Médico investigado por estuprar paciente desacordada ‘alisava’ funcionárias, diz ex-secretária

 conversamos com a ex-secretária de uma clínica onde ele atuou em Santos (SP). Médico está com o registro profissional suspenso.

Uma ex-secretária do neurocirurgião João Luís Cabral Júnior, investigado por armazenar imagens de pornografia infantil e estuprar ao menos uma paciente desacordada , contou ao g1, nesta segunda-feira (23), que o médico tinha o costume de ‘alisar’ funcionárias de uma clínica onde trabalhou em Santos, no litoral de São Paulo.

João está com o registro profissional suspenso por decisão judicial após a Polícia Civil apreender, na casa dele, equipamentos eletrônicos com materiais de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sexual. A Polícia também encontrou vídeos gravados pelo próprio neurocirurgião de pacientes desacordadas, inclusive, um caso considerado estupro. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado em audiência de custódia (veja abaixo detalhes do caso).

A mulher, que teve a identidade preservada, contou que estranhava atitudes do médico com quem trabalhou por mais de um ano, mas nunca suspeitou de que ele poderia cometer os crimes pelos quais está sendo investigado.

“Ele sempre foi muito simpático, porém eu achava estranho que ele ficava encostando muito. Alisando o braço, apertando nosso ombro. […] Mas sempre falaram que era o jeito dele”, disse.
Entre os contatos frequentes, um ficou marcado na memória da ex-secretária. “Ele chegou a pegar na minha mão, ficar alisando e comentou ‘que mãozinha pequenininha’. Fiquei sem graça na hora, meio desconfortável”, relembrou.

Apesar disso, a mulher contou que nunca viu pessoalmente nenhuma paciente reclamar do neurocirurgião. Ela ouvia apenas boatos. “Não suspeitava, eu já tinha ouvido falar de situações que ele ficava em cima de funcionárias dentro do hospital, mas nunca ocorreu comigo ou cheguei a presenciar isso no local que eu trabalhava”.

A ex-secretária diz que recebeu com surpresa a notícia do armazenamento de imagens de pornografia infantil por parte do médico. “Me remeteu ao episódio que ele falou que minha mão era pequena”, afirmou.

Para ela, foi um choque lembrar que ele esteve tão próximo. “Imaginar que era uma pessoa do meu convívio, que poderia ter acontecido comigo ou com alguma conhecida é bem ruim”, finalizou.

Relembre o caso
Equipes policiais estiveram na casa do médico, no bairro Ponta da Praia, para cumprir mandado de busca e apreensão referente a um inquérito policial sobre armazenamento de materiais com cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

Os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos e, em breve análise, encontraram arquivos com cenas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sexual. Além disso, a equipe policial encontrou vídeos feitos pelo próprio médico.

Em um deles, o neurocirurgião filmou por debaixo da mesa uma paciente que estava de saia durante uma consulta médica dele. Outro arquivo continha um vídeo da genitália de uma paciente sedada que estava deitada em uma maca para procedimento cirúrgico. Havia ainda imagens feitas pelo suspeito de uma jovem dormindo com camisola e calcinha em um quarto de hospital.

Os agentes também encontraram arquivos em que o médico faz uma “selfie” no mesmo local e no minuto em que filma uma paciente aparentemente sedada. Ele retira a coberta da mulher, afasta a roupa íntima e coloca o dedo na genitália da vítima.

O fato foi caracterizado como estupro de vulnerável pela equipe policial. João foi preso no dia 26 de setembro. Todos os materiais foram encaminhados para análise das autoridades. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra.

Defesa
Segundo o advogado do médico, Eugênio Malavasi, o suspeito foi liberado durante a audiência de custódia por “ausência dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva”. “O Dr. João Cabral é inocente e provará o alegado no momento processual oportuno”, disse o advogado, em nota.

Registro suspenso
Procurado pelo g1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou que o médico está com o registro profissional suspenso desde o dia 2 de outubro “por decisão judicial”.

O Conselho ainda ressaltou que também está investigando o caso em questão. “A apuração corre sob sigilo determinado por Lei. Qualquer manifestação adicional por parte do Cremesp poderá resultar na nulidade do processo”.

Taxista é torturado com arma na boca, socos e coronhadas em sequestro no litoral de SP

Um dos sequestradores foi preso. Caso aconteceu após a vítima deixar uma passageira na Vila Margarida, em São Vicente. Idoso, de 62 anos, precisou de atendimento médico.

