Preso por assassinato e bebida falsa é servidor de Agaciel Maia

Rivieliton Gomes de Araújo, 39 anos, foi detido durante a Operação Casablanca. Distrital disse que vai exonerar o funcionário

MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Preso na sexta-feira (2/3) pela Operação Casablanca, o empresário Rivieliton Gomes de Araújo, 39 anos, é funcionário comissionado do deputado distrital Agaciel Maia (PR). A ação foi desencadeada para apurar a morte de Ulisses Augusto Pinto Coelho, conhecido como Pisca, 46 anos, em novembro do ano passado, no Incra 7, em Brazlândia. Foram presas quatro pessoas, entre elas o agente de custódia aposentado e irmão de Rivieliton, Rivanildo Gomes de Araújo, 54 anos.

Lotado no gabinete do líder do governo Agaciel Maia, Rivieliton recebeu, no mês de janeiro, salário de R$ 4.053,05. O deputado confirmou que a “a demissão é automática” e que a mesma será assinada pela Presidência da Casa.

PF prende funcionário do Senado e mais 12 na Operação Bruxelas

BRASÍLIA – A Operação Bruxelas, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, resultou na prisão de 13 pessoas. A PF ainda não confirmou os nomes, apenas que há empresários, um advogado e um funcionário público. Mas o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, afirmou que o servidor é Givon Siqueira Machado Filho, técnico legislativo que ocupa cargo de confiança no gabinete do senador Cícero Lucena (PMDB-PB).

O funcionário, que já ocupou a mesma função nos gabinetes do senador Sibá Machado (PT-AC) e do então senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), que está de licença não remunerada desde 7 de março deste ano.

Os detidos são suspeitos de participar de uma organização que falsificava e negociava títulos de crédito internacionais e documentos de autenticação. Podem responder pelos crimes de falsificação de títulos de crédito, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A quadrilha teria negociado garantias bancárias, notas promissórias, contratos de joint venture e letras de crédito em mais de 20 países, como Estados Unidos, África do Sul, Equador, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra, Eslovênia, Rússia, Peru, México, Holanda, Romênia, Espanha, Ucrânia, Coréia do Sul, Hong Kong, China, Canadá, Emirados Árabes, Áustria, Suíça e Argentina.

As investigações tiveram início em junho de 2006, quando foi descoberta uma organização que vinha falsificando e negociando em pelo menos 20 países títulos de crédito em nome de instituições financeiras brasileiras com valores que chegavam a US$ 1 bilhão.