Justiça do Rio mantém prisão temporária de Lívia Moura

A Justiça do Rio decidiu manter a prisão temporária de Lívia Moura. A informação foi repassada pelo advogado da presa.

A Justiça do Rio decidiu converter em preventiva a prisão temporária de Lívia Moura, realizada na terça-feira (13) por suspeita de estelionato. Irmã do ex-jogador Léo Moura, ela é acusada de vender entradas falsas para camarotes na Sapucaí.

Segundo o advogado da Livia Moura, “O juiz manteve a prisão temporária de 30 dias para realizar as investigações”

Ela foi presa em casa, na Estrada dos Três Rios, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, com várias pulseiras. Com o avançar das investigações, a polícia pediu a prisão temporária da acusada, que foi aceita pela Justiça.

Segundo vítimas que registraram o crime na 19ª DP (Tijuca), Lívia cobrava R$ 5 mil no ingresso para duas pessoas.

De acordo com os relatos, Lívia dizia que os nomes dos compradores seriam colocados em uma lista de convidados. No entanto, ao chegar no local, as pessoas descobriam que se tratava de um golpe.

Uma das pessoas que foi até a delegacia disse que chegou a questionar Lívia sobre a forma de receber o ingresso, e ela respondeu que seria através de QR Code, enviado pelo WhatsApp. No entanto, o código nunca chegou.

“Domingo, segunda e sábado: R$ 4,5 mil. Outras pessoas que foram à delegacia falavam que ela dava convite para elas em outros eventos, que toda essa situação foi uma surpresa. Mas ela já fez isso outras vezes”, contou ao g1 uma vítima, sem se identificar.

O Camarote Número 1 afirmou em nota que a Lívia nunca trabalhou para a empresa e que não possui qualquer vínculo com ela. Também ressaltou que o site oficial é o único canal de compra de ingressos. Afirmou ainda que está acompanhando o caso e se colocou à disposição da polícia.

Suspeita não colocou tornozeleira
No dia 5 de fevereiro, o Ministério Público do Rio (MPRJ) já tinha solicitado que a prisão domiciliar de Lívia, decretada em 2022, fosse convertida em preventiva. O motivo é que a acusada nunca colocou a tornozeleira eletrônica determinada pela Justiça para cumprir sua pena.

Lívia da Silva Moura é suspeita de estelionato.

Segundo o requerimento do MPRJ, a acusada “não compareceu, tampouco justificou a sua ausência” do local destinado à instalação do dispositivo eletrônico.

Em nota, o advogado de defesa de Lívia, disse que ela foi duas vezes ao local designado para colocar a tornozeleira. No entanto, segundo ele, nas duas ocasiões o sistema estava fora do ar.

Ingressos falsos no Rock in Rio
No inquérito da 16ª DP (Barra da Tijuca), Lívia Moura é apontada como a responsável por um esquema que clonou o site do próprio Rock In Rio para vender ingressos falsos.

Nos primeiros dias do evento, segundo a Polícia Civil, pelo menos 19 pessoas tentaram entrar na Cidade do Rock com os bilhetes vendidos pelo site fraudulento atribuído à irmã do ex-jogador.

De acordo com a 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, do MPRJ, Lívia praticou uma fraude contra milhares de pessoas, com estimativa de golpes na casa dos R$ 300 mil.

PF prende norte-americano suspeito de fraudes, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em hotel de luxo no Rio

Justin Christopher Murphy, de 48 anos, foi preso após solicitação da Embaixada dos Estados Unidos. Mandado de prisão preventiva foi expedido pelo STF.

A Polícia Federal prendeu, na última quarta-feira (6), em um hotel de luxo da Barra da Tijuca, um norte-americano que estava foragido da Justiça dos Estados Unidos pela suspeita de envolvimento em uma série de crimes como lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e evasão de divisas.

A prisão foi cumprida pelos agentes do Núcleo de Cooperação Internacional da PF no Rio de Janeiro (NCI/Interpol), que encontraram Justin Christopher Murphy, de 48 anos, no hotel. Em sua permanência no Brasil, ele chegou a acompanhar os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí este ano e no ano passado.

Ele foi preso depois da Embaixada dos Estados Unidos solicitar a prisão cautelar do estrangeiro para a extradição. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Ele ficará preso em uma prisão do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro até a extradição definitiva para os Estados Unidos.