Um taxista, de 62 anos, foi torturado durante um sequestro na madrugada deste domingo (22) em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, a vítima foi mantida refém com uma arma na boca, recebia coronhadas e socos e teve uma mão queimada com cigarro. Um dos sequestradores foi preso.

De acordo com o boletim de ocorrência, o idoso foi surpreendido ao encerrar uma viagem que tinha iniciado no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. O taxista contou aos policiais que foi abordado por quatro homens armados ao deixar a passageira na Rua José Vicente de Barros, no bairro Vila Margarida.

A quadrilha entrou no veículo e obrigou a vítima a ir para o banco do passageiro com a cabeça abaixada e as mãos no painel do carro. Um dos criminosos assumiu a direção do carro e dirigiu até um barraco vazio. Lá, o idoso foi obrigado a desembarcar e permaneceu por uns minutos até ser transferido para outro barraco mobiliado, onde ficou por horas.

Mantido refém, o taxista foi obrigado a passar senhas bancárias. Os criminosos ainda usaram o WhatsApp da vítima para solicitar dinheiro aos contatos. Enquanto isso, o idoso era torturado fisicamente e psicologicamente.

Ele contou aos policiais que uma arma era mantida em sua boca, enquanto recebia coronhadas e socos na cabeça e na região íntima. Além disso, ele teve a mão esquerda queimada por cigarros.

Em determinado momento, a quadrilha decidiu liberar a vítima, que foi acompanhada durante parte do trajeto. O idoso caminhou até um posto de combustíveis na Avenida Nações Unidas, local em que encontrou uma equipe da Polícia Militar (PM) e contou sobre o sequestro.

De acordo com ele, a quadrilha ficou com celular dele, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e R$ 100. O taxista apresentava lesões e foi encaminhado ao Hospital Municipal de São Vicente, sendo atendido e dispensado.

Prisão
Uma equipe da PM que estava em patrulhamento passou a buscar pelos criminosos no bairro Vila Margarida. Em determinado momento, os agentes viram um homem entrando no carro em que a vítima foi abordada. No entanto, o suspeito notou a aproximação policial e fugiu correndo.

Os agentes seguiram o indivíduo e conseguiram capturá-lo.. Em revista pessoal ao homem, identificado como Adilson Rogério Alves de Macêdo, de 44 anos, nada de ilícito foi encontrado. Porém, ele foi reconhecido pelo taxista como um dos criminosos e foi preso em flagrante.

O carro foi recuperado e a vítima ainda reconheceu outros dois envolvidos no crime por meio do álbum de criminosos da polícia.

 

Defesa da mulher que acusa Falcão de importunação sexual diz que arquivamento do processo é ‘preocupante’ e vai recorrer

Ex-jogador é acusado de ‘esfregar’ as partes íntimas no braço da mulher dentro de um hotel em Santos, no litoral de São Paulo. Representantes da suposta vítima podem recorrer da decisão em até 30 dias.

A defesa da mulher que acusa Paulo Roberto Falcão de importunação sexual dentro de um apart hotel em Santos, no litoral de São Paulo, vai recorrer na Justiça contra o arquivamento do processo. Ao g1, os representantes da suposta vítima afirmaram, neste sábado (21), terem encarado com “surpresa” a decisão judicial.

O ex-jogador é acusado de encostar e esfregar as partes íntimas no braço da mulher, identificada publicamente apenas como ‘Nathália’. A decisão pelo arquivamento do processo foi tomada pelo juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos (SP). O magistrado considerou a falta de indícios do crime que justificassem o prosseguimento do caso.

“A notícia do arquivamento do processo é profundamente preocupante e lança luz sobre as complexidades e desafios que as vítimas de importunação sexual muitas vezes enfrentam ao buscar Justiça”, afirmaram os advogados Pedro Grobman e Pâmela Mendes, por meio de nota.
Ao g1, Pâmela acrescentou que vai recorrer da decisão judicial. “Após analisar toda a documentação que foi reunida [no processo]”, explicou. A profissional afirmou também ter o prazo de 30 dias para fazer isso após a última decisão judicial.

A reportagem não localizou a defesa de Paulo Roberto Falcão até a última atualização desta reportagem.

Advogados da vítima
Os advogados de ‘Nathália’ informaram também que se comprometem a investigar minunciosamente todos os aspectos do caso para garantir que os direitos da mulher sejam respeitados.

