Defesa de Monique Medeiros denuncia violação de direitos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Documento fala em maus-tratos por parte de outras presas, escassez de água e presença de ratos e baratas nas celas.

A defesa de Monique Medeiros enviou nesta segunda-feira (16) um documento de 45 páginas contendo denúncia de violação de direitos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

De acordo com o advogado Hugo Novais, que assina o documento, Monique vem sofrendo graves violações em seus direitos humanos durante o encarceramento no presídio Talavera Bruce, em Bangu, onde estaria em condição desumana, em local insalubre, com escassez de água, com presença de insetos, ratos, baratas e aranhas.

Monique Medeiros é ré – juntamente com o ex-veredor Dr. Jairinho -, no processo que apura as circunstâncias da morte do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março de 2021.

Caso Henry: Monique Medeiros é transferida de prisão após denúncias de ameaças

Seap nega as ameaças, mas diz que respeita e cumpre as decisões da justiça. Mudança foi determinada pelo 2° Tribunal do Júri.

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foi transferida de prisão no dia 28 de agosto. Ela estava no Instituto Penal Santo Expedido, e foi levada para o presídio Talavera Bruce, no Complexo do Gericinó, também em Bangu.

A mudança foi determinada pela a juíza Elizabeth Machado Louro, titular do 2° Tribunal do Júri, por causa de denúncias de ameaças sofridas por Monique.

Em abril do ano passado, a juíza chegou a soltar Monique por causa de denúncias de ameaças. Mas ela voltou para a cadeia em julho desse ano, por determinação do STF.

A Seap nega as ameaças, mas diz que respeita e cumpre as decisões da justiça.

Monique Medeiros é ré por tortura e homicídio contra o filho Henry. O menino de 4 anos morreu no dia 8 de março de 2021. Exames de necropsia mostraram que ele tinha 23 lesões no corpo e morreu por ação contundente e laceração hepática.

Ele estava no apartamento onde a mãe morava com o padrasto, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles ao hospital, onde chegou já sem vida.

A prisão foi determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (5), após analisar um recurso do pai do garoto, Leniel Borel.

De acordo com a decisão, ela teria coagido uma testemunha e estaria utilizando redes sociais, descumprido as medidas cautelares impostas pela Justiça.