 

Em julgamento, moradora diz que síndica suspeita de mandar matar vizinho desviou cerca de R$ 4 milhões

Priscilla de Oliveira está sendo julgada no TJRJ pela morte do empresário e vizinho Carlos Eduardo Monttechiari. Segundo os depoimentos desta terça-feira (28), Carlos foi morto porque descobriu as fraudes.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) deu início nesta terça-feira (28) ao julgamento de Priscilla de Oliveira, síndica suspeita de mandar matar o vizinho Carlos Eduardo Monttechiari, em 2021.

Segundo o depoimento de uma moradora, durante o julgamento desta terça, o vizinho morto teria descoberto uma série de fraudes em notas fiscais do condomínio. De acordo com o relato, os desvios de Priscila chegaram ao valor de R$ 4 milhões.

O depoimento da moradora faz parte da primeira fase do julgamento, quando testemunhas de acusação são questionadas pelo juiz, os advogados de defesa e promotores do Ministério Público.

De acordo com a primeira testemunha do dia, a vítima tinha um arquivo com várias provas contra a síndica. O material seria apresentado na assembleia do condomínio, marcada para o dia 5 de fevereiro de 2021. Carlos Eduardo foi morto quatro dias antes da reunião.

O atual síndico do condomínio da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, também confirmou a informação sobre as fraudes nas notas fiscais do condomínio durante a gestão de Priscilla.

A ex-síndica é apontada pelos investigadores como mandante do crime, que teria sido executado pelo supervisor Leonardo Lima. Ele chegou a confessar ser o autor dos disparos, mas depois disse que teria confessado o crime sob coação.

Priscilla de Oliveira e Leonardo Lima estão presos desde março de 2021.

O juiz da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro ainda pretende ouvir testemunhas de acusação e de defesa ao longo do julgamento desta terça. Em seguida, o magistrado ouvirá os advogados de Priscilla e os promotores do MP. Somente após essa etapa, que o juiz deve dar seu parecer. Ainda não há previsão para o fim do julgamento.

Relembre o crime
Priscilla de Oliveira e Leonardo Lima, supervisor do condomínio e apontado como amante da mulher, teriam tramado a morte do empresário Carlos Eduardo Monttechiari. Isso teria ocorrido depois que Monttechiari acusou Priscilla de desviar dinheiro do London Green Park.

Uma câmera de segurança registrou o crime, ocorrido na manhã do dia 1º de fevereiro de 2021. A princípio, a polícia tratava o caso como um latrocínio – roubo seguido de morte. Contudo, cartas e mensagens mostraram a ligação da síndica suspeita de mandar matar vizinho com o atirador.

A 27ª DP (Vicente de Carvalho) concluiu que Carlos Eduardo, que já tinha sido síndico do condomínio e era opositor de Priscilla, tinha marcado para 5 de fevereiro uma assembleia a fim de apresentar um dossiê com provas contra a gestora.

Quatro dias antes da reunião, porém, o empresário foi baleado. Ele estava dentro do carro, na frente do terreno que alugava, na Vila Kosmos, na Zona Norte, quando um homem o abordou e atirou.

Atingido no tórax e no abdômen, Carlos chegou a ser hospitalizado, mas morreu no dia seguinte.

A polícia afirma que o autor dos disparos é Leonardo Lima, supervisor contratado do London Green Park, casado e amante de Priscilla.

Amassado no carro levou ao autor
Nas imagens do crime, os investigadores perceberam que o carro de onde o assassino desceu tinha um amassado na lataria. Após rastreá-lo, descobriram que o automóvel estava no nome da mulher de Leonardo.

Testemunhas disseram que Leonardo tentou modificar o veículo: colocou rodas novas e tirou adesivos. Mas o amassado na lateral permanecia.

Ao receber voz de prisão, Leonardo tentou fugir, mas acabou capturado na Avenida das Américas. Ele estava com o mesmo carro usado no dia do crime.

 

Médicos mortos na Barra: o que se sabe e o que falta esclarecer

Ortopedistas tinham vindo de São Paulo para um congresso internacional.

Três médicos foram mortos a tiros, e um foi internado baleado, em um ataque na madrugada desta quinta-feira (5) na Barra da Tijuca. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia a motivação do crime.

O que falta esclarecer?
Por que os médicos foram mortos?
Quem são os executores? Existe um mandante?
Os ortopedistas podem ter sido vítimas por engano?
Para onde os assassinos fugiram?
Veja, a seguir, o que se sabe.

Quem são os mortos?
Diego Ralf Bomfim, 35 anos: Irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também deputado federal psolista Glauber Braga (RJ). Especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Morreu no Hospital Lourenço Jorge.
Marcos de Andrade Corsato, 62 anos. Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Morreu na hora.
Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos: Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na terça (3). Morreu na hora.

