HOMENAGEM COMENDADOR MAIA RECONHECE A CONTRIBUIÇÃO DE ACEMISTAS NOS 120 ANOS DA ACM-RS

Como parte das atividades que demarcam a celebração de 120 anos da ACM-RS, a instituição realizou neste sábado (21/08) a primeira edição da Homenagem Comendador Maia, com o objetivo agraciar pessoas físicas e/ou jurídicas que se destacaram pela prestação de serviços relevantes à causa acemista e/ou à comunidade em geral.

A voluntária Carina Gut foi responsável pela apresentação do evento, realizado virtualmente, que teve início com a fala de acolhida da presidente da ACM-RS Daniela Colussi. Em seguida, foi realizado inspirador devocional por Leopoldo Radavelli, secretário aposentado da ACM-RS. Após, foi a vez do associado básico José Luiz Pereira da Costa falar sobre o Comendador Maia e a importância de todos doadores na história da ACM-RS, que com suas contribuições ajudaram a impactar a vida de milhares de pessoas.

Na sequência, tiveram início os reconhecimentos, em um momento de grande emoção de todos. Nesta primeira edição da Homenagem Comendador Maia, foram agraciados pelas importantes contribuições com o movimento acemista: Edgar Guimarães Machado, Iara Wortmann, Luiz Fontanive Ferreira (In Memoriam), Maria Elizabeth Chiodo Cunha e Rubens Pacheco (In Memoriam).

O evento encerrou com uma recuperação da história do Comendador Maia, relatada pela coordenadora da Comissão de Eventos Maria Inês Ribeiro Schultz, seguida da fala do secretário-geral José Ricardo Caporal, que destacou a escolha da data em virtude do aniversário da Base de Paris, principal documento filosófico das ACMs no mundo e um compromisso de todos em manter a missão da instituição na transformação de nossa sociedade.

Antonio de Oliveira Maia (Comendador Maia)
O ilustre Comendador Maia foi um personagem de grande relevância na história da ACM-RS. Em meados de 1925, o Comendador doou à instituição uma propriedade para a prática esportiva dos acemistas, na antiga Rua Pantaleão Teles, no Centro de Porto Alegre. Nesse local, hoje Rua Washington Luiz, permanece até hoje a sede da ACM-RS, inaugurada em 1934.

 

Câmara concede Diploma de Comendador da Ordem a Aimar Matarazzo

A Câmara Municipal de Rio Preto outorga o Diploma de Comendador da Ordem Municipal do Brasão e a Medalha do Brasão do Município ao senhor Aimar Matarazzo Ribeiro por sua colaboração em favor do desenvolvimento do esporte na cidade.

A Sessão Solene em que será prestada a homenagem estava marcada para o próximo dia 03 de agosto, mas foi remarcada para o dia 30, às 20h, a pedido do homenageado. A Sessão ocorre em cumprimento do Decreto Legislativo (DL nº 1151/2012), de autoria do vereador José Carlos Marinho (PSB).

Matarazzo nasceu em 1967 em São Paulo. Em 1974, mudou-se para São José do Rio Preto. Estudou em colégios renomados, fez Zootecnia em Uberaba na FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba, onde se formou em 1990. Tornou-se agropecuarista e empresário, mas foi no Harmonia Tênis Clube que encontrou uma grande paixão: o esporte.

O homenageado não se tornou um atleta em si. Mais que isso, se transformou em um grande incentivador do esporte na cidade. Hoje Matarazzo é presidente do clube. Sua história com o Harmonia começou em 1997, quando virou associado.  Em 1999, tornou-se conselheiro, e foi eleito nas gestões de 1999/2001, 2001/2002, 2003/2005. Foi também diretor social nas gestões 2005/2007, 2007/2009. Assumiu a presidência do clube em 2009, sendo reeleito.

No ano de 2011, Matarazzo foi responsável por realizar o torneio de tênis Internacional BVA Open, o qual foi considerado o melhor torneio do Brasil. Em abril de 2012, trouxe pela primeira vez uma etapa da Copa Davis, considerada a Copa do Mundo do Tênis. Mais uma vez, pelo brilhantismo da etapa, Rio Preto foi indicada  para realizar a final da Play Off contra a Rússia em setembro deste ano, um fato inédito na história desse esporte na cidade.

Além da dedicação ao esporte, Matarazzo é presidente Municipal do PRTB, tesoureiro da exposição agropecuária e conselheiro da Emurb. O homenageado é casado com a rio-pretense Maria Carolina Vetorazzo Mendes Ribeiro e tem duas filhas, Maria Flávia e Maria Luiza.

