Sem carteira de habilitação e com moto sem placa, militar da Aeronáutica fura blitz e atropela PM na Ilha

Segundo a Operação Lei Seca, Leonardo Souza Batista parecia estar bêbado. O atropelador foi preso em flagrante e poderá ser expulsão da Força Aérea Brasileira (FAB).

Um policial militar foi atropelado no último sábado (2) por uma moto enquanto dava apoio a uma operação da Operação Lei Seca. O atropelamento aconteceu na Ilha do Governador, na Zona Norte, e o motociclista é um militar da Aeronáutica que não tem habilitação e não respeitou o pedido de parada.

O PM vítima está internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, enquanto o atropelador está preso e poderá ser expulso das forças armadas.

O incidente aconteceu na Estrada do Galeão, na madrugada de sábado, pouco depois das 3h, e a poucos metros da 37ª DP (Ilha), mas as imagens só foram divulgadas agora.

O PM Carlos do Nascimento, de 36 anos, colocava os cones do bloqueio quando foi atingido pelo motociclista Leonardo Souza Batista. Nascimento foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o HCPM com uma fratura na perna esquerda e lesões em um dos braços.

De acordo com a Polícia Militar, um outro militar que estava na blitz também se machucou e foi levado para o Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha, e foi preso em flagrante.

Segundo os agentes da Lei Seca, ele parecia estar bêbado, não tem habilitação e a moto estava sem placa. Leonardo Souza Batista vai responder um processo criminal.

De acordo com Felipe Infante Almeida, supervisor da Operação Lei seca, antes do acidente, o atropelador teria passado nas imediações da blitz debochando dos agentes que trabalhavam no local.

“Um motociclista passou pela operação por três vezes debochando dos policiais que estavam ali trabalhando, estourando o cano de descarga da motocicleta, quando na terceira vez voltando, passando pela operação, os policiais ao avistarem o motociclista fizeram um posicionamento na via para abordagem do mesmo. E ao tentar abordá-lo, ao invés dele parar na baia de abordagem, ele acelerou e jogou a motocicleta na direção dos policiais”, lembrou o capitão.

A Força Aérea Brasileira (FAB) disse que acompanha o caso e está ajudando a Polícia Civil nas investigações. A FAB destacou ainda que está tomando as medidas administrativas cabíveis para a exclusão do militar das suas fileiras.

A instituição disse também que o comando da Aeronáutica repudia condutas que não representam a instituição.

O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha) e encaminhado para a 21ª DP (Bonsucesso).

 

Taxista é preso por estelionato ao criar cooperativa e sumir com o dinheiro das mensalidades

Segundo as investigações, ele cobrava cotas de até R$ 30 mil.

Um taxista foi preso por estelionato na Estrada do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (30). Marcelo Couto de Souza é acusado de criar uma cooperativa e desaparecer com o dinheiro dos taxistas que aderiram.

Segundo as investigações, ele cobrava cotas de até R$ 30 mil, que poderiam ser pagas em espécie ou em bens, como veículos. O acordo era que os taxistas recebessem até R$ 4 mil como retorno mensal.

Ainda de acordo com a polícia, Marcelo fazia os pagamentos nos primeiros meses para fazer a cooperativa parecer lucrativa e atrair mais taxistas. Mas, depois, ele parou de pagar e sumiu da praça.

Após cruzamento de dados de inteligência e diligências de campo, Marcelo foi capturado e levado para a 37ª DP (Ilha).

 

Estudante da UFRJ é preso por tentativa de feminicídio contra a namorada em alojamento

Márcio George Gomes Neves, de 37 anos, foi antes da vítima à delegacia para denunciar o fato como uma briga de casal. No entanto, foi surpreendido pela chegada da mulher agredida, que o desmentiu.

Policiais da 37ª DP (Ilha do Governador) prenderam um estudante de matemática da UFRJ pela tentativa de feminicídio da namorada dele.

Márcio George Gomes Neves, de 37 anos, chegou a ir antes da vítima à delegacia para tentar denunciar o fato como uma briga de casal. No entanto, foi surpreendido pela chegada de duas amigas da vítima, que testemunharam o crime. A versão das outras envolvidas no caso era bem diferente:

“As declarações colhidas em sede policial não deixam dúvidas acerca da tentativa de feminicídio pelo acusado, que somente não matou a vítima em razão da chegada das duas amigas da estudante”, explicou o delegado de polícia, Felipe Santoro.

Na delegacia, a vítima contou que fora enforcada por Márcio, e só não morreu porque conseguiu gritar e pedir ajuda. Duas amigas dela chegaram e viram as agressões, impedindo que o autor matasse a vítima. Segundo ela, Márcio tem surtos de agressividade e violência.

A mulher foi auxiliada por seguranças da UFRJ, que a levaram até a delegacia da Ilha do Governador junto com as duas amigas da vítima.

George foi preso e será encaminhado para uma audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Rio.

Homem é preso suspeito de espancar e matar bebê de 11 meses; pais da vítima estão detidos por tráfico internacional de drogas

Suspeito era companheiro da avó do menino. Eliandro Lima Rocha tentou dizer que a criança tinha caído da escada, mas o bebê apresentava marcas no pescoço, como se tivesse sido esganado.