“Este caso de importação sexual ressalta questões cruciais que envolvem o sistema de Justiça e a forma como as denúncias desse tipo são tratadas”, alegaram os advogados.
Os representantes da mulher afirmaram também que a decisão pelo arquivamento “deixa dúvidas sobre a eficácia das medidas existentes para abordar crimes de importação sexual e proteger as vítimas”.

A decisão
O g1 teve acesso à decisão judicial. O juiz Leonardo de Mello Gonçalves considerou que não há indícios da ocorrência de ilícito penal de modo a justificar o prosseguimento do caso.

“Não sendo possível concluir que o investigado tenha praticado em face da vítima ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia”, escreveu o juiz, na decisão. Ainda segundo ele, “nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso”.

A conclusão do representante do MP foi a de que não houve o delito, porém o orgão não tirou a credibilidade e o incômodo da suposta vítima. O juiz disse ainda que o hóspede “foi inconveniente e certamente causou desconforto na vítima, situações essas que causaram por parte desta, a leitura do comportamento do investigado como sendo uma forma de assédio”, explicou ele.

No documento, o MP destacou que a Promotoria de Justiça de Santos não duvida que a vítima possa ter interpretado o comportamento do morador como uma forma de assédio. “Porém, essa interpretação do evento não muda o fato de que não ocorreu a prática de um ato libidinoso contra ela, exigência do tipo penal para que seja possível reconhecer o crime de importunação sexual, na forma como ele foi descrito na lei”.

O juiz esclareceu que não se faz necessário aguardar um eventual laudo pericial produzido por perícia particular para a determinação de arquivamento, tendo em vista que os elementos que já constam são suficientes para tomar essa decisão.

Relembre o caso
O ex-jogador da seleção brasileira Paulo Roberto Falcão foi denunciado por suspeita de importunação sexual na manhã do dia 4 de agosto, por uma funcionária do apart hotel onde mora em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, o caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município. Foram duas tentativas, segundo a advogada da vítima: nos dias 2 e 4 de agosto.

A recepcionista, de 26 anos, contou que Falcão entrou em uma área restrita para funcionários com algumas roupas em mãos para mandar lavar. Antes de entregá-las, porém, se aproximou dela falando sobre a câmera de monitoramento, momento em que ela disse ter sido importunada sexualmente no dia 4 de agosto.

No dia 2, segundo ela, a ação foi a mesma, inclusive o discurso escolhido. Dessa vez, porém, a mulher contou ter se afastado e demonstrado ódio diante da situação. De acordo com a funcionária, o impulso assustou Falcão, que deixou as roupas e foi para o quarto.

O que diz Falcão
Falcão pediu demissão do cargo e, por meio das redes sociais, afirmou na época: “Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo”.

Falcão ressaltou que o primeiro sentimento dele, ao tomar a decisão, foi o de defender a imagem da instituição. “Sobre a acusação feita nesta sexta-feira (4 de agosto), que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu”.

Segundo o Código Penal, importunação sexual é “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. Ou seja, é praticar qualquer ato de cunho sexual sem o consentimento da vítima. A pena para o crime é de 1 a 5 anos de reclusão.

“É aquele beijo forçado, um toque, um apalpar, para satisfazer a si próprio sem que a vítima tenha dado consentimento em relação a isso. O ponto central desse crime é a ausência de consentimento”, explicou a advogada especialista em gênero, Maíra Recchia.

Trajetória no esporte
Paulo Roberto Falcão, de 69 anos, nasceu em Abelardo, Santa Catarina. Antes de ser dirigente de futebol foi jogador, treinador e comentarista esportivo.

Volante em campo, estreou nos gramados com a camisa do Internacional, em 1973, onde permaneceu até se transferir para a Roma, da Itália, em 1980. Pendurou as chuteiras em 1986 com a camisa do São Paulo.

Com a camisa da seleção brasileira principal fez 34 jogos e sete gols. Esteve nas listas de convocação por dez anos, entre 1976 e 1986.

Logo após ter encerrado a carreira, em 1990, assumiu o comando técnico da seleção por um ano. Depois foi técnico do América (México), Internacional, Bahia, Sport, além do Japão.

Em 2022, após anos como comentarista esportivo, Falcão foi convencido pelo presidente do Santos FC, Andrés Rueda, a assumir o cargo coordenador esportivo.

