cezário está em seu sétimo mandato na FFMS, tendo sido reeleito até 2027. A última eleição ocorreu em 2022, e ele está no comando da Federação desde 1998. Como advogado com registro ativo, Cezário foi acompanhado por representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados da Seccional da OAB.

André Borges, advogado de Cezário, afirmou que a quantia encontrada na casa tem origem lícita. “Não é crime manter dinheiro em casa. Tem origem lícita, que será declarada no momento oportuno”, disse o defensor.

Vítimas de lutadores de jiu-jítsu relatam desespero e ameaça de morte: ‘amarrou meus braços e me abusou’

Erbeth Santos, tricampeão mundial de jiu-jítsu, e André Pessoa roubaram e estupraram mulheres em casas de prostituição, em Três Lagoas e Campo Grande. De acordo com as investigações, a dupla utilizava violência física e armas para ameaçar as vítimas de abuso sexual.

Os lutadores de jiu-jítsu Erberth Santos e André Pessoa, presos por série de estupros e roubos em Mato Grosso do Sul, abusaram pelo menos quatro mulheres em Três Lagoas e Campo Grande, de acordo com a Polícia Civil. O g1 conversou com duas vítimas, que relataram os abusos sexuais, medo e a forma agressiva dos suspeitos. Um dos roubos foi filmado. Assista ao vídeo acima.

De acordo com a investigação o Batalhão de Choque, os lutadores tinham uma agenda em Aquidauana (MS) no dia 21 de agosto, segunda-feira. Na madrugada do dia 22 cometeram o primeiro crime em Campo Grande, na manhã do dia seguinte, fizeram novas vítimas na capital. Os últimos abusos e roubos dos lutadores foram cometidos em Três Lagoas nessa quarta-feira (23).

Ao g1, uma das vítimas dos lutadores relatou que os suspeitos entraram em contato com ela para marcar um programa sexual, em Campo Grande. Após agendarem o serviço, os homens foram até a casa de prostituição, anunciaram o assalto e abusaram dela. Por medo, a mulher pediu para não ser identificada.

“Assim que chegaram, eles pegaram e começaram a quebrar tudo, anunciou que era um assalto. Me bateram, pediu para que eu olhasse para baixo. Pegou o dinheiro que tinha, amarrou nossos braços, colocou a gente em quartos separados. Até este momento, eu achei que eles não iriam abusar da gente”, relatou a vítima que foi abusada pelos lutadores em Campo Grande.

A mulher relatou que chorava muito e estava desesperada. Depois de ser amarrada e ameaçada, a vítima foi abusada.

Após o crime, as mulheres buscaram ajuda da Polícia Civil. Na delegacia, os policiais encaminharam as mulheres para exame de corpo de delito e a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Tivemos que tomar um coquetel de remédios, ficamos expostas a uma situação horrível”.

“Foi muito desesperador, fiquei com medo deles matarem a gente. Não reagi. Os homens disseram que eles eram bandidos mesmo, que gostam de fazer isso, ficaram rindo da nossa cara, parece que estavam sentindo prazer no sofrimento da gente”.

Estupro em Três Lagoas

No último crime, em Três Lagoas, os suspeitos estupraram uma mulher, e depois a trancaram em um quarto, junto com a outra vítima que estava na residência. Eles também roubaram os pertences das seis moradoras da casa e fugiram, com destino ao estado de São Paulo.

O circuito de segurança da casa da vítima filmou a ação dos autores. Nas imagens, é possível ver que Erberth arromba um cofre, onde havia cerca de R$ 700, e André vasculha a geladeira, aparentemente tentando levar o objeto, mas desiste. A vítima também aparece na cena, seminua, e tentando dialogar com os agressores. Veja no início da matéria.

Em Três Lagoas, a delegada informou que será instaurado o inquérito para apurar os roubos e o estupro. As vítimas já foram ouvidas e reconheceram os autores por fotos. Além disso, a polícia coletou provas no local do crime, como digitais, e já solicitou a prisão preventiva dos dois.

