Empresário filmado matando namorada alegou que não sabia que arma estava com munição, diz delegado

Diego Fonseca Borges disse que chamou Ielly Gabriele Alves para fazer alguns disparos com a arma que ele tinha comprado. Inicialmente, suspeito disse que homens em uma moto atiraram contra a vítima.

O empresário que foi filmado matando a namorada disse à Polícia Civil que não sabia que a arma estava carregada. Anteriormente, ele chegou a contar que a vítima tinha sido baleada dentro do carro após dois homens em uma moto passarem por eles, em Jataí, no sudoeste de Goiás. Diego Fonseca Borges, de 27 anos, já tem passagens por roubo e violência doméstica contra uma ex-namorada.

Ielly Gabriele Alves, de 23 anos, estava com o namorado no rancho de um tio de Diego. À polícia, o empresário disse que foram para lá para atirar com a arma recém-comprada por ele. Ielly gravou um vídeo que mostra Diego segurando uma arma. Ele se vira e aponta o revólver para ela, que elogia o namorado e ri. Em seguida, o jovem atira e Ielly cai.

“O Diego diz que eles passaram a tarde bebendo e achou que, naquela hora, a arma estava descarregada”, disse o delegado Thiago Saad.

A arma que Diego usava não foi entregue à polícia, segundo o delegado. Também será investigado com ela foi comprada e se o investigado tem registro ou autorização para ter um revólver.

Contradição
O crime aconteceu por volta das 22h de sábado (4). A equipe da PM afirma ter sido acionada para ir até o Hospital das Clínicas, onde Ielly havia dado entrada com perfuração de tiro. No local, passou a conversar com o namorado da vítima para entender o que havia acontecido.

À PM, Diego contou que estava com Ielly dentro do carro, dirigindo pela Avenida Tancredo Neves, quando dois homens se aproximaram em uma moto de cor escura. Ele relatou que a dupla emparelhou a moto com o carro dele e efetuou dois disparos, que atingiram a namorada.

Os militares continuaram fazendo perguntas para Diego sobre a dinâmica do crime e, com isso, perceberam que existiam contradições no relato do rapaz. Ele, então, foi levado para dar explicações na delegacia, onde foi encontrado um vídeo do momento do crime no celular de Ielly.

“Diante da contradição do namorado, a polícia começou a mexer no celular da vítima e encontrou a filmagem da execução”, afirmou o major da PM, Ulisses Cortez.

 

Dupla Hugo e Guilherme pede indenização de Nattanzinho por lançar música exclusiva da dupla

Goianos compraram os direitos de uma canção feita por um compositor por 12 meses. Segundo o processo, Nattanzinho lançou a música antes mesmo da dupla.

A dupla goiana Hugo e Guilherme está processando o cantor Nattanzinho por gravar e lançar uma música exclusiva deles sem autorização. Os sertanejos pedem que a canção divulgada por Nattanzinho seja retirada das plataformas e que seja pago uma indenização de R$ 20 mil.

O advogado da dupla, Douglas Moura, explicou que Hugo e Guilherme compraram a exclusividade de uma música feita por outro compositor pelo período de 12 meses. Em janeiro, os músicos iriam gravar um DVD.

“Eles divulgaram a guia da música em janeiro na rede social como uma forma do público conhecer, decorar a letra e chegar no show já sabendo cantar. O Nattanzinho provavelmente viu a canção, gravou e lançou antes, desrespeito a exclusividade e o direito autoral”, disse o advogado.

O DVD foi gravado por Hugo e Guilherme em janeiro deste ano, mas só foi lançado em março. Porém, em fevereiro, Nattanzinho lançou a mesma música, mas com outro nome.

A defesa da dupla comunicou as plataformas de áudio e também entrou com a ação na Justiça. Com isso, a música gravada por Nattanzinho foi removida de alguns sites.

Na ação, a defesa de Nattanzinho argumentou que a Justiça goiana não poderia julgar o caso e que o processo deveria ser feito no Ceará, cidade onde mora Nattanzinho e onde a música teria sido gravada. O Tribunal de Justiça em Goiás determinou, no entanto, que a ação siga em Goiânia.

Ainda não há decisão com relação ao pedido de indenização feito por Hugo e Guilherme.

Vídeo mostra quando diretor de presídio em Goiás ameaça motorista com arma

Testemunhas disseram que Paulo Roberto Aires Amaral reclamou que motorista parou sobre uma calçada, dificultando passagem de pedestres. Corregedoria da DGPA investiga o caso.

O diretor do presídio de Araçu, no noroeste de Goiás, foi filmado apontando uma arma para um motorista durante uma discussão em uma rua de Goiânia (veja acima). Testemunhas disseram que Paulo Roberto Aires Amaral reclamou que o motorista parou sobre uma calçada, o que dificultava a passagem de pedestres. A Corregedoria da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) está apurando o caso.

