CPI dos Atos Antidemocráticos: coronel à frente da inteligência da PMDF no dia 8 de janeiro deve ser ouvido nesta quinta (16)

Reginaldo de Souza Leitão atuava como chefe do centro de inteligência da corporação quando sede dos três poderes da República foram invadidas. Esse é último depoimento previsto na comissão.

A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deve ouvir, nesta quinta-feira (16), o coronel da Polícia Militar Reginaldo de Souza Leitão. O depoimento está previsto para começar às 10h.

Leitão estava na chefia do centro de inteligência da corporação no dia 8 de janeiro. À época, bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República.

O depoimento do coronel chegou a ser agendado para outubro. No entanto, foi cancelado após o militar apresentar um atestado médico.

Esse é o último depoimento previsto para a CPI dos Atos Antidemocráticos. Entre 23 de novembro e 5 dezembro, os parlamentares devem fazer a leitura e votar o relatório final.

Pedidos de indiciamento

No dia 9 de novembro, o relator da CPI, o deputado Hermeto (MDB), disse que não vai pedir o indiciamento de pessoas que não prestaram depoimento aos distritais.

“Vou me atentar tecnicamente. Nosso relatório será isento dessa guerra política e ideológica. Não entro nessa guerra e não vou indiciar ninguém que não tenha vindo aqui nessa CPI, a não ser que haja alguma coisa extraordinária”, disse Hermeto.

 

Ex-tenente-coronel condenado a 36 anos pela morte da juíza Patrícia Acioli vai para prisão domiciliar

Cláudio Luiz de Oliveira foi considerado pela investigação como mandante do crime, que aconteceu em 2011. Justiça afirmou que condenado cumpriu prazo para progredir de regime.

O ex-tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, recebeu autorização da Justiça para cumprir a pena em casa. Ele já tinha progredido para o semiaberto em maio.

Cláudio deixou o Presídio Constantino Cokotos, no Centro de Niterói, nesta segunda-feira (6), e foi para casa, em Icaraí.

Oliveira foi considerado pela investigação o mandante do assassinato de Patrícia. Ela foi morta com 21 tiros, em agosto de 2011, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O ex-PM foi condenado pelo crime em 2014.

O caso
Cláudio Luiz de Oliveira era comandante do 7° BPM (Alcântara), em São Gonçalo, também na Região Metropolitana do Rio, na época do assassinato de Patrícia Acioli.

A juíza atuava em processos contra vários integrantes do batalhão, acusados de envolvimento com milícias e grupos de extermínio.

Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros na porta de casa. Na época do crime, ela tinha 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.

Ao todo, 11 policiais foram condenados por envolvimento na morte da juíza.