Da Mansão ao Cárcere: Robinho Deixa o Luxo para Cumprir Pena por Estupro

Decisão do STJ permite cumprimento de sentença italiana por Robinho no Brasil

Após decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-jogador Robinho está sujeito a cumprir a sentença italiana por estupro coletivo contra uma mulher albanesa, ocorrido em 2013, em solo brasileiro. Esta decisão impacta diretamente sua vida luxuosa em Guarujá, São Paulo, onde reside em uma mansão avaliada em cerca de R$ 10 milhões.

O ex-atleta, que foi condenado a 9 anos de prisão pela Justiça italiana, enfrentará a realidade de deixar sua residência de alto padrão para cumprir pena em uma penitenciária, após o pedido do governo italiano para que o cumprimento da sentença ocorra no Brasil, uma vez que o país não extradita seus cidadãos.

A defesa de Robinho já indicou sua intenção de apresentar um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma tentativa de reverter a ordem de prisão. Enquanto isso, no condomínio fechado Jardim Acapulco, onde a mansão do ex-jogador está situada, a movimentação intensa de seguranças após a decisão do STJ contrastou com o aparente silêncio da comunidade local.

O condomínio, conhecido por abrigar diversas celebridades, incluindo outros jogadores de futebol como Marquinhos e Neymar Jr., oferece um ambiente exclusivo com vasta área verde, ambulatório médico e ambulância permanente.

O julgamento do pedido de homologação da sentença italiana foi conduzido remotamente pela Corte Especial do STJ e resultou na decisão favorável ao cumprimento da pena no Brasil. O crime de estupro coletivo ocorreu em 2013, quando Robinho ainda jogava pelo Milan, na Itália, e resultou na condenação do ex-atleta e de outros cinco homens, sob a alegação de que a relação foi consensual, mesmo com a vítima estando inconsciente devido ao consumo excessivo de álcool.

Apesar da condenação, Robinho continuou sua vida normalmente em Santos, praticando esportes e participando de eventos sociais, até que a sentença italiana veio à tona. Com a legislação brasileira impedindo a extradição de cidadãos natos, o Ministério Público Federal defendeu que a pena fosse cumprida no Brasil, culminando na decisão recente da Corte Especial do STJ.

Homem que estuprou funcionária em delegacia do litoral de SP tem extensa ficha criminal; entenda

André Luiz Souza Santos, de 52 anos, passou por diversas penitenciárias e casas de custódia de tratamento psiquiátrico do estado de São Paulo.

O homem que estuprou uma funcionária dentro da Delegacia Sede de Guarujá, no litoral de São Paulo, tem um extenso histórico criminal. Conforme apurado pelo g1, nesta terça-feira (27), André Luiz Souza Santos, de 52 anos, é acusado por crimes desde 1990.

O estupro aconteceu na última terça-feira (20). A vítima, de 40 anos, trabalha na parte administrativa da delegacia por meio de uma empresa terceirizada. Ela foi agredida e estuprada dentro da própria sala, e André foi preso por policiais que ouviram os gritos de socorro da mulher, que foi afastada do serviço.

Segundo apuração feita pela equipe de reportagem, André possui registros na Polícia Civil pelo artigo 157 (roubo) em 1990 e 1991. Dois anos depois, ele foi acusado de tentativa de homicídio. Já em 1994, há registro novamente por roubo e 2000 outro por tentativa de homicídio.

O g1 ainda apurou que, desde 1998, André passou por penitenciárias de Mongaguá e São Vicente, no litoral de São Paulo, além unidades prisionais na capital e em municípios do interior paulista.

Em 2013, ele esteve em casas de custódia de tratamento psiquiátrico em Franco da Rocha (SP). A última passagem de André pelo sistema penitenciário foi no Hospital de Custódia de Tratamento Psiquiátrico (HCTP) de Taubaté (SP). A desinternação condicional ocorreu em novembro de 2022.