No vídeo, feito no último dia 20, o motorista aparece saindo da garagem de um prédio no Setor Bela Vista. Ele para o carro na calçada. O diretor do presídio aparece andando na calçada e dá a volta por trás do carro. A filha do motorista desce em seguida para pegar uma encomenda em outro carro que estava parado na rua.

Testemunhas contaram que Paulo Roberto reclamou que o carro na calçada estava dificultando a passagem de pedestres. Durante a discussão, o diretor do presídio saca a arma que estava em sua cintura e aponta para o motorista. Momentos depois, guarda a pistola e vai embora.

A DGAP disse que o homem estava de folga no momento da discussão e que “não coaduna com qualquer tipo de conduta que vá contra a integridade física e moral de qualquer pessoa”.

 

Advogada que ficou com rosto deformado diz que estudante de medicina a espancou ao supor que ela tinha caso com namorado dele: ‘Queria vingança’

O estudante é procurado pela polícia, enquanto o namorado está preso pelo crime. Segundo a polícia, a vítima terá que ficar 45 dias em dieta líquida e pastosa por conta da gravidade das agressões.

A advogada que teve o rosto deformado após ser agredida por dois homens, em Goiânia, afirma que o crime foi motivado por ciúmes. Segundo a vítima, o estudante de medicina Heberson Clayton Nunes supôs que ela tinha um caso amoroso com o namorado dele, Maykon Aires, e por isso resolveu espancá-la. O estudante é procurado pela polícia, enquanto o namorado está preso pelo crime.

“Como ele supôs essa traição, ele queria vingança e ele não mediu esforços para fazer aquilo que ele queria. Deformou, deixou meu olho todo roxo, meu queixo, quebrou uma parte do meu nariz”, lamentou a vítima.

As agressões aconteceram na última quarta-feira (11), no Setor Parque Santa Rita, na capital. Aos policiais, a advogada contou que fazia exercícios físicos em uma academia onde Maykon trabalhava como personal trainer. Há pouco mais de um mês, ele lhe ofereceu carona e ela aceitou, mas quando chegaram na academia foram surpreendidos por Heberson, que a agrediu no local. Momento foi registrada por vídeo.

A advogada não registrou boletim de ocorrência contra Heberson, pois ficou com medo e entendeu que ele havia agido no calor do momento. Porém, na última quarta, Maykon foi até a casa da vítima e a convidou para conversarem em uma praça, pois ele queria lhe pedir desculpas pela confusão.

Ao chegarem no local, Maykon passou a espancar a advogada. Enquanto a mulher apanhava, Heberson chegou e também começou a bater nela. Segundo a polícia, a advogada terá que ficar 45 dias em dieta líquida e pastosa por conta da gravidade das agressões.

“Eles armaram uma emboscada para a mulher porque os dois têm um relacionamento e Heberson teria ficado com ciúmes. Durante as agressões Maykon até gritava que ela havia destruído a vida dele”, explica o delegado.
Após o crime, os suspeitos jogaram a vítima na calçada e fugiram. Maykon foi preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado e Heberson está foragido. A Polícia Civil divulgou as imagens dos suspeitos para que possam auxiliar no surgimento de novas provas.

Homem não era personal
Maycon Aires se apresentava como personal trainer, mas segundo a polícia, não tinha registro no Conselho Regional de Educação Física (Cref). A situação caracteriza exercício ilegal da profissão.

“Ele exerce ilegalmente a profissão. Ele é engenheiro e se apresenta como personal, mas não tem registro”, disse o delegado.

Em nota, o Cref informou que repudia a agressão contra a advogada e que o suspeito não tem registro como profissional de Educação Física em nenhum conselho regional do país (confira a nota na íntegra ao final do texto).

Heberson, namorado do engenheiro, é estudante de medicina. Segundo o delegado, ele possui antecedentes criminais por lesão corporal e furto. Até a tarde desta sexta-feira (13), ele continuava foragido.

Nota do Cref na íntegra
O Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região – Goiás e Tocantins (CREF14/GO-TO) manifesta profundo repúdio à agressão recentemente perpetrada contra uma advogada, cujo lamentável episódio veio a público através dos meios de comunicação. É crucial esclarecer que o suspeito não possui registro como profissional de Educação Física em nenhum Conselho Regional do país.

O CREF14/GO-TO solidariza-se com a vítima dessa agressão e reforça seu compromisso em garantir a integridade e a reputação da profissão de Educação Física. Tomaremos todas as medidas administrativas e legais pertinentes às atribuições do Conselho para assegurar que apenas profissionais habilitados exerçam a Educação Física, em estrita conformidade com a legislação vigente. Repudiamos veementemente qualquer ato de violência e continuaremos trabalhando incansavelmente para promover um ambiente de respeito, ética e cidadania em nossa sociedade.