Outro chanceler ‘fake’: ele teria aplicado golpe milionário nos EUA

No último dia 2 de março o FBI emitiu uma nota pública para localizar mais vítimas que teriam sido lesadas por um suposto esquema fraudulento de investimento operado pelo brasileiro Daniel Fernandes Rojo Filho, que começou em 2014 e lesou milhares de pessoas.
Daniel foi preso em 2015 pelo FBI, nos EUA, onde o golpe milionário de um esquema de pirâmide financeira teria sido aplicado.
Daniel Fernandes Rojo Filho se dizia “chanceler do Brasil” nos EUA. Assim como Rafael dos Santos Pinto teria se apresentado  ao prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, como “chanceler do Qatar”.
Os dois foram feitos “chanceler” pela mesma pessoa: o autointitulado comendador Regino Barros, sobre quem falaremos mais adiante.
Rojo Filho tinha até uma página na internet: www.uschancellor.com.br, hoje desativada. O nome da página iludia os americanos. Imaginavam tratar do verdadeiro chanceler do Brasil, que na verdade é o ministro das Relações Exteriores.
Na página, o “chanceler” se prontificava a ajudar empresários que quisessem investir na Copa do Mundo 2014 e na Olimpíada 2016 ou em diversos setores de negócios no Brasil – de transporte aéreo a petróleo.
Mais ou menos a mesma proposta que o “chanceler” do Qatar anunciou que faria aos empresários de Volta Redonda, se o esquema não tivesse sido denunciado: investimentos no Qatar, que sediará a Copa de 2022.
A narrativa que se segue mostra que a coisa não é para amadores.
Tem gente graduada em fraudes e golpes no meio desta história.

Empresa do ‘chanceler’ dizia que tinha minas de ouro no Brasil

O esquema de Daniel Fernandes Rojo Filho foi descoberto em uma operação liderada pelo agente especial Brian O’Hara, do FBI. Envolve a empresa DFHF Enterprises, com sede na Flórida e em Massachussetts. DFRF são as iniciais do ‘chanceler’, dono da empresa.
Rojo Filho dizia que a empresa possuía cerca de 50 minas de ouro no Brasil e na África do Sul.
Segundo o FBI, a partir de 2014, Rojos Filho e seus comandados começaram a oferecer às pessoas a oportunidade de investir e, portanto, tornarem-se “membros” da DFRF e terem um retorno financeiro inimaginável.
Ele lançou um vídeo na internet e se reunia com empresários em salões, casas e escritórios. Ousado, em 16 de outubro de 2014 chegou a reunir possíveis investidores a bordo do Spirit of Boston, um barco ancorado no Porto de Boston.
Além das minas de ouro (que eram “comprovadas” com certificações falsas), dizia que ia triplicar os recursos para investir nas minas junto a um banco na Suíça. Mais: garantia que os investimentos seriam 100% segurados contra perdas por uma empresa sediada no Reino Unido e Barbados.
“Tudo isso era falso”, segundo o FBI.

Levando uma vida de rei com o dinheiro dos outros

O malandro conseguiu faturar US$ 12 milhões com o negócio.
Não investiu nada em nada. Torrou US$ 3,5 milhões só em viagens, restaurantes e bens de consumo – incluindo vários Lamborghinis, Rolls Royce, Mercedes e Cadillacs.
No seu Facebook há fotos deles na porta de um jato de luxo.
Exibia-se nos pontos mais caros e badalados da Flórida.
Era “o cara”.
Em 21 de julho de 2015 o milionário ‘chanceler’ foi preso pelo FBI em Boca Raton, na Flórida.
Estima-se que milhares de pessoas foram lesadas.
A pena para este tipo de crime nos EUA, segundo o FBI, é de até 20 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 250 mil ou o dobro do ganho bruto ou perda da fraude, o que for maior.
Abaixo, alguns links de referência: a prisão pelo FBI; a busca do FBI por mais vítimas; e o relatório com as investigações do agente especial do FBI Brian O’Hara.

https://www.fbi.gov/contact-us/field-offices/boston/news/press-releases/fugitive-arrested-in-multi-million-dollar-investment-fraud-scheme

https://www.fbi.gov/resources/victim-assistance/seeking-victim-information/seeking-victims-in-dfrf-investment-fraud-scheme