Relembre o caso
O dia do crime foi a terceira vez em que o homem esteve na delegacia. A primeira aconteceu na sexta-feira (16), quando a vítima foi informada por colegas de que um desconhecido a procurava.

Na manhã de segunda-feira (19), assim que ela chegou para trabalhar, o agressor a esperava com cartas de amor em mãos. A funcionária o atendeu na sala, ele entregou o material, falou coisas sem sentido e deixou a delegacia.

O estupro aconteceu na manhã de terça, quando o homem voltou à delegacia, entrou na sala da profissional e fechou a porta. A vítima, em depoimento na própria Delegacia Sede de Guarujá, contou aos policiais que o agressor deu um tapa em seu rosto, passou as mãos nos seios, nádegas e esfregou o órgão genital nela. Ela reagiu e chegou a entrar em luta corporal com o agressor.

Segundo o boletim de ocorrência (BO), dois policiais foram até a sala após ouvirem os gritos por socorro. Eles contaram que a porta estava fechada, mas destrancada. Ao abrirem, eles se depararam com o homem sobre a funcionária caída no chão, e com objetos revirados.

Os agentes prenderam o homem, que reagiu. Eles tiveram que retirá-lo à força da sala. O delegado determinou a prisão em flagrante.

 

Homem é preso após fingir ser policial enquanto vivia ‘vida de luxo’ no litoral de SP

Suspeito levava anabolizantes, drogas e medicamentos ilegais em um carro avaliado em aproximadamente R$ 500 mil. Prisão aconteceu em Santos (SP).

Um homem, de 34 anos, foi preso em flagrante após fingir ser um investigador da Polícia Civil. Segundo apurado pelo g1, Hélcio Aurélio Magalhães vivia com a família em um apartamento de luxo em Guarujá, no litoral de São Paulo, e dirigia um carro de aproximadamente R$ 500 mil quando foi detido.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), os policiais receberam uma denúncia anônima sobre a comercialização de substâncias anabolizantes ilícitas. As investigações levaram ao carro de luxo do suspeito, que estava com anabolizantes, drogas e medicamentos ilegais.

A abordagem aconteceu na Avenida Martins Fontes, no bairro Saboó, em Santos (SP). Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo, a delegada do 2º Distrito Policial (DP) da cidade, Débora Lázaro, disse que o suspeito alegou aos policiais que fazia parte da corporação.

“Ele falou: ‘Espera aí, colegas. Eu sou investigador’. Ele saiu do veículo com a arma, que foi apreendida, sob uma das pernas, estava com o bolachão [distintivo] da Polícia Civil e se intitulando investigador”, explicou a delegada.
O suspeito usava documentos de identidade funcional e distintivos falsificados, além de uma pistola 9mm. De acordo com o delegado de Polícia Seccional de Santos, Rubens Barazal Teixeira, Hélcio não podia estar armado.

“A licença dele como CAC [Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador] está vencida. Evidentemente, não houve a renovação […]. Ele passa, então, a ficar em uma condição de ilegalidade com relação ao porte dessa arma”, explicou o delegado.

Investigações
De acordo com a SSP-SP, as investigações apontaram que o suspeito fingia ser policial para obter alguma vantagem, que ainda não foi revelada. A Polícia Civil, portanto, busca descobrir de que forma e o que ele ganhava ao se intitular investigador.

O suspeito foi preso em flagrante e deve responder pelos crimes de corrupção e adulteração de produtos terapêuticos ou medicinais, falsificação de documento público, uso de documento falso, usurpação de função pública, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

O delegado Rubens Barazal pediu para as pessoas entrarem em contato com a autoridade policial, caso tenham tido qualquer tipo de contato com Hélcio quando ele se intitulou investigador.

 

PMs acusados por executar bandido desarmado vão responder em liberdade

Agentes estavam presos há mais de um ano. Em 2022, eles perseguiram de Bertioga a Guarujá suspeitos de terem roubado uma casa. Durante a abordagem, mesmo rendido e desarmado um dos infratores foi morto. Um outro sobreviveu após ter sido baleado três vezes.