Modus operandi

Os lutadores de jiu-jítsu Erberth Santos e André Pessoa, presos por série de estupros e roubos em Mato Grosso do Sul, tinham um modus operandi específico para os crimes. De acordo com as investigações da Polícia Civil, os suspeitos marcavam encontros com garotas de programa, estupravam as vítimas e roubavam as casas de prostituição.

Uma das ações dos suspeitos foi filmada por câmeras de segurança, em uma casa de prostituição em Três Lagoas (MS). Os suspeitos entraram no local, levaram as vítimas para os quartos, cometeram abuso contra elas e realizaram os roubos.

“O crime ocorria por meio de uma emboscada. Os suspeitos chegavam e amarravam as vítimas nas casas de prostituição. Identificamos dois casos, um em Três Lagoas e outro em Campo Grande”, detalhou a delegada Analu Ferras, que apura o crime ocorrido na capital.

Já a delegada Letícia Mobis, responsável pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Três Lagoas, explicou que os dois entravam em contato com as garotas de programa através de aplicativo e marcavam um horário, como se fossem clientes usuais, mas ao chegarem ao local, as roubavam e estupravam.

Ao g1, o tenente-coronel do Choque Rigoberto Rocha da Silva informou que os crimes praticados pelos suspeitos seguiam o mesmo modus operandi. Os suspeitos foram presos em Boituva, interior de São Paulo, após informações e investigação do Batalhão de Choque de Campo Grande.

Os crimes eram cometidos utilizando muita violência, amarrando as vítimas, ameaçando e as agredindo. Com os autores foram localizados 26 celulares e facas.

Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro
Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro. Foto: PF/ Divulgação  

A Polícia Federal em Pernambuco apresenta nesta quarta-feira a prisão e um dos foragidos da Operação Minotauro. Cristiano da Silva Araújo, o “Plaboy”, de 23 anos, foi detido na tarde desta terça-feira na cidade de Lagoa de Itaenga, distante 64 quilômetros do Recife depois que levantamentos realizados pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Militar-(2º BPM) e do Sistema Prisional de Pernambuco descobriram o local onde o suspeito estava foragido.

O mandado de prisão preventiva expedido pela 13ª Vara de Pernambuco foi cumprido por volta das 14h. Levado para a sede da Polícia Federal, ele foi indiciado por manter conexão com outros traficantes associando-se com eles e por adquirir e traficar drogas do Paraguai com o objetivo de armazenar, manter em depósito e depois comercializar em Pernambuco e em outros estados da federação. Caso seja condenado poderá penas que ultrapassam os 30 anos de reclusão. Em seu interrogatório, Cristiano negou qualquer envolvimento com carregamentos de maconha realizados em 30 de janeiro de 2016 ou qualquer outro envolvimento e associação com alguma quadrilha internacional de drogas. O preso foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça Federal.

Cristiano possui antecedentes criminais e já foi preso em 2013 por posse de arma de fogo em Lagoa de Itaenga, ficando preso por cinco meses e depois absolvido. O suspeito era investigado pela Polícia Federal por integrar uma organização criminosa estabelecida nos estados de Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul inter-relacionadas na exploração de esquema de tráfico transnacional de drogas (maconha e cocaína) e contrabando de armas de fogo de uso restrito, oriundos do Paraguai. Seus integrantes apresentavam alto grau de periculosidade e vinham negociando de forma reiterada diversos carregamentos de drogas ilícitas, armas de fogo e munição, cuja desarticulação ocorreu dentro da Operação Minotauro no dia 31/08/2016.

Dos 12 presos investigados pela Polícia Federal apenas um do Estado do Paraná continua foragido. A Operação Minotauro foi deflagrada em agosto de 2016 e contou com a participação de 130 policiais federais, que deram cumprimento a 12 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas, expedidos pela 13ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco em cinco estados da federação: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Também foram sequestrados bens e bloqueio de contas bancárias, cuja cifra chegou a 500 mil reais.