Quem é o sobrevivente?
Daniel Sonnewend Proença, 32 anos: Formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica. Foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos 3 tiros e seria transferido para uma unidade particular. O estado dele era estável na manhã desta quinta.

Onde foi o ataque?
O crime foi no Quiosque do Naná, na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Barra da Tijuca, entre os postos 3 e 4, em frente ao Hotel Windsor.

Como foi o ataque?
À 0h59, um carro branco parou, e 3 homens de preto e armados de pistolas desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa.

Foram pelo menos 20 disparos. Um dos criminosos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.

A ação durou apenas 30 segundos.

Alguém viu o crime?
Sim, havia mais clientes na hora. Uma delas relatou:

“Não teve conversa, não teve voz de assalto. Simplesmente chegaram e atiraram. E foi muito, muito rápido. Em questão de 30 segundos já tinha acontecido tudo. Então, a gente percebeu que não foi um assalto exatamente. Foi simplesmente uma execução.”
Quem está investigando?
A Delegacia de Homicídios da Capital.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações.

A Polícia Civil de São Paulo também ofereceu auxílio.

 

Justiça nega prisão preventiva para motorista que atingiu moto do personal de Gracyanne Barbosa; ele terá que cumprir medidas cautelares

O acidente foi no dia 26 de julho, por volta das 19h30. Segundo as investigações, Marcus Vinicius Cardoso Fazenda dirigia embriagado na contramão e acima da velocidade permitida quando acertou moto de Hitallo Muller Azevedo. Ele foi indiciado por homicídio doloso.

A Justiça negou o pedido de prisão preventiva para Marcus Vinicius Cardoso Fazenda, que foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo MP pelo homicídio doloso do personal trainer Hitallo Muller Azevedo. Hitallo atendia, entre outros clientes, a modelo e dançarina Gracyanne Barbosa.

Ele terá que cumprir medidas cautelares durante o andamento do processo, como a suspensão do direito de dirigir e de consumir bebidas alcoólicas em público.

Marcus atingiu a moto de Hitallo no dia 26 de julho, por volta das 19h30, na Barra da Tijuca. Marcus conduzia um Honda Civic LX, segundo a polícia, foi responsável pelo acidente na Avenida Lúcio Costa, altura da Praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio.

Segundo as investigações, Marcus dirigia embriagado na contramão e acima da alta velocidade permitida. A moto de Hitallo foi arrastada por quase 20 metros, e o carro de Marcus bateu em outros três, que estavam estacionados.

A decisão judicial da 2ª Vara Criminal reconhece que “o histórico de infrações de trânsito aponta para conduta perigosa que adota ao conduzir seu veículo, gerando grande perigo para o trânsito e para a sociedade de forma geral”.

“Note-se que, num curto período de 8 meses, o acusado foi multado pelo menos 7 vezes, conforme se verifica às fls. 61-62, sendo algumas das infrações classificadas como gravíssimas e havendo, ainda, hipótese de duas multas sofridas no mesmo dia, sendo que, no próprio dia do ato, foi multado mais cedo por avanço de sinal vermelho”, diz um trecho da decisão da juíza Elizabeth Machado Louro.

A juíza, entretanto, também observa que Marcus é réu primário e afirma que não qualquer indicação de que o réu tenha intimidado testemunhas ou buscado atrapalhar a investigação. Foram decretadas, então, medidas que visem coibir o cometimento de outras infrações.

A defesa de Marcus se pronunciou:

“A justiça analisando o caso concreto, entendeu por não estarem presentes os requisitos para a prisão preventiva de Marcus; foi uma fatalidade que será comprovada na instrução criminal. Marcus Vinícius como determinado pela justiça, e já avisado por está defesa, cumprirá rigorosamente as medidas cautelares determinadas pela Juíza titular da 2 Vara Criminal da Comarca da Capital e no prazo legal, apresentaremos resposta à acusação, para tão logo, seja marcada a audiência , onde todas as testemunhas serão ouvidas. Marcus não estava alcoolizado no dia do acidente e ainda se encontra hospitalizado em estado grave”, disseram os advogados, em nota.

Contramão e velocidade
A 16ª DP (Barra da Tijuca), que investigou o caso, obteve imagens que mostram que o carro de Marcus Vinicius estava na contramão no momento do acidente.