 

Neurocirurgião é investigado por estuprar pacientes desacordadas e armazenar pornografia infantil no litoral de SP

Imagens feitas pelo médico, inclusive de um estupro, foram apreendidas pela Polícia Civil. Defesa de João Luís Cabral Júnior diz que ele é inocente.

Um médico neurocirurgião de Santos, no litoral de São Paulo, é investigado por armazenar imagens de pornografia infantil e estuprar pacientes desacordadas. João Luís Cabral Júnior, de 52 anos, chegou a ser preso, mas foi liberado. A defesa disse ao g1, neste sábado (21), que o médico provará a inocência “no momento processual oportuno”.

Equipes policiais estiveram na casa do médico, no bairro Ponta da Praia, para cumprir mandado de busca e apreensão referente a um inquérito policial sobre armazenamento de materiais com cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

Segundo apurado pela reportagem, João atendeu os policiais e se apresentou como um “conceituado médico neurocirurgião”. Ao ser questionado sobre as denúncias, ele negou qualquer prática criminosa.

No entanto, os policiais apreenderam quatro notebooks, um computador, um HD externo e o celular do suspeito e, em breve análise, encontraram arquivos com cenas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sexual.

Além disso, a equipe policial encontrou vídeos feitos pelo próprio autor. Em um deles, o médico filmou por debaixo da mesa uma paciente que estava de saia durante uma consulta médica dele.

Outro arquivo continha um vídeo da genitália de uma paciente sedada que estava deitada em uma maca para procedimento cirúrgico. Havia ainda imagens feitas pelo suspeito de uma jovem dormindo com camisola e calcinha em um quarto de hospital.

Além disso, os policiais encontraram arquivos em que o médico faz uma “selfie” no mesmo local e no minuto em que filma uma paciente aparentemente sedada. Ele retira a coberta da mulher, afasta a roupa íntima e coloca o dedo na genitália da vítima.

O fato foi caracterizado como estupro de vulnerável pela equipe policial. Ele foi preso no dia 26 de setembro. Todos os materiais foram encaminhados para análise das autoridades.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra.

Defesa
Segundo o advogado do médico, Eugênio Malavasi, o suspeito foi liberado durante a audiência de custódia por “ausência dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva”.

“O Dr. João Cabral é inocente e provará o alegado no momento processual oportuno”, disse o advogado, em nota.

Registro suspenso
Procurado pelo g1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou que o médico está com o registro profissional suspenso desde o dia 2 de outubro “por decisão judicial”.

O Conselho ainda ressaltou que também está investigando o caso em questão. “A apuração corre sob sigilo determinado por Lei. Qualquer manifestação adicional por parte do Cremesp poderá resultar na nulidade do processo”.

Quem é o médico?
Segundo o site do médico Instituto João Luis Cabral, ele se formou em Neurocirurgia em 2000 e, sete anos depois, foi médico militar do Exército Brasileiro.

“O meu compromisso é um atendimento médico humanizado, sendo que a base central será sempre o paciente e não sua doença, com atualizações médicas constantes, sempre oferecendo o que há de melhor”, disse, na descrição do site.

Ainda conforme o próprio Instituto, o médico busca “ser referência em Neurotrauma e Dor na Baixada Santista e região”.

Casal é preso por tráfico de drogas em conjunto habitacional em Santos, SP

Dupla estava sendo investigada por desenvolver atividades criminosas na Rua Almirante Ernesto de Mello Júnior. Segundo a Polícia Civil, a mulher era a responsável pelo armazenamento e anotações do tráfico.

Um casal foi preso por envolvimento com tráfico de drogas dentro de um conjunto habitacional, em Santos, no litoral de São Paulo. Giovanna Cristina Pereira e Nicolas Rodrigo da Silva estavam com uma grande quantidade de drogas dentro de um apartamento. A mulher foi apontada pela Polícia Civil como responsável pelo armazenamento das drogas e anotações de contabilidade para traficantes.

De acordo com as autoridades policiais, a dupla estava sendo investigada por desenvolver atividades criminosas na Rua Almirante Ernesto de Mello Júnior, no conjunto conhecido como BNH, no bairro Aparecida. Com isso, a ordem judicial de cumprimento de mandado de busca e apreensão foi cumprida nesta quarta-feira (18), por volta das 7h.