As investigações tiveram início em 2015, com a identificação de várias remessas de maconha de origem paraguaia para Pernambuco, droga internada em território nacional e remetida pela organização criminosa estabelecida no Paraná. No curso das investigações foram apreendidas aproximadamente 4 toneladas de drogas das organizações criminosas investigadas. As apreensões ocorreram nos estados de Minas Gerais em setembro de 2015, Alagoas em novembro de 2015, Pernambuco em março de 2016 e no Paraná em maio de 2016 (causando um prejuízo na cifra de R$ 5 milhões de reais). A Adoção de práticas violentas, como meio de persuasão e/ou retaliação, envolvendo ameaças de morte, lesões corporais gravíssimas e até mesmo homicídios, inclusive afirmações do tipo “polícia tem que morrer”, também foi prática identificada no curso das investigações.

Preso na Operação Omertà, Jamil Name Filho tem pedido de liberdade negado

Jamil e o ex-guarda civil Marcelo Rios são os únicos que permanecem presos entre os investigados pelo Gaeco

A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a prisão preventiva de Jamil Name Filho e do ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios, investigados na Operação Omertà, que tem como um alvo uma grande organização criminosa que atuava em todo o Estado.

A decisão foi dada dentro processo que tramita na 1ª Vara Criminal e os acusa de corrupção passiva. Os dois ainda são acusados em mais quatro processos decorrentes da Omertà.

Entre os investigados, incluindo Fahd Jamil, conhecido como “Rei da Frenteira”, Name e Rios são os únicos que permanecem presos, sendo que os demais estão cumprindo medidas cautelares e Fahd está em prisão domiciliar.

Jamil Name Filho e Marcelo Rios estão presos desde 2019, quando a primeira fase da operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Civil.

Ambos também cumprem prisão preventiva em mais quatro processos decorrentes de investigações da força-tarefa.

Na decisão, o juiz Roberto Ferreira Filho, pontua que a prisão deve ser mantida porque, segundo o Ministério Público, os investigados possuem “função relevante na organização criminosa armada” e, além disso, “apresentam risco de atrapalhar a instrução probatória”.

O magistrado ainda considerou que ainda estão presentes os requisitos que levaram à decretação da prisão preventiva à época dos fatos, como a periculosidade das condutas que os investigados supostamente tinham quando da existência da organização criminosa em investigação.

“Deste modo, e por continuarem presentes os motivos que levaram à decretação das prisões preventivas dos corréus Jamil Name Filho e Marcelo Rios, mantenho-as como forma de garantir a ordem pública, por conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal”, ponta a sentença.

 

Advogados que atuam em MT são alvos do Gaeco-MS por “advocacia predatória”

Juiz revelou que advogado que patrocina ação contra banco já representou 49.244 processos contra instituições financeiras

O juiz da Terceira Vara Cível de Cuiabá, Luiz Octávio Saboia Ribeiro, pediu informações ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul, sobre três advogados que estariam realizando “advocacia predatória” contra instituições financeiras.

Um despacho do último dia 25 de maio revelou que um processo que trata sobre a anulação de descontos em folha de pagamento, proposta por uma cliente do Banco Olé Bonsucesso Consignado, acabou se transformando em diligências envolvendo dois Estados do Centro-Oeste Brasileiro.

Segundo informações do processo, o Banco Olé pede a suspensão do processo em razão do advogado que patrocina a cliente. O defensor, identificado como Luiz Fernando Cardoso Ramos, seria o responsável por ajuizar nada menos do que 49.244 ações contra instituições financeiras. A prática, conhecida como “advocacia predatória”, pode ser resumida no fato do advogado sequer conhecer quem está patrocinando, e assinar milhares de processos que possuem conteúdo “genérico” – neste caso, contra bancos.