 

Vereador é denunciado pelo MP por segurar servidora pelo pescoço durante evento político em Goiânia

Segundo o MP, um relatório médico indicou que ela teve escoriações e vermelhidão no local. Caso aconteceu no dia 10 de fevereiro deste ano.

O vereador Sargento Novandir (Avante) foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por segurar uma servidora pelo pescoço durante um evento político em Goiânia. Segundo o MP, um relatório médico indicou que ela teve escoriações e vermelhidão no local.

Ao g1, Novandir nega que agrediu a servidora e que vai provar a inocência dele na Justiça.

Segundo o documento do MP, o caso aconteceu no dia 10 de fevereiro deste ano, por volta das 11h, na Rua CP 23, no Residencial Antônio Carlos Pires.

Conforme o MP, Novandir Rodrigues da Silva ofendeu a integridade corporal da mulher, causando lesões corporais que foram constadas em um relatório médico.

O evento realizado era um mutirão político de visitas de Rogério Cruz, onde a servidora da prefeitura trabalhava como assessora política de um outro vereador.

Conforme o documento, em um momento do evento, a servidora estava entre Novandir e um outro vereador e em meio ao alvoroço, o denunciado avançou na direção dela e a segurou rapidamente pelo pescoço para liberar a passagem entre os vereadores. Segundo um relatório médico, ela teve escoriações e vermelhidão.

Novandir foi denunciado, intimado e citado para comparecer em audiência de instrução e julgamento trazendo consigo suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes da data da audiência, oportunidade em que poderá responder à acusação, por intermédio de seu advogado, e ainda, requer a notificação da vítima e testemunhas, e, ao final, após o recebimento da denúncia, a ação penal deve prosseguir até sua condenação.

Em nota, Thialu Guiotti, vereador por Goiânia e presidente estadual do Partido Avante em Goiás, informou que convocou uma reunião da executiva do partido para decidir sobre a expulsão do vereador Novandir do partido.

“O presidente afirma que é inadmissível qualquer tipo de agressão a quem quer que o seja ainda mais se tratando de uma causa tão sensível que são as mulheres”, diz a nota.

 

Médico vira réu por morte de paciente após cirurgia plástica em Goiânia

Paciente morreu dois dias depois em casa por complicações do procedimento. Denúncia afirma que a vítima não tinha condições para fazer a cirurgia, pois era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano.

Um médico se tornou réu pela morte de uma idosa, de 62 anos, após uma cirurgia plástica, em Goiânia. A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) foi aceita nesta segunda-feira (2) pelo juiz André Reis Lacerda, da 10ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

O g1 tentou localizar o advogado do médico Dagmar João Maester e entrou em contato com ele, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria. Também tentou contato por telefone com o Hospital Goiânia Leste, onde a cirurgia foi feita, mas não teve sucesso.

Segundo a decisão do juiz, Marisa Rodrigues da Cunha realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano. A idosa morreu dois dias depois em casa, no Bairro Jardim da Luz, por complicações do procedimento.

A decisão destaca ainda que, conforme denúncia do MPGO, a vítima realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, a idosa não tinha condições para fazer a cirurgia.

“O médico desconsiderou a circunstância e realizou o procedimento cirúrgico na vítima”, destaca a decisão.
Um dia após a cirurgia, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, ao questionar Maester, ele disse que era normal. A filha da idosa procurou o médico novamente que, dessa vez, pediu para ela parar de tomar todos os remédios.

“O que fez o quadro da vítima piorar”, afirma a denúncia.

Preocupada, a jovem pediu ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com Maester, mas, conforme a denúncia, em nenhum momento orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.

De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.

A denúncia foi recebida e aceita pelo tribunal e o juiz deu um prazo de dez dias para o médico apresentar uma resposta à acusação. Com isso, Maester passa a ser acusado de matar a idosa, conforme o artigo 121, parágrafos 3 e 4 do Código Penal Brasileira (CPB).

 

Lavrador é condenado a 26 anos de prisão por matar menino em milharal após atraí-lo com doces e refrigerantes

Segundo o processo, Valteir Camargo atraiu Victor Henrique Alves, de 10 anos, oferecendo doces e refrigerante. Júri absolveu o réu pelo crime de estupro de vulnerável.

O lavrador Valteir Camargo foi condenado a 26 anos de prisão por matar Victor Henrique Alves dos Santos, de 10 anos, em um milharal em Maurilândia, no sudoeste de Goiás. O réu passou por um júri popular nesta terça-feira (3), que o condenou por homicídio doloso duplamente qualificado e falsidade ideológica.