A Polícia Civil identificou o homem nas escadarias do conjunto habitacional, com uma sacola de mercado. Assim que efetuaram a abordagem, os policiais encontraram R$ 285, sacos plásticos, nove porções de crack, 15 porções de maconha, cinco porções de cocaína, 15 porções em pinos, uma tesoura e um celular vermelho.

Parte da equipe, que estava nos fundos do conjunto, entrou no prédio. No apartamento, os policiais encontraram Giovanna e diversos itens relacionados ao crime.

Segundo a Polícia Civil, foram apreendidas duas folhas com contabilidade do tráfico de drogas, uma faca com resquícios de maconha, quatro rolos de plástico filme, uma porção de maconha a granel e dois aparelhos celulares. Além disso, haviam duas sacolas pretas, com 306 pinos de cocaína.

Nos fundos do conjunto habitacional, onde as investigações apontavam como sendo o local de fluxo de traficantes, a polícia encontrou dentro drogas dentro de uma máquina de lavar, sendo 231 pinos de cocaína, 65 porções de cocaína, 48 porções de maconha, três balanças de precisão, duas facas e diversos pinos pretos vazios.

A dupla foi presa em flagrante e encaminhada para o 3º Distrito Policial de Santos. Os dois vão responder pelo crime de tráfico de drogas e ficaram à disposição da Justiça.

Serginho Chulapa, ídolo do Santos, é preso por não pagar pensão alimentícia

Ex-jogador e ídolo do Santos Futebol Clube foi abordado em um posto de combustíveis em Santos.

O ex-jogador de futebol Sergio Chulapa foi preso em Santos, no litoral de São Paulo, por não pagar pensão alimentícia. De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo g1 nesta quinta-feira (14), o ídolo e ex-auxiliar técnico do Santos Futebol Clube foi detido em um posto de combustíveis no bairro Aparecida.

Segundo consta no documento, uma equipe policial estava em patrulhamento de rotina quando parou em um posto na Rua Alexandre Martins, na noite desta terça-feira (12). No local, os agentes reconheceram Chulapa, que estava com um mandado de prisão contra ele. O documento foi expedido pela Vara de Família e Sucessões de Catanduva (SP).

Os policiais conduziram o ex-atleta à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, onde a prisão foi confirmada. Após as autoridades cumprirem as formalidades legais, Chulapa foi encaminhado à cadeia pública.

Até agosto do ano passado, Serginho Chulapa atuava como auxiliar da comissão técnica do Santos Futebol Clube.

O g1 não localizou a defesa do ex-jogador até a última atualização desta reportagem.

Serginho Chulapa
Nascido em São Paulo, Sérgio Bernardino começou sua carreira jogando na base do São Paulo. Em 1982, ele disputou a Copa do Mundo, na Espanha. Sua ida para o Santos, seu time de infância, ocorreu no ano de 1983.

Serginho jogou com a camisa santista 201 jogos e teve 104 gols marcados pelo Peixe. Em 1985, teve uma rápida passagem pelo Corinthians. Em 1987 atuou pelo Marítimo, e em 1988 no Malatyaspor. Após deixar o Alvinegro, ele atuou pelo Atlético Sorocaba, Portuguesa Santista e São Caetano. Ele encerrou sua carreira aos 40 anos, em 1993.

Em 1994, a convite do então treinador santista, o eterno Pepe, Serginho virou auxiliar técnico do Santos. Com a demissão do Canhão da Vila, o próprio sugeriu a diretoria que colocasse seu auxiliar no comando técnico, no caso, Serginho Chulapa. Ele assumiu a equipe e permaneceu a temporada como treinador.

Atualmente, Chulapa integra o time de ídolos eternos do Santos FC. O grupo de ex-jogadores recebe um valor fixo mensal e outro por participação em eventos.

 

Falso médico aplica golpe em irmão de mulher internada em hospital no litoral de SP: ‘me senti um idiota.

Criminoso cobrou R$ 1,2 mil por medicamentos para a paciente, que está em um hospital em Guarujá (SP), sob a alegação de que ela teria piorado. Os planos do golpistas foram frustrados por uma falha na transferência bancária.

O irmão de uma mulher, de 44 anos, internada em um hospital de Guarujá, no litoral de São Paulo, após um acidente de trânsito, por pouco não transferiu R$ 1,2 mil a um estelionatário que se passou por médico. Conforme apurado pelo g1, nesta sexta-feira (1), o golpista alegou que a paciente teria piorado e precisaria de cinco doses de um medicamento. O valor seria para custear o remédio.