Os investigadores concluíram ainda que o veículo seguia a 83,4 km/h, em um trecho da via onde a velocidade máxima permitida é de 70 km/h.

Além disso, no dia do acidente, às 15h54, Marcus Vinicius foi multado por avanço de sinal vermelho na Estrada Coronel Pedro Correia, em Jacarepaguá, e se envolveu em outro acidente, sem vítimas, por volta das 18h30.

Após o acidente que matou o personal, uma testemunha disse que “sentiu cheiro forte de bebida alcoólica dentro do carro” de Marcus, embora não pudesse afirmar que ele estivesse alcoolizado.

Apesar de não ter feito teste do bafômetro, o inquérito afirma que Marcus Vinicius ingeriu bebida alcoólica, de acordo com a testemunha e médicos.

Maridalva Santos, mãe do Hitallo, pede que o caso “não fique impune”. “Para que isso não aconteça com outra pessoa, para que outra família não venha sofrer igual a gente está sofrendo. A gente só quer justiça”, declarou.

 

Entregador registra ocorrência contra Rica Perrone por agressão: ‘Me discriminou por eu ser motoboy’

O caso aconteceu no dia 9 de julho, quando o jornalista teria jogado o próprio pedido em cima do entregador Márcio Machado. Segundo a denúncia, Rica ainda teria ofendido e xingado o trabalhador depois de não concordar com o atendimento.

O entregador de aplicativo Márcio Machado registrou, na última sexta-feira (15), um boletim de ocorrência contra o jornalista Rica Perrone, por conta de uma agressão durante um atendimento. Os agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) vão investigar o caso.

Em uma entrevista para o podcast ‘O Poder nos Bastidores’, Rica confirmou as ofensas e a agressão contra o entregador. Na ocasião, o jornalista justificou suas atitudes por não concordar com o atendimento realizado por Márcio.

Segundo Rica, a discussão teve início quando o entregador disse que não subiria até o apartamento para levar o lanche. Rica explicou que não poderia descer porque estava trabalhando e ouviu do porteiro que o entregador iria encontrá-lo.

Ao chegar ao apartamento, Márcio teria explicado que, segundo a política do próprio aplicativo, é o cliente quem deve ir até o motoboy retirar a sua entrega. Rica, então, passou a xingá-lo e a agredi-lo.

“Ele tacou o pedido em mim na porta do apartamento dele”, afirmou Márcio.

A versão de Rica
Ao podcast, Rica disse que Márcio foi ríspido: “Desce pra pegar a p*rra do teu lanche” — o entregador negou que tenha falado assim com o jornalista.

Revoltado com a resposta, Rica contou no podcast que ofendeu o entregador e o agrediu, jogando o pedido que havia feito em cima dele.

“Vai embora daqui, seu c*zão do c*ralho. Vai embora, que eu vou abrir reclamação contra você. Quem você acha que é para vir na porta da minha casa e falar assim comigo?”, disse o jornalista.
Durante a gravação, Rica afirmou que dos últimos 50 pedidos que havia feito, aquele tinha sido o primeiro entregador que se recusou a subir até seu apartamento.

Na opinião do jornalista, alguns entregadores “são abusados” e tratam mal as pessoas porque atualmente “não tem mais tapa na cara”.

“Sabe por que um cara não falava uma m*rda dessas há 20 anos? Porque ele ia tomar um tapa, ia tomar um soco na cara. Tô mentindo?”, disse Rica.
Na sequência, ele supõe que, atualmente, o trabalhador que tomasse um tapa na cara por um suposto mal atendimento iria se vitimizar com a situação e tentaria ganhar fama nas redes sociais.

“[Se fosse hoje] aí ele sai de lá e vai pensar: ‘Eu sou gay? Não. Eu sou preto? Não. Eu sou pobre. ‘Gente, sofri preconceito de um blogueiro, que eu fui na casa dele e ele me bateu'”, simulou o jornalista.

Rica então completa: “É obvio que todo mundo vai me massacrar e dar razão para o cara”.

A versão de Márcio

Em entrevista ao g1, Márcio comentou sobre o dia do atendimento ao jornalista, na Barra da Tijuca, no dia 9 de julho.

“Eu reportei ao IFood. falei que sofri agressão física, por ele ter tacado o pedido na minha cara; injúria, porque ele me xingou de tudo que é nome; ameaçou, porque ele disse que ia me f*der no aplicativo, e discriminação. Ele me discriminou por eu ser motoboy. Ele disse: ‘Você é um m*rda”, comentou Márcio.