Um homem foi preso nesta quinta-feira (14) suspeito da morte de um bebê de 11 meses na Zona Norte do Rio. Eliandro Lima Rocha foi capturado na Estrada do Rio Jequiá, na Ilha do Governador.

Segundo a investigação da 26ª DP (Todos os Santos), Eliandro morava com a avó do bebê e cuidava da criança enquanto ela trabalhava.

O menino passou a ser criado pela avó depois que a mãe dele foi presa por tráfico de drogas em Portugal. O pai do bebê também está preso aqui no Brasil pelo mesmo crime.

O menino foi levado pelo próprio Eliandro para o Hospital Salgado Filho no dia 2 de setembro com diversos machucados pelo corpo. A criança foi transferida para o Hospital Getúlio Vargas para passar por cirurgias, mas morreu três dias depois.

No momento do socorro, Eliandro tentou dizer aos médicos que o bebê tinha caído de um degrau da escada, mas os profissionais suspeitaram de marcas no pescoço do menino, que podiam indicar que ele tinha sido esganado.

A criança já havia sido levada ao hospital antes com outras lesões na cabeça.

Por isso, a polícia foi acionada para apurar a situação. Eliandro havia fugido desde então.

O suspeito da morte do bebê teve a prisão temporária determinada e encaminhado ao sistema prisional.

 

Quem é Capitão Guimarães, ex-presidente da Vila Isabel e um dos principais bicheiros do RJ

Aílton Guimarães Jorge, um dos principais contraventores do Rio, foi preso nesta sexta-feira (1), apontado como chefe da quadrilha investigada por homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo. Ele também foi citado como torturador no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, órgão que investigou os crimes da ditadura.

Agentes da Polícia Federal do Ministério Público do Rio (MPRJ) prenderam nesta sexta-feira (1) Aílton Guimarães Jorge, de 82 anos, conhecido como Capitão Guimarães, um dos principais contraventores do Rio.

Guimarães, que já foi presidente da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel e da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), foi um dos 12 presos na Operação Mahyah, que visa desarticular a organização criminosa voltada para prática de homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo. Capitão Guimarães é apontado como chefe do grupo criminoso.

A ação é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada no dia 7 de dezembro de 2022.

Segundo a investigação, três núcleos criminosos, subordinado ao Capitão Guimarães, controlam o monopólio de jogos de azar e exploração de bingos clandestinos na Ilha do Governador, Niterói, São Gonçalo e no Espírito Santo.

Ex-oficial investigado por tortura
Aílton Guimarães ganhou o apelido de capitão por sua participação como oficial do exército. O ex-militar teve atuação suspeita durante o período da ditadura militar, entre 1964 e 1984.

Citado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, Capitão Guimarães foi apontado como torturador, investigado por graves violações aos direitos humanos contra presos políticos no Doi-Codi do Rio de Janeiro e na 1ª Cia da Polícia do Exército da Vila Militar.

Ao deixar o exército, em 1981, Guimarães se aproximou dos bicheiros do estado, como Castor de Andrade, Luizinho Drumond, Anísio, Miro e Turcão.

Com poucos anos de “trabalho” na contravenção, Guimarães também passou a atuar no carnaval do Rio de Janeiro. Ele foi presidente da Liesa de 1987 a 1993 e de 2001 a 2007, quando foi preso na Operação Hurricane da Polícia Federal, junto com outros bicheiros e dirigentes da entidade.

Capitão Guimarães foi presidente da sua escola de coração, a Vila Isabel, da Zona Norte do Rio. Ele também recebeu o título de patrono da Unidos do Viradouro, escola de Niterói.

Suspeita de homicídio
Em 2022, Capitão Guimarães foi preso, suspeito de ser o mandante do assassinato de Fábio de Aguiar Sardinha, morto em 2020 em um posto de gasolina em São Gonçalo, na Região Metropolitana do RJ.

A suspeita é que Fábio tenha desviado dinheiro da quadrilha do Capitão Guimarães.

No dia do crime, de acordo com a Polícia Militar, a vítima teria chegado ao posto de combustível junto com o seu pai para abastecer o carro e foi abordado por dois homens a bordo de uma motocicleta.

Durante a ação dos criminosos, Sardinha foi atingido e não resistiu aos ferimentos. O pai da vítima não sofreu nenhum ferimento durante a ação dos bandidos.

Na ocasião, os agentes que efetuaram a prisão de Guimarães encontraram um fuzil em sua casa. Na mesma operação, caseiros do bicheiro chegaram a trocar tiros com os policiais em Búzios, na Região dos Lagos. Todos foram presos em flagrante.

Prisão há 12 anos
Em 2012, Capitão Guimarães também chegou a ser preso junto com dois outros contraventores do Rio: Anísio Abraão David, o Anísio, e Antônio Petrus Kalil, o Turcão.

Os três foram presos por desdobramentos da Operação Hurricane, que foi deflagrada em 2007. Eles foram acusados de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.