A Justiça concedeu liberdade provisória a três PMs de Guarujá, no litoral de São Paulo, que foram presos após terem sido acusados pela execução de um suspeito desarmado, por tentar matar um comparsa dele e por fazer uso indevido das câmeras operacionais. Eles ficaram mais de um ano na cadeia e, agora, vão responder em liberdade.

A decisão da 3ª Vara Criminal de Guarujá foi em favor dos policiais: Paulo Ricardo da Silva, Israel Morais Pereira de Souza e Diego Nascimento de Sousa. O outro PM envolvido, Eduardo Pereira Maciel, foi solto em junho deste ano.

Segundo a decisão obtida pelo g1 nesta sexta-feira (15), a prisão preventiva não pode ser estendida e a Justiça não tem previsão de quando ocorrerá o julgamento dos acusados. Eles, portanto, responderão em liberdade, mas estão proibidos de ter contato com as testemunhas e vítimas do processo, sendo obrigados a manter uma distância de, no mínimo, 200 metros.

O caso aconteceu no dia 15 de junho de 2022. Os quatro policiais citados atenderam a uma ocorrência em que três homens haviam invadido e roubado uma casa em Bertioga. Os suspeitos fugiram e, durante a perseguição, um deles morreu e outro foi baleado. Abaixo as denúncias feitas às ações dos PM, que foram presos.

Os policiais Paulo e Israel são apontados como os executores de Kaique de Souza Passos, de 24 anos. Na ocasião, ele levantou os braços, em sinal de rendição, mas foi assassinado com sete tiros.

Os demais agentes, Diego e Eduardo, são citados por tentar matar Vitor Hugo Paixão Coutinho, de 19, com três disparos. De um deles ouviu: “morre na moral aí”.

Everton de Jesus Oliveira, o único do trio que não foi ferido, acabou preso.

O trio está proibido de exercer atividades policiais em Guarujá (SP). No entanto, a PM poderá colocá-los em serviços internos, fora do policiamento extensivo, até o fim do julgamento. Sobre o porte de arma, a Justiça decidiu que a condição pessoal de cada um deles deve ser avaliada pela Corregedoria.

Em nota, a PM informou que os policiais conseguiram os alvarás de soltura e o processo segue em andamento pela 3ª Vara Criminal de Guarujá (SP). A corporação, no entanto, não respondeu os questionamentos sobre quais serão as medidas tomadas em relação ao porte de arma e as atividades dos acusados.

Defesa
Em nota, o advogado Renan de Lima Claro, que representa os agentes Diego Nascimento de Souza e Israel Morais Pereira de Souza afirmou que a soltura já era esperada. Ele disse aguardar a data do julgamento para comprovar a inocência dos policiais.

Renan também sugeriu que existem erros na investigação conduzida pela Corregedoria da PM. “[Os agentes] agiram nos moldes estritos da Lei e prenderam três roubadores confessos”.

O g1 tentou contato com a defesa de Paulo Ricardo da Silva, mas não a localizou até a última atualização. Questionada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse estar apurando o caso.

 

 

Influenciador Tiago Toguro publica imagem de fotógrafo como se fosse ladrão e é acionado na Justiça

Ricardo Silva de Oliveira foi exposto aos mais de oito milhões de seguidores de Toguro enquanto esperava a esposa sair do trabalho, em Guarujá (SP).

Um morador de Guarujá, no litoral de São Paulo, teve a imagem publicada como se fosse um “suposto ladrão” pelo influenciador digital Tiago Toguro, que tem mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais. Ricardo Silva de Oliveira, de 34 anos, contou ao g1 que entrou na Justiça, pois chegou a temer pela própria vida.

A vítima pensou que pudesse vir a sofrer algum ataque semelhante ao do caso de Fabiane Maria de Jesus, morta pela população após ser alvo de fake news na mesma cidade. “Passou pela minha cabeça porque não é tão distante [o crime contra Fabiane]. Estive em risco”, afirmou em entrevista ao g1 nesta quinta-feira (23).