O entregador disse que saiu de lá triste com a situação e sem vontade de continuar trabalhando. Na época, ele achou melhor não procurar a delegacia, segundo ele, por achar que não daria em nada. Contudo, as entrevistas recentes de Rica o fizeram mudar de ideia.

“Achei que não ia dar em nada, ia ser a minha palavra contra a dele. (…) Foi ele que se entregou no podcast. Ele que falou que me agrediu. Ele que se entregou”, disse.
“Ele fala com todo orgulho que me agrediu, que tacou o pedido na minha cara, me chamou de c*zão. Ele diz que fez isso porque eu teria falado pra ele: ‘pega a p*rra do teu pedido ai’. Mas é mentira. Eu não fiz isso. Imagina tratar alguém assim, eu já teria sido banido do aplicativo”, justificou.

Sobre a entrevista, Márcio disse que ficou incomodado com a maneira como Rica conta a história. Para ele, o jornalista o tratou mal por se achar superior ao motoboy.

“Me incomodou muito o desdém dele, a maneira como ele fala, como se tivesse coberto de razão. Tipo assim, ‘to falando com um motoboy ferrado, eu sou o Rica Perrone, jornalista esportivo, conhecido, e esse cara é só um motoboy’. O que me veio à minha cabeça na hora foi a maneira que ele me olhou, na porta do apartamento dele, com uma cara de superioridade, de nojo, como se eu fosse um entregador e ele o poderoso Rica Perrone”, comentou.

“Quando acontece isso, o dia já não é o mesmo. Já não dá pra trabalhar. Me senti mal, desvalorizado”, completou o entregador.
Ação na Justiça
Responsável pela defesa de Márcio, o advogado Brian Hansen disse ao g1 que vai buscar uma reparação na Justiça.

“Importante salientar que a conduta lamentável do senhor Ricardo constitui crime tipificado pelo Código Penal Brasileiro e é justamente dentro deste liame que atuaremos. As agressões do sr. Ricardo deveriam ser motivo de vergonha, não de orgulho, como ele demonstrou no podcast ‘O poder nos bastidores'”, comentou Hansen.

Em um comunicado divulgado na internet, o advogado cita ainda a pontuação de Marcio no aplicativo de entrega e afirma que ele apenas recebe boas avaliações.

“Marcio Machado já realizou mais de 300 entregas avaliadas na plataforma e atingiu o score de 99,7%, ou seja, sua única avaliação negativa foi a realizada pelo sr. Ricardo Perrone Vasconcelos Ribeiro”, escreveu.

O que diz o iFood
O iFood informou que “a obrigação do entregador é entregar no primeiro ponto de contato que existe na residência da pessoa, seja na porta de uma casa ou portaria de um condomínio”.

Caso o cliente se recuse a descer, a recomendação “é que o profissional avise sobre o ocorrido no aplicativo e volte com o pedido para o destino inicial (no caso, os estabelecimentos) ou descarte o item”.

Os clientes, por sua vez, podem solicitar o reembolso do pedido, que é avaliado caso a caso.

Procurado pela reportagem, até a última atualização desta reportagem, Rica Perrone não respondeu.

Atropelamento de Kayky Brito: Bruno de Luca é esperado para prestar depoimento nesta quarta

Depoimento está marcado para as 15h na 16ª DP (Barra da Tijuca. ‘Ele é testemunha do fato, ele viu o que aconteceu e vai ser chamado para prestar esclarecimentos’, afirmou o delegado Ângelo Lages.

O ator Bruno de Luca, testemunha do atropelamento do amigo Kayky Brito, tem depoimento marcado para esta quarta-feira (6), na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Os dois estavam juntos em um quiosque na madrugada de sábado (2), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, quando Kayky foi atropelado na Avenida Lúcio Costa.

O boletim divulgado na terça-feira (5) indica que Kayky “permaneceria sedado, em ventilação mecânica, nas próximas 48 horas, ainda em recuperação dos procedimentos cirúrgicos realizados” na segunda-feira. O estado de saúde dele é grave.

Imagens mostram o momento em que Bruno bota as mãos na cabeça, desesperado, após ver Kayky ser atingido. Após o acidente, Bruno de Luca postou “pediu uma corrente de oração” para o amigo.

O motorista, após o acidente, prestou socorro e chamou a ambulância. O exame feito no Instituto Médico-Legal não apontou traços de álcool no sangue do condutor.