O g1 não conseguiu identificar a defesa de Valteir para pedir um posicionamento até a última atualização dessa reportagem.

O réu era acusado de homicídio, falsidade ideológica e estupro de vulnerável. Sobre o estupro, o promotor Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues pediu a absolvição do réu porque o laudo pericial não apontou se o crime aconteceu quando a vítima estava viva ou morta.

Valteir foi condenado a 24 anos de reclusão pelo homicídio doloso, feito por meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, além de 2 anos por falsidade ideológica, sem o direito de recorrer em liberdade. A sessão foi presidida pela juíza Grimã Guerreiro Caitano Bento.

Segundo o processo, Valteir Camargo atraiu Victor Henrique para o milharal oferecendo doces e refrigerantes. No terreno, o menino foi violentado sexualmente e assassinado. O crime aconteceu em abril de 2022. De acordo com as investigações, Victor brincava na rua com alguns amigos quando o acusado se aproximou.

O menino aceitou e, ao perceber que tinha ganhado a confiança de Victor, Valteir chamou a vítima para buscar milho nos fundos da casa dele. Nesse momento, o acusado estuprou e matou o garoto de 10 anos.

Segundo as investigações, Valteir não conhecia o menino nem a família dele. Durante o depoimento, ele confessou o crime e disse que deu socos e chutes em Victor. O corpo da vítima só foi encontrado três dias depois do assassinato.

Durante as investigações, a polícia analisou imagens de câmera de segurança e identificou o suspeito do crime, que foi filmado conversando com o menino horas antes do desaparecimento.

O homem fugiu para Mato Grosso, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar em uma cidade que fica a 200 km da Bolívia.

 

Falsa esteticista investigada por lesionar pacientes teve complicações após fazer procedimento estético no próprio rosto, diz polícia

Investigação mostrou que Karina Jéssica tem apenas o ensino médio completo. Pacientes eram atraídos pelo preço abaixo da média do mercado, segundo o delegado.

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) apurou que Karina Jéssica Gomes Souza, de 34 anos, suspeita de se passar por esteticista e lesionar pacientes, teve complicações após fazer um procedimento no próprio rosto. Ao delegado Wellington Lemos, a mulher disse que teve edema após fazer um preenchimento no queixo.

O g1 não localizou a defesa de Karina até a última atualização desta reportagem.

O delegado explicou que pacientes denunciaram que tiveram o rosto deformado e Karina chegava até a receitar remédios controlados após as complicações. A investigação apontou que as pessoas eram atraídas pelo preço abaixo da média do mercado, mas a mulher não tem formação superior.

“Ela só tem a formação do ensino médio, não possui nenhuma formação de ensino superior. Ela adulterou, falsificou, e usava um documento falso que a habilitava como graduada em estética e também pós-graduada nessa área”, explicou o delegado.

Mandados
Na última terça-feira (22), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa e em quatro clínicas em que a mulher atendia os pacientes. Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, descreveu o delegado.

Na última terça-feira (22), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa e em quatro clínicas em que a mulher atendia os pacientes. Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, descreveu o delegado.

Clínicas interditadas
Durante a operação, duas das clínicas foram interditadas, segundo o delegado. Wellington explicou que a polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão “para reprimir esse tipo de atividade” e verificar se os estabelecimentos possuíam as documentações legais e alvarás de funcionamento. Além de verificar se os profissionais das unidades possuíam as devidas habilitações.

“Ela sublocava essas salas para atuar. Ela não era a profissional responsável por essas clínicas e apenas sublocava esse horário”, explicou.

O nome das clínicas não foi divulgado, por isso, o g1 não as localizou para obter um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Investigação
De acordo com o delegado, a investigação começou após a denúncia de uma vítima há cerca de um mês. À polícia, a vítima disse que sofreu lesões após fazer um procedimento com Karina em 2022, em uma clínica no Setor Bueno.

Os atendimentos
Conforme apurou a polícia, até o momento, sete vítimas da falsa esteticista foram identificadas. O delegado explicou que todos os procedimentos eram feitos no rosto dos pacientes, como preenchimentos labiais, de bigode chinês e olheiras, por exemplo.

Informalmente, durante a busca e apreensão, Karina falou à polícia que ela mesma produziu o diploma.

Prisão
Karina está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso. Segundo o delegado, a imagem da investigada foi divulgada para encontrar novas vítimas.

Conforme detalhou o delegado, a suspeita não foi presa, por se tratar de uma fase inicial da investigação.

“A sua liberdade não demonstra um risco contra a segurança pública, os requisitos da prisão preventiva não estão ainda configurados e o objetivo dessa operação foi para arrecadar material probatório dos fatos relatados pelas vítimas”, finalizou.