O caso aconteceu no Canto das Galhetas, na Praia das Astúrias. Ricardo contou que iria buscar a esposa no trabalho e resolveu parar no local para olhar o mar enquanto esperava o fim do expediente. Ele é fotógrafo e costuma ir naquele ponto, que é próximo da casa dele. “Sempre dou olhada no mar no final de tarde para ver a previsão de ondulação”, relatou.

Naquele momento, Toguro fazia uma transmissão ao vivo e relatou aos seguidores do Instagram que tinha sido oprimido com o olhar de um motociclista [Ricardo]. “Senti que ele estava na minha maldade, não sei se é porque eu estava de moto”, afirmou (veja no vídeo no início da matéria).

Em seguida, o influenciador disse que tinha conseguido uma imagem do suposto suspeito. Ele ainda ressaltou que anda armado, mas estava em um momento descontraído.

“Às vezes a pessoa nem queria minha maldade, mas ficou estranho. Tinha um movimento, ficava toda hora no celular, toda hora com movimento na cintura”, disse Toguro, que em seguida publicou um story com a imagem de Ricardo.

O fotógrafo, por sua vez, sequer tinha percebido a exposição na internet até um amigo lhe chamar relatando o caso. Ele disse ao g1 que ao estacionar a motocicleta no local, tinha notado a presença do influenciador com outras três pessoas.

“Só que eu vi de longe. Dei uma olhada, mas continuei parado, não fiquei olhando”, relatou Ricardo, afirmando que ficou no local até dar o horário de buscar a companheira. Em seguida, o casal foi embora para casa e foi informado sobre a publicação.

Descoberta
Segundo Ricardo, ao descobrir que estava exposto a milhões de internautas, ele foi até o perfil do influenciador tentar esclarecer as coisas. No entanto, não teve retorno e decidiu buscar auxílio jurídico.

“Cheguei a me perguntar: ‘será que tenho aparência de bandido?’. Foi a primeira vez que isso me aconteceu, só que a gente se questiona”, disse Ricardo.

No dia seguinte, o fotógrafo esteve na delegacia com a advogada Tatiane Oliveira para registrar um boletim de ocorrência. A defensora dele explicou ao g1 que entrou com queixa-crime.

“Houve uma calúnia , difamação, ameaça à integridade física do Ricardo. O boletim de ocorrência foi feito em cima disso e foi proposta uma queixa-crime já na Justiça. Já está tramitando”, explicou.

De acordo com ela, o fato será apurado e Toguro terá a oportunidade de se defender. “Agora é aguardar a admissão dessa queixa-crime e o andamento processual”, disse Tatiane.

Ela ainda explicou que a defesa pretende entrar na esfera cível para pedir reparação por dano moral. “A repercussão foi muito grande […]. Então, dano moral a gente entende que houve, mas nesse momento não é a prioridade. A prioridade aqui é a questão criminal”, afirmou a advogada.

Influenciador
Procurada pelo g1, a assessoria do influenciador Tiago Toguro não se manifestou até a publicação desta matéria. No entanto, a defesa de Ricardo afirmou que a equipe dele entrou em contato para que tudo fosse esclarecido por meio de um vídeo com os dois.

Ricardo não aceitou: “Ele já me expôs para muitas pessoas. Eu não gosto de ficar aparecendo […]. Até porque quem deve satisfação para o seguidor é ele, que é figura pública”, afirmou o fotógrafo.

Homem é preso suspeito de participar da execução de PMs aposentados no litoral de SP

Suspeito foi detido na Praia do Tombo, em Guarujá (SP).

A Força Tática da Polícia Militar prendeu um homem suspeito de envolvimento na execução de dois agentes aposentados em Guarujá, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1, nesta segunda-feira (6), Liedson Lima de Araújo, de 20 anos, era procurado da Justiça e foi detido na praia.

Os crimes aconteceram em maio deste ano. Na ocasião, os dois PMs aposentados estavam na Rua Marcos Antônio Ogiano, no bairro Morrinhos, quando foram atingidos por tiros que vieram de um carro prata que passou em alta velocidade. Na época, o veículo foi encontrado pelos policiais.

