COMANDANTE DE POLÍCIA É PRESO POR SUSPEITA DE LIGAÇÃO COM TRÁFICO DE DROGAS

Prisão faz parte da Operação Tingüí, que já prendeu mais de 70 policiais. O grupamento comandado pelo major Fragoso tem cerca de mil homens.

A Polícia Federal prendeu na tarde desta terça-feira (23) o comandante interino do Grupamento Especial Tático Móvel (Getam), um dos grupos da elite da Polícia Militar, major Carlos Alberto Cardoso Fragoso. Ele foi levado do Batalhão de Choque dentro de um carro da PF, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Outros três PMs, sendo um cabo e dois soldados, também foram presos. A prisão faz parte da Operação Tingüí, que já prendeu mais de 70 policiais. A investigação durou oito meses.

Segundo a PF, o major, que tem 42 anos, comandava cerca de mil homens no Getam, e estava no Grupamento há quatro anos, mas foi exonerado do cargo há uma semana, por questões administrativas. As acusações contra ele são de corrupção ativa, formação de quadrilha, contrabando de armas e tráfico de drogas. Um policial do mesmo grupamento foi quem o incriminou, mas o major negou todas as denúncias no depoimento para a Polícia Federal. Ele será levado para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, no subúrbio do Rio.

A polícia prendeu o major depois que um dos policiais presos na operação teria revelado seu envolvimento. A acusação é de que ele recebia metade da propina paga por traficantes aos policiais do Getam.