Em imagens de uma câmera da região, é possível ver que Kayky atravessa a Avenida Lúcio Costa fora da faixa de pedestre (veja abaixo no vídeo). Em um momento anterior, ele quase foi atropelado por outro carro, que conseguiu frear.

 

Homem que se passava por cliente para roubar pessoas que faziam vendas on-line é preso, diz polícia

Carlos Adriano Pequeno Milanez da Silva havia sido preso em março. Dessa vez, ele foi preso em uma pousada na Barra da Tijuca, onde estava hospedado.

A Polícia Civil prendeu, pela segunda vez, um homem suspeito de integrar uma quadrilha de roubo a clientes de sites de compra nesta quinta-feira (31). Carlos Adriano Pequeno Milanez da Silva, de 20 anos, tinha sido preso em março pela mesma suspeita.

Ele estava hospedado em uma pousada no Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A operação contou com o apoio da Polícia Militar.

De acordo com os investigadores, uma câmera de segurança mostra ele em um assalto no dia 5 de junho. No vídeo, o carro do anunciante atraído para a emboscada aparece estacionando.

Dois homens chegam em uma moto e anunciam o assalto. A polícia afirma que um deles é Carlos Fabiano.

A vítima teve todos os pertences levados. Já um segundo flagrante mostra um comprador aguardando dentro de um carro quando um criminoso chega e anuncia o assalto.

O crime foi no dia 4 de agosto.

Segundo o delegado titular Ângelo Lages, o suspeito confessou os crimes e explicou que eles entravam em contato com as vítimas por um aplicativo de mensagens. Um encontro era marcado para realizar a compra e assim as vítimas eram assaltadas.

“É uma quadrilha ardilosa, sabemos que uma mulher integra esse grupo criminoso. Eles usam a foto de uma mulher grávida para marcar os encontros sem levantar muitas suspeitas”, explica o delegado.

MPRJ denuncia por homicídio doloso motorista que atingiu moto do personal de Gracyanne Barbosa

Promotores pediram também a prisão preventiva de Marcus Vinicius Cardoso Fazenda. Investigação da polícia apontou que motorista dirigia embriagado na contramão e acima da velocidade permitida quando acertou moto de Hitallo Muller Azevedo.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou, nesta terça-feira (29), por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) Marcus Vinicius Cardoso Fazenda, que atropelou o personal trainer Hitallo Muller Azevedo, na noite do dia 26 de julho, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Hitallo atendia, entre outros clientes, a modelo e dançarina Gracyanne Barbosa.

Na denúncia, os promotores pedem ainda a prisão preventiva de Marcus Vinicius. O motorista já tinha sido indiciado pela polícia pelo mesmo crime.

O acidente foi no dia 26 de julho, por volta das 19h30, na Barra da Tijuca. Marcus conduzia um Honda Civic LX e atingiu a moto conduzida por Hitallo na Avenida Lúcio Costa, altura da Praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio.

Segundo as investigações, Marcus dirigia embriagado na contramão e acima da alta velocidade permitida. A moto de Hitallo foi arrastada por quase 20 metros, e o carro de Marcus bateu em outros três, que estavam estacionados.

“Meu filho estava vindo do trabalho para casa, e interromperam a vida dele. E a gente queria uma resposta”, disse João Batista Santos, pai do Hitallo.

Marcus Vinicius foi internado no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido. A TV Globo apurou que ele teve alta nesta quinta-feira (31).

Contramão e velocidade
A 16ª DP (Barra da Tijuca), que investigou o caso, obteve imagens que mostram que o carro de Marcus Vinicius estava na contramão no momento do acidente.

Os investigadores concluíram ainda que o veículo seguia a 83,4 km/h, em um trecho da via onde a velocidade máxima permitida é de 70 km/h.

Além disso, no dia do acidente, às 15h54, Marcus Vinicius foi multado por avanço de sinal vermelho na Estrada Coronel Pedro Correia, em Jacarepaguá, e se envolveu em outro acidente, sem vítimas, por volta das 18h30.

Após o acidente que matou o personal, uma testemunha disse que “sentiu cheiro forte de bebida alcoólica dentro do carro” de Marcus, embora não pudesse afirmar que ele estivesse alcoolizado.

Apesar de não ter feito teste do bafômetro, o inquérito afirma que Marcus Vinicius ingeriu bebida alcoólica, de acordo com a testemunha e médicos.

Maridalva Santos, mãe do Hitallo, pede que o caso “não fique impune”. “Para que isso não aconteça com outra pessoa, para que outra família não venha sofrer igual a gente está sofrendo. A gente só quer justiça”, declarou.