Fernando Dias contou ter efetuado o pagamento, mas a operação foi cancelada pelo banco. Ele manteve contato com o falso médico por um aplicativo de mensagens e disse ter sido envolvido na conversa pelo momento de fragilidade. “Eu me sentir um idiota”.

A vítima acredita que o estelionatário tenha conseguido o contato e dados pessoais dele nas redes sociais, onde a família tem feito uma campanha de arrecadação de dinheiro para o tratamento de Glaucia Dias. “De repente, eu me vi dentro de um golpe e cai”.

O golpe
Segundo a o irmão de Glaucia, o golpista entrou em contato por telefone na última segunda-feira (28), por volta das 4h — mais tarde, naquele dia, a paciente recebeu alta. No começo da ligação, o criminoso disse que a chamada estava ruim e enviou mensagem. (veja a conversa na galeria abaixo)

O falso médico se apresentou como Dr. José Ribeiro e informou sobre um alteração no quadro clínico da paciente. Ele citou que estava em contato por se tratar de um caso urgente.

O criminoso usou termos técnicos para ganhar a confiança de Fernando. Disse, por exemplo, que os exames de Glaucia haviam detectado uma baixa nos níveis de linfócitos, que são as células que fazem parte da defesa imediata do corpo.

Confira a conversa completa entre o falso médico e a vítima

Em seguida, o golpista afirmou que seriam necessárias cinco ampolas de um medicamento usado para infecções. “Podemos solicitar o medicamento diretamente com o representante. O medicamento Polimixina B está no valor de R$ 256,87. Há possibilidade de adquirir de forma particular”, disse o criminoso.

Preocupado com a irmã, Fernando autorizou a compra e fez a transferência para uma suposta gerente comercial da empresa de medicamentos, indicada pelo falso médico. A operação, no entanto, não foi concluída. “Eu efeituei o Pix, mas com a graça de Deus não foi efetivado”, disse.

Segundo o irmão, o aplicativo do banco detectou um problema na conta da pessoa que receberia o valor. Foi quando a vítima percebeu que poderia ser um golpe.

Fernando passou a se mostrar desconfiado nas mensagens e pediu provas de que o estelionatário estaria no hospital. O falso médico, porém, dizia que estava ocupado.

Inconformado com a situação escreveu: “Sei que é um aproveitador sem escrúpulo. Se aproveita de situações complicadas das pessoas para poder ganhar dinheiro. Vai trabalhar como todo cidadão do bem e deixa de ser esse ser sem sentido no mundo”.

A vítima lembrou que estava fragilizada pela situação e entende que o golpista se aproveitou do horário para enganá-la. Outro fator que o fez acreditar no falso médico: a irmã havia pedido para passar a noite sozinha no hospital e, portanto, ninguém da família tinha certeza do que se passava com ela.

Alerta
Em nota, o Hospital Santo Amaro (HSA) esclareceu que em nenhuma hipótese entra em contato para realizar cobranças ou solicitar pagamentos. A instituição ressaltou que é totalmente financiada pelo Sistema Único de Saúde.

A unidade orientou que, caso algum paciente ou familiar receba contato semelhante, que ignore e denuncie imediatamente.

Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o HSA explicou que os profissionais não são autorizados a transmitir informações sobre os pacientes por telefone ou mensagens.

“Prestem muita atenção. Sempre procurem encontrar pontos que façam com que a pessoa prove exatamente quem é […]. Hoje, os golpistas estão atuando em todas as áreas”, finalizou Fernando.

 

Síndica agredida por moradores deixa condomínio por medo de ameaças no litoral de SP

Síndica chegou a ficar com marcas roxas no corpo após as agressões motivadas por uma discussão com um casal de moradores em Praia Grande (SP). Roberta Silva Vieira, de 41 anos, alugou um novo imóvel para viver temporariamente.

A síndica que foi agredida por moradores de um condomínio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, não voltou ao local desde as agressões, que aconteceram há mais de um mês. Roberta Silva Vieira, de 41 anos, alugou um novo imóvel para viver temporariamente, pois vêm recebendo ameaças.

“Estou apreensiva, pois é só eu e o meu filho [de 10 anos]”, disse em entrevista ao g1. Ela pretende voltar a viver no condomínio somente após algumas medidas de segurança.

“Tenho que trocar todos os códigos de acesso e as chaves e colocar grades onde moro, pois o meu apartamento é no térreo”, enfatizou.