https://www.justice.gov/usao-ma/file/772021/download

Um esquema para lavar dinheiro do mais perigoso cartel de drogas

“O ‘chanceler’ brasileiro do Cartel de Sinaloa”. Este é o título de uma reportagem investigativa publicada no Brasil pela Agência Pública, uma ONG formada por jornalistas investigativos. Reproduz reportagem publicada no México, originalmente, e em vários outros países, de autoria dos jornalistas Anabel Hernández (México) e Philippe Engels (Bélgica) .
A publicação ocorreu em fevereiro de 2014 e dá uma ideia do que fazia o ‘chanceler’ Rojas Filho antes de criar o golpe da DFRF, pelo qual foi acusado e preso.
A reportagem diz que ele havia sido foi identificado por órgãos de segurança americanos como “uma importante conexão do Cartel de Sinaloa – a poderosa organização criminosa mexicana – na busca para estender seus tentáculos no Brasil”.
A partir da Flórida (EUA), onde vivia, operava “uma rede de empresas fantasmas” descoberta em 2008 por uma investigação da agência antidrogas americana (DEA) e outras agências do governo.
“É acusado pela DEA de conspirar para traficar e distribuir drogas nos Estados Unidos”.
Os Estados Unidos, segundo a reportagem, consideravam o Cartel de Sinaloa como o mais poderoso do mundo. Seu líder, Joaquín Guzmán Loera, o “El Chapo”, era na época um dos homens mais procurados pela Justiça americana.
Ele acabou sendo preso e, no final do ano passado, foi extraditado para cumprir pena nos EUA.

 

Esquema de pirâmide se juntava à lavagem de dinheiro do tráfico

O esquema de “pirâmide” pelo qual Daniel Fernandes Rojo Filho está preso era usado por ele bem antes de 2014 (ano em que fundou a DFRF). Já fazia isso em 2007. Pior: usando ainda o esquema para lavar dinheiro do tráfico, segundo documento de 2012 do Instituto de Análises de Defesa do Pentágono (IDA), citado na reportagem.
“De acordo com o documento o empresário brasileiro Rojo Filho, seu sócio Benevides e as empresas criadas e operadas por ambos são ‘agentes financeiros’ do Cartel de Sinaloa, a organização encabeçada por ‘El Chapo’.”
O esquema de lavagem de dinheiro do cartel usava as fraudes das chamadas pirâmides financeiras, conhecidas como ‘esquema Ponzi’, e de falsos projetos de investimento em energia renovável.
Milhares de pessoas nos EUA, Bélgica, Canadá, Áustria, Espanha, França, Panamá e Leste europeu foram lesadas”.
Diversas empresas foram criadas pelo ‘chanceler’ tanto para aplicar o golpe do “esquema Ponzi” quando para a fraude de investimentos em energias renováveis, segundo os jornalistas (eles citam cada uma delas).
O negócio movimentou pelo menos US$ 213 milhões em menos de um ano.
O dinheiro apurado nas fraudes era misturado com o dinheiro do narcotráfico para dificultar o rastreamento.

Rojo já ostentava, à época, o título de ‘chanceler’

A reportagem mostra que Daniel Fernandes Rojo Filho já usava o título de “chanceler” em suas operações:
Diz que ele era “um homem com sorte e cara de pau suficiente para vender-se como chanceler do Brasil nos Estados Unidos”.
Sua base era em Boca Raton, Orlando, na Flórida, onde promovia “cerimônias pseudo-oficiais com direito à farta exibição das cores da bandeira nacional”. Através de uma página de internet, Rojo Filho apresentava aos americanos oportunidades de investimento em infraestrutura, desde a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 até projetos da Petrobrás – contam os jornalistas.
A investigação dos repórteres foi baseada em documentos e procedimentos judiciais públicos nos Estados Unidos e na Bélgica, na declaração juramentada de um agente do governo americano e de testemunhas.
O link para a íntegra da reportagem: http://apublica.org/2014/02/chanceler-brasileiro-cartel-de-sinaloa/

 

O padrinho dos ‘chanceleres’ e a briga interna hoje no grupo

O padrinho de tantos títulos de chanceler chama-se Regino Barros da Silva Neto. Ele criou várias “Ordens Soberanas” e “comendas” e distribui títulos de chanceler e comendador.

Sua base para isso é uma ONG que ele controla chamada Cisesp (Centro de Integração Cultural e Empresarial de São Paulo).
Também reina sobre várias “câmaras de comércio” (que nada têm a ver com as câmaras de comércio oficiais).
Por exemplo, é um dos diretores da Câmara do Comércio Brasil-Qatar.
A mesma Câmara da qual o ‘chanceler’ Rafael dos Santos Pintos (que esteve com o prefeito Samuca) diz ser vice-presidente.
Mas o grupo parece estar rachando.
Na última semana o presidente da tal câmara de comércio com o Qatar, Gil Garritano, esteve no DIÁRIO DO VALE para dizer que o ‘chanceler’ teria sido obrigado a renunciar à vice-presidência.
As pessoas ligadas ao ‘chanceler’ desmentem: dizem que ele continua e que o que está havendo é uma “briga de família”.
A polícia está no caso, através do delegado adjunto da 93 DP, Marcelo Russo.
Que tem feito uma apuração diligente sobre o episódio que ocorreu com Volta Redonda e as ramificações em torno dele.
Vamos aguardar.