Polícia brasileira prende políticos durante a chamada Operação Navalha
A Polícia Federal prendeu na semana passada 48 pessoas acusadas de participarem de fraudes em licitações de obras públicas. Entre os presos estão um ex-governador, um assessor de ministro, um deputado distrital, um ex deputado-federal, prefeitos e empresários. As investigações promovidas pela PF começaram em novembro do ano passado.
Operação:
A operação foi deflagrada em nove estados do país: Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal.
Acusados:
Acompanhe abaixo os acusados da máfia de desviar verbas de obras públicas dentre elas o PAC (Programa de Aceleração do Crsecimento).Dentre os presos estão parentes do atual governador do Maranhão, Jackson Lago; os prefeitos das cidades de Sinop,MT e Camaçari,BA além do deputado distrital Pedro Passos e o assessor do Ministério de Minas e Energia Silas Rondeau:
Presos na Bahia:
Humberto Rios de Oliveira – funcionário da Gautama
Florêncio Brito Vieira – funcionário da Gautama
Gil Jacó Carvalho Santos – diretor-financeiro da Gautama
Jorge E. dos S. Barreto – engenheiro da Gautama
Iran César de Araújo Filho – secretário de Obras de Camaçari (BA)
Edílio Pereira Neto – assessor da Secretaria de Obras de Camaçari (BA)
Everaldo José de Siqueira Alves – subsecretário de Obras de Camaçari (BA)
Luiz Carlos Caetano – prefeito de Camaçari (BA)
José Edson Vasconcelos Fontenelle – empresário
Presos em Alagoas:
Abelardo Sampaio Lopes Filho – engenheiro e diretor da construtora Gautama
Adeilson Teixeira Bezerra – secretário de Infra-Estrutura de Alagoas
Denisson de Luna Tenório – subsecretário de Infra-Estrutura de Alagoas
José Vieira Crispim – diretor de Obras da Secretaria de Infra-Estrutura de Alagoas
Enéas de Alencastro Neto – representante do Governo de Alagoas em Brasília
Marcio Fidelson Menezes Gomes – diretor do Detran de Alagoas
Presos no Piauí:
Dimas Soares de Veras – funcionário e irmão do dono da Gautama
João Manoel Soares Barros – funcionário da Gautama
Jorge Targa Juni – presidente da Companhia Energética do Piauí (Cesipa)
Presos no Maranhão:
José Reinaldo Tavares – ex-governador do Maranhão
Vasconcelos Coni – diretor da Gautama no Maranhão
Sebastião José Pinheiro Franco – fiscal de Obras do Maranhão
José de Ribamar Ribeiro Hortegal – servidor da Secretaria de Infra-Estrutura do Maranhão
Ney Barros Bello – secretário de Infra-Estrutura do Maranhão
Já estavam presos em Brasília:
Rosevaldo Pereira Melo – suposto lobista da Gautama
Bolivar Ribeiro Saback – funcionário da Gautama
Tereza Freire Lima – funcionária da Gautama
Maria de Fátima Palmeira – diretora comercial da Gautama
Henrique Garcia de Araújo – administra uma fazenda do Grupo Gautama
Ernani Soares Gomes Filho – servidor do Ministério do Planejamento
Roberto Figueiredo Guimarães – Consultor financeiro do Maranhão
Geraldo Magela Fernandes da Rocha – servidor público no Maranhão e assessor do ex-governador José Reinaldo
Francisco de Paula Lima Júnior – sobrinho do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT)
Sergio Luiz Pompeu Sá – servidor do Ministério de Minas e Energia
Ivo Almeida Costa – assessor do gabinete do ministro das Minas e Energia
Flávio José Pin – superintendente de produtos de repasse da Caixa Econômica Federal, em Brasília
Pedro Passos Júnior – deputado distrital
Alexandre de Maia Lago – sobrinho do governador do Maranhão, Jackson Lago
Presos em São Paulo :
Jair Pessine – ex-secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de Sinop/MT
Zuleido Soares Veras – empresário, dono da construtora Gautama
José Ivan de Carvalho Paixão – ex-deputado federal
Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras – filho do dono da Gautama
Flávio Henrique Abdelnur Candelot – funcionário da Gautama
Outros presos envolvidos:
Ricardo Magalhães da Silva – funcionário da Gautama
Flávio Conceição de Oliveira Neto – conselheiro do Tribunal de Contas Estadual e ex-chefe da Casa Civil do governo João Alves Filho
João Alves Neto – empresário
Nilson Aparecido Leitão – prefeito de Sinop (MT).
Acusações:
Os presos são acusados de fraude em licitações públicas, corrupção, tráfico de influência, superfaturamento de obras e desvio de dinheiro.
Funcionamento da quadrilha
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha se dividia em três níveis:
1º nível – superestrutura do sistema:
No topo estava a construtora Gautama. A empresa direcionava editais para fraudar licitações em obras públicas.A empresa criada por Zuleido Veras em 1992, cresceu muito nos últimos anos. O nome da companhia surgiu em homenagem a Sidarta Gautama, o Buda e também por causa da religião do empresário acusado de ser o topo da quadrilha.
2º nível – Auxiliares e intermediários:
Segundo a PF, essa parte do bando composta por 11 pessoas(Segundo a ministra responsável pelos processos contra a quadrilha do STJ,Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon) ficava responsável em entrar em contrato com políticos e empresários.Estes também ficariam responsavéis por pagar a propina.
3º nível – Autoridades e ex-autoridades , a base da quadrilha:
São os responsavéis de auxiliar a quadrilha.Supostamente recebiam ‘presentinhos’ como carros de luxo em troca de favores com o grupo.