Roberta conta que vem recebendo mensagens ameaçadoras de um número desconhecido dizendo que ela será atacada quando menos esperar. “Para sua casinha você não volta mais”, diz um dos recados.

Agressões
A síndica chegou a ficar com marcas roxas no corpo após as agressões motivadas por uma discussão com um casal de moradores, devido às regras do condomínio. O caso aconteceu no dia 17 de maio.

De acordo com Roberta, a mulher envolvida, de 30 anos, realizava procedimentos estéticos – como extensão de cílios, dentro do apartamento. O fluxo de clientes pelo condomínio incomodava os demais moradores. Por isso, a síndica conversou com ela e o marido, de 36 anos.

No entanto, o homem ameaçou Roberta e o filho dela após uma notificação. Dias depois, a síndica voltou a se desentender com o casal e foi agredida. Na ocasião, a Polícia Militar (PM) precisou ser acionada e o caso foi registrado como lesão corporal.

Desde então, Roberta saiu do prédio e retornou ao condomínio apenas para realizar as funções como síndica. Ela chegou a morar um tempo na casa de outras pessoas até alugar um apartamento kitnet para viver com o filho.

Já o casal, que era inquilino em um apartamento, foi orientado pela proprietária a deixar o local. Eles se mudaram na última semana, mas Roberta segue sem confiança para retornar.

Ela diz que se sente ‘impotente’ quanto às autoridades policiais, já que o homem não foi punido pelas agressões, enquanto ela segue sendo ameaçada. “Nós temos leis que não funcionam. […] Meu inquérito não vai pra frente porque a Justiça não quer ouvir minhas testemunhas”.

Polícia
Procurada pelo g1, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sendo investigado pelo 1º DP de Praia Grande. “A autoridade policial ouviu os envolvidos e realiza oitivas de testemunhas. Diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos”.

O g1 tentou contato com o casal alvo das denúncias, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

Hacker foragido que ostenta luxo na web é acusado de agredir namoradas em SP

Matheus Martins Marques foi denunciado por mais de uma companheira. Ele é acusado de integrar uma quadrilha que invadia sistema de bancos.

O hacker de Santos, no litoral de São Paulo, que é procurado por realizar desvios milionários em bancos nacionais e estrangeiros, também possui histórico de violência doméstica. Segundo informações obtidas pelo g1 nesta sexta-feira (2), Matheus Martins Marques já foi denunciado por mais de uma companheira.

A reportagem apurou com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos que, além dos boletins de ocorrência, ordens de restrição já foram expedidas contra Matheus após ele ser agressivo com a própria companheira e uma ex.

Segundo a Polícia Civil, o jovem tem um ‘comportamento complicado’. No entanto, nunca houve uma ordem de prisão por conta dos episódios de violência doméstica. O mandado de prisão que existe contra ele foi decretado pela Justiça do Distrito Federal (DF) pela participação do santista em uma quadrilha que invade o sistema de bancos nacionais e estrangeiros.

O documento foi baseado nas provas colhidas em celulares e computadores de Matheus, que foram encaminhados para o DF após serem apreendidos pela Polícia Civil do Estado de São Paulo em endereços de Santos. Segundo o Deic, os mandados de apreensão foram cumpridos na casa do hacker e da mãe dele.

Ainda de acordo com o Deic, a equipe voltou a atuar em conjunto com a polícia do DF em maio, com objetivo de cumprir o mandado de prisão. Os policiais estiveram em cinco endereços ligados ao jovem: dois em Santos, dois em São Vicente e um em Praia Grande. No entanto, ele foi localizado em nenhum dos locais.

Esquema
Segundo apurado pelo g1, o grupo que Matheus está envolvido realizava chantagens após tentativa de ataque de ransomware [dispositivo que pode bloquear o computador] contra instituição bancária de Brasília e, depois, exigia um resgate em dinheiro para desbloqueá-lo.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, os suspeitos pediam cerca de 50 bitcoins, o equivalente a quase R$ 7 milhões, para não repassarem as informações que supostamente teriam sido acessadas das vítimas.

Ainda de acordo com a polícia, os criminosos serão indiciados pela prática dos crimes extorsão, com pena de reclusão, de quatro a dez anos, invasão de dispositivo informativo, com pena reclusão de 1 a 4 anos e associação criminosa, com pena de 1 a 3 anos.