Além de Luiz Fernando Cardoso Ramos, o processo também cita outros dois advogados suspeitos da prática – Alex Fernandes da Silva e Josiane Alvarenga Nogueira, que assinam, respectivamente, 16.078 e 13.288 processos contra instituições financeiras.

Os autos revelam ainda que os advogados são residentes de Mato Grosso do Sul. “Mencionados advogados são residentes na cidade de Iguatemi/MS, e movem ações em todo o país, sendo que figuram entre os maiores litigantes individuais contra instituição financeiras do país, vez que somam 78.610 ações”, diz trecho dos autos.

O magistrado informou ainda que, somente no período entre janeiro e março deste ano, o Banco Santander foi alvo de 3.159 ações (uma média de 8 mil por dia). O juiz Luiz Octávio Saboia Ribeiro deu 20 dias para o Gaeco/MS enviar informações referentes a um procedimento investigatório criminal (PIC) envolvendo os advogados suspeitos. Após analisar o documento, ele deverá decidir sobre a suspensão dos autos.

Operação contra tráfico de drogas mira bens avaliados em R$ 400 milhões…
 
Operação contra tráfico de drogas mira bens avaliados em R$ 400 milhões
 
Polícia Federal durante Operação Enterprise; 50 toneladas de cocaína apreendidas durante investigação - Divulgação
Polícia Federal durante Operação Enterprise; 50 toneladas de cocaína apreendidas durante investigação

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Operação contra tráfico de drogas mira bens avaliados em R$ 400 milhões

 
Polícia Federal durante Operação Enterprise; 50 toneladas de cocaína apreendidas durante investigação - Divulgação
Polícia Federal durante Operação Enterprise; 50 toneladas de cocaína apreendidas durante investigação

A Polícia Federal e a Receita Federal realizam na manhã de hoje uma operação contra o tráfico de drogas que tem entre os seus objetivos o sequestro de bens de integrantes da organização criminosa avaliados em aproximadamente R$ 400 milhões.

Batizada de Enterprise, a ação ocorre em 10 estados brasileiros. De acordo a PF, são alvos de sequestro aeronaves, imóveis e veículos de luxo, com a expectativa de que novos bens sejam identificados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 149 mandados de busca e 66 mandados de prisão nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. A operação conta com cerca de 670 policiais federais e 30 servidores da Receita Federal. As medidas foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. A Polícia Federal informa ainda que, durante a investigação, foram apreendidas 50 toneladas de cocaína nos portos do Brasil, da Europa e da África “O esquema utilizado pelos criminosos consistia na lavagem de bens e ativos multimilionários no Brasil e no exterior com uso de várias interpostas pessoas (“laranjas”) 

e empresas fictícias, a fim de dar aparência lícita ao lucro do tráfico”, diz a PF em comunicado. Ainda foram expedidas difusões vermelhas na Interpol para a prisão de oito investigados que estão no exterior (Espanha, Colômbia, Portugal e Emirados Árabes Unidos), bem como a identificação e sequestro de bens em outros países. Além de tráfico de drogas, os alvos da operação são suspeitos de praticar outros crimes correlatos, tais como lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior. Investigação começou em 2017 De acordo com a Receita Federal, as investigações tiveram início com a apreensão de 776 kg de cocaína em setembro de 2017 no Porto de Paranaguá (PR). A drog… 

Operação da PF faz buscas na casa e no gabinete do governador Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul

Operação Vostok apura suposto pagamento de propina a membros do governo em troca de créditos tributários a empresas. Reinaldo Azambuja (PSDB) é investigado no STJ, que autorizou a operação.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), como parte da Operação Vostok, deflagrada na manhã desta quarta-feira (12).

A operação investiga o suposto pagamento de propina a representantes da cúpula do governo de Mato Grosso do Sul em troca de créditos tributários a empresas.

Um dos filhos do governador, Rodrigo Silva, foi preso, de acordo com a PF. O governo informou que estava analisando o impacto da situação e esperava a conclusão da operação para se pronunciar. Até a última atualização desta reportagem, o governo não havia se manifestado.