Liedson Lima de Araújo foi localizado pelos agentes na faixa de areia da Praia do Tombo, na altura da Avenida Prestes Maia, no último domingo (5). De acordo com Boletim de Ocorrência, Liedson estaria acompanhado de três homens durante a abordagem.

Ainda segundo o BO, um dos conhecidos de Liedson teria desferido “palavras de baixo calão” contra a equipe. De acordo com a Polícia Militar (PM), os homens que acompanhavam o acusado também foram detidos e levados à delegacia.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que pediu à Justiça o mandado de prisão temporária, que foi concedido. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Sede da cidade, que busca prender e localizar outros possíveis envolvidos.

Secretário de Segurança
O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, publicou sobre a prisão do suspeito nas redes sociais e reforçou o trabalho policial na região (veja abaixo).

Derrite destacou que a execução dos dois agentes aposentados aconteceu dias antes de ser desencadeada a Operação Escudo, deflagrada em 28 de julho, após o assassinato do soldado PM da Rota Patrick Bastos Reis, que fazia patrulhamento pela Vila Julia, em Guarujá.

PMs mortos
Dois policiais militares aposentados foram executados em Guarujá, no litoral de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (19). As vítimas estavam na rua quando foram atingidas por disparos e morreram no local. A PM foi acionada para atender a ocorrência, que foi apresentada no 1º DP, onde o caso será investigado.

A PM informou ter sido acionada pelo 190 por volta das 17h para atender o caso. No local, os agentes foram informados de que três homens em um carro prata passaram atirando contra os dois policiais aposentados, que estavam na Rua Marcos Antônio Ogiano, no bairro Morrinhos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi chamado para atender a ocorrência e constatou a morte da dupla no local.

De acordo com a PM, após os disparos os suspeitos fugiram em direção à Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Neste momento, equipes estão nas ruas atrás dos suspeitos.

Falso médico aplica golpe em irmão de mulher internada em hospital no litoral de SP: ‘me senti um idiota.

Criminoso cobrou R$ 1,2 mil por medicamentos para a paciente, que está em um hospital em Guarujá (SP), sob a alegação de que ela teria piorado. Os planos do golpistas foram frustrados por uma falha na transferência bancária.

O irmão de uma mulher, de 44 anos, internada em um hospital de Guarujá, no litoral de São Paulo, após um acidente de trânsito, por pouco não transferiu R$ 1,2 mil a um estelionatário que se passou por médico. Conforme apurado pelo g1, nesta sexta-feira (1), o golpista alegou que a paciente teria piorado e precisaria de cinco doses de um medicamento. O valor seria para custear o remédio.

Fernando Dias contou ter efetuado o pagamento, mas a operação foi cancelada pelo banco. Ele manteve contato com o falso médico por um aplicativo de mensagens e disse ter sido envolvido na conversa pelo momento de fragilidade. “Eu me sentir um idiota”.

A vítima acredita que o estelionatário tenha conseguido o contato e dados pessoais dele nas redes sociais, onde a família tem feito uma campanha de arrecadação de dinheiro para o tratamento de Glaucia Dias. “De repente, eu me vi dentro de um golpe e cai”.

O golpe
Segundo a o irmão de Glaucia, o golpista entrou em contato por telefone na última segunda-feira (28), por volta das 4h — mais tarde, naquele dia, a paciente recebeu alta. No começo da ligação, o criminoso disse que a chamada estava ruim e enviou mensagem. (veja a conversa na galeria abaixo)

O falso médico se apresentou como Dr. José Ribeiro e informou sobre um alteração no quadro clínico da paciente. Ele citou que estava em contato por se tratar de um caso urgente.

O criminoso usou termos técnicos para ganhar a confiança de Fernando. Disse, por exemplo, que os exames de Glaucia haviam detectado uma baixa nos níveis de linfócitos, que são as células que fazem parte da defesa imediata do corpo.

Confira a conversa completa entre o falso médico e a vítima

Em seguida, o golpista afirmou que seriam necessárias cinco ampolas de um medicamento usado para infecções. “Podemos solicitar o medicamento diretamente com o representante. O medicamento Polimixina B está no valor de R$ 256,87. Há possibilidade de adquirir de forma particular”, disse o criminoso.

Preocupado com a irmã, Fernando autorizou a compra e fez a transferência para uma suposta gerente comercial da empresa de medicamentos, indicada pelo falso médico. A operação, no entanto, não foi concluída. “Eu efeituei o Pix, mas com a graça de Deus não foi efetivado”, disse.

Segundo o irmão, o aplicativo do banco detectou um problema na conta da pessoa que receberia o valor. Foi quando a vítima percebeu que poderia ser um golpe.

Fernando passou a se mostrar desconfiado nas mensagens e pediu provas de que o estelionatário estaria no hospital. O falso médico, porém, dizia que estava ocupado.

Inconformado com a situação escreveu: “Sei que é um aproveitador sem escrúpulo. Se aproveita de situações complicadas das pessoas para poder ganhar dinheiro. Vai trabalhar como todo cidadão do bem e deixa de ser esse ser sem sentido no mundo”.

A vítima lembrou que estava fragilizada pela situação e entende que o golpista se aproveitou do horário para enganá-la. Outro fator que o fez acreditar no falso médico: a irmã havia pedido para passar a noite sozinha no hospital e, portanto, ninguém da família tinha certeza do que se passava com ela.

Alerta
Em nota, o Hospital Santo Amaro (HSA) esclareceu que em nenhuma hipótese entra em contato para realizar cobranças ou solicitar pagamentos. A instituição ressaltou que é totalmente financiada pelo Sistema Único de Saúde.

A unidade orientou que, caso algum paciente ou familiar receba contato semelhante, que ignore e denuncie imediatamente.

Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o HSA explicou que os profissionais não são autorizados a transmitir informações sobre os pacientes por telefone ou mensagens.

“Prestem muita atenção. Sempre procurem encontrar pontos que façam com que a pessoa prove exatamente quem é […]. Hoje, os golpistas estão atuando em todas as áreas”, finalizou Fernando.

 

Criminoso que desfilou com pistola e debochou das forças policiais é preso no litoral de SP.

Em um vídeo, o homem apareceu com uma mochila nas costas e com arma em mãos. José Vitor Carvalho, vulgo ‘Vitinho’, foi preso em uma casa de alto padrão, no Jardim Virgínia, em Guarujá.

A Polícia Civil prendeu um dos criminosos que desfilou com uma pistola e debochou das forças policiais na comunidade da Vila Baiana, em Guarujá, no litoral de São Paulo. José Vitor Carvalho, vulgo ‘Vitinho’, foi preso em uma casa de alto padrão, no Jardim Virgínia, que fica na mesma cidade (veja fotos abaixo), durante a Operação Escudo. Ele foi encaminhado para o Palácio da Polícia em Santos.

As imagens foram feitas na Rua Argentina, no dia 6 de junho. No vídeo, é possível ver um grupo com aproximadamente nove homens marchando em direção à câmera.

Depois de o vídeo repercutir na internet, o governo de São Paulo reforçou o efetivo policial na Baixada Santista. Durante as ações contra o crime, o PM da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi assassinado na Vila Julia. Em seguida, foi deflagrada a Operação Escudo, que já resultou em 20 mortes.

Segundo a Polícia Civil, Vitinho é integrante de uma facção criminosa e era um dos responsáveis do ponto de venda de drogas da Vila Julia. A busca pelo suspeito fez parte das investigações de tráfico e associação para o tráfico, que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (24).

No momento da prisão, que ocorreu por volta das 5h40, Vitinho estava com a companheira dele em uma casa de luxo (veja detalhes da casa abaixo).

Em entrevista a TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Fabiano Barbeiro confirmou que o Vitinho é um dos homens que apareceu no vídeo. “Ele aparece de camisa preta e bermuda preta, segurando uma pistola com carregador prolongado. O indivíduo era um dos responsáveis pelo tráfico de drogas da Vila Júlia”.

Além disso, a autoridade esclareceu que o homem tinha um mandado de prisão contra ele expedido pela vara criminal de Marília, por tráfico de drogas. “Ele estava vivendo uma vida de luxo, confortável, com uma bela casa com piscina, televisões de grande porte e eletrodomésticos novos, o que demonstrava o quanto esse indivíduo se dedicava ao tráfico de drogas “, disse Barbeiro.

Criminosos exibem armas
A Polícia Civil investiga um vídeo que circula nas redes sociais de um grupo que aparece ‘desfilando’ armado em um morro em Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), a corporação já identificou três dos suspeitos registrados nas imagens. 

O vídeo foi gravado na Rua Argentina, no Morro da Vila Baiana. Segundo a SSP-SP, a Delegacia de Guarujá instaurou uma investigação para “total esclarecimento dos fatos”, como por exemplo quando o registro foi feito e quem são os homens filmados.

Na última sexta-feira (18), Polícia Militar prendeu um dos criminosos que ‘desfilou’ com um fuzil na comunidade Vila Baiana. O homem era suspeito de envolvimento na morte de policiais na Baixada Santista.

Ele foi preso na Operação Escudo, na mesma comunidade em que o vídeo com outros criminosos foi gravado. Nas imagens, o homem aparece de camiseta branca e com um fuzil na mão (veja abaixo).

Ainda segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Guilherme Derrite, o criminoso estava foragido da Justiça. Ele tinha fugido durante uma saída temporária e estava pelas ruas ostentando armas e gravando vídeos para as redes sociais. “Em um desses vídeos, ele aparece com um fuzil andando pela rua ao lado de outros quatro indivíduos armados”, disse Derrite.

 

Justiça determina prisão preventiva de envolvidos em confronto com policiais que teve delegado baleado na cabeça

Delegado da Polícia Federal, Thiago Selling da Cunha foi atingido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá (SP). Suspeitos inicialmente foram detidos em flagrante.

A Justiça Federal determinou, nesta quarta-feira (16), a conversão da prisão em flagrante para preventiva de Jefferson dos Santos Pereira e Rafael de Vasconcelos Batista da Silva, suspeitos de atirar contra policiais federais em Guarujá, no litoral de São Paulo. Na ocasião, o delegado Thiago Selling foi baleado na cabeça e precisou ser internado em um hospital.

A decisão foi do juiz federal Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, após audiência de custódia de Jefferson dos Santos Pereira. Segundo o documento, obtido pelo g1, Rafael não compareceu ao julgamento pois estava internado no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, uma vez que foi atingido por um tiro na perna durante o confronto com os policiais.

De acordo com o magistrado, a decisão pela prisão preventiva foi tomada por haver indícios de que os dois fazem parte de uma organização criminosa, além de outros fatores, como a participação na troca de tiros com os agentes.

“Há o risco de que, caso postos em liberdade, os investigados retornem à organização criminosa para praticar novos delitos, o que caracteriza o risco à ordem pública”, pontuou o juiz na decisão.

Entenda o caso
Segundo informações obtidas pelo g1, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em Guarujá, houve uma perseguição na comunidade Vila Zilda. Suspeitos seguiram em direção ao bairro da Cachoeira e entraram em uma casa. Eles atiraram contra os policiais federais.

Um dos tiros atingiu a cabeça do delegado. Os demais policiais revidaram a ação dos suspeitos e um deles foi atingido na perna. Com os criminosos foram apreendidas armas e diversas munições.

Em nota, a Polícia Federal de São Paulo confirmou que o delegado foi baleado e dois suspeitos foram presos em poder de uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas.

Os dois foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal, em Santos, onde serão autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Eles foram presos e encaminhados para a Delegacia Sede de Guarujá, onde ficaram à disposição da Justiça.