Saiba quem é o sargento do DF suspeito de matar PM de Goiás

Jefferson da Silva foi preso em flagrante após crime. Caso ocorreu em Novo Gama (GO), após briga entre militares.

Uma briga em um bar no Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, terminou com um policial militar morto, neste sábado (2). O suspeito é outro militar, o sargento do Distrito Federal Jefferson da Silva.

A vítima, Diego Santos Purcina, de 30 anos, era policial militar de Goiás. Ele morreu após ser atingido pelo tiro e levado ao hospital (veja detalhes abaixo).

Jefferson é 1° sargento da reserva remunerada da PMDF. Ele foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado por motivo fútil.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, ele foi encaminhado para o Presídio Militar do estado. Em nota, a PMDF, disse que “vai apurar o fato dentro de suas atribuições”.

Segundo os investigadores de Goiás, Jefferson alegou legítima defesa em depoimento. Diego morava em Valparaíso (GO) e era soldado da corporação.

O crime

O crime aconteceu na noite deste sábado, em um bar do Novo Gama. O suspeito foi preso em flagrante após o crime.

As câmeras de segurança do bar registraram o momento da confusão. O vídeo mostra que diversas pessoas em pé quando os empurrões começaram. Durante uma troca de socos, a vítima foi baleada e caiu para trás.

A polícia ainda não soube informar o motivo da briga. Segundo a Polícia Civil de goiás, quando os policiais chegaram no local prestaram socorro à vítima e encontraram o suspeito, que foi identificado por pessoas que estavam no bar.

Ao ser abordado, o suspeito não obedeceu os policiais e disse que também era militar. Após ser contido, ele entregou a arma que tinha escondido no carro e foi preso.

 

Polícia Civil identifica e tenta prender suspeitos de participar da execução de advogado no Centro

Um PM, lotado no Batalhão de Duque de Caxias, é um dos alvos. Investigadores descobriram ainda que dois carros foram utilizados no crime.

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta segunda-feira (4) uma operação para prender 2 suspeitos de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo. Crespo foi executado com vários tiros na tarde do último dia 26, na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio de Janeiro — próximo às sedes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Os alvos da Delegacia de Homicídios da Capital são o policial militar Leandro Machado da Silva, de 39 anos, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e Eduardo Sobreira Moraes, de 47. A Justiça expediu mandado de prisão temporária (30 dias) contra a dupla, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles. Ambos já são considerados foragidos.

A Polícia Civil ainda busca informações sobre o executor, o mandante e o motivo.

Carros iguais
De acordo com as investigações, pelo menos 2 veículos participaram da emboscada a Crespo. Os carros tinham as mesmas características: eram Gols brancos. No último sábado (2), um dos veículos utilizados no homicídio foi apreendido em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.

Segundo a polícia, Eduardo foi o responsável por vigiar e monitorar a vítima com um dos veículos. Na manhã do dia 26, Eduardo seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro da cidade.

Já o PM Leandro teria, também de acordo com a polícia, cuidado diretamente dos veículos usados na ação, tendo inclusive alugado um deles.

Motorista flagrado por câmeras
No dia do crime, Rodrigo saiu de casa, na Fonte da Saudade, na Lagoa, Zona Sul do Rio, pela manhã. Ele foi para o Centro da cidade em um carro de aplicativo e chegou ao escritório às 11h11 sem saber que estava sendo seguido de perto por um dos suspeitos pelo crime.

O Gol conduzido por Eduardo o acompanhou durante todo o trajeto e permaneceu estacionado na Avenida Marechal Câmara até as 14h27, quando cedeu a vaga a outro veículo da mesma marca e cor, placa RTP-2H78. Nele estava o assassino.

Através da rota de fuga do primeiro veículo, os investigadores começaram a descobrir detalhes sobre o assassinato.

Após a rendição, Eduardo seguiu no carro pela Avenida Franklin Roosevelt, pegou a Avenida Antônio Carlos e foi em direção ao Aterro do Flamengo. Na região, passou devagar por um posto de gasolina. E a polícia identificou a placa do veículo: RKS-6H29.

Com a informação, os investigadores passaram então a detalhar as rotas feitas pelo carro e a analisar câmeras próximas à residência de Rodrigo.

O veículo, que pertence a uma locadora de automóveis, na Taquara, foi devolvido no último dia 29, três dias após o crime. Quando os policiais o encontraram, ele já havia sido alugado por outra pessoa na sexta-feira (1).

O que dizem os citados
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da Corporação apoia a operação da Polícia Civil:

“Dentre os alvos, um policial militar lotado no 15º BPM (Duque de Caxias). O envolvido já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021.
A Corregedoria já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar em relação ao policial, que pode culminar com sua exclusão das fileiras da corporação. O comando da SEPM reitera seu impreterível compromisso com a transparência e condena qualquer cometimento de crime realizado por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.
A Corregedoria da corporação segue colaborando integralmente com as investigações da Polícia Civil”.
A reportagem procura pelas defesas Leandro Machado da Silva e de Eduardo Sobreira Moraes.

 

Há um ano, vereadora Yanny Brena foi assassinada pelo companheiro no Ceará

Conforme a polícia, o companheiro de Yanny a matou e tirou a própria vida em seguida.

Amigos e familiares da médica e vereador Yanny Brena relembram neste domingo (3) um ano da morte da parlamentar, então presidente da Câmara de Juazeiro do Norte. Ela foi achada morta em casa ao lado do namorado, Rickson Pinto. Conforme investigação policial, Rickson a matou e tirou a própria vida em seguida.

Yanny Brena tinha 26, e foi a mais jovem presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, eleita em novembro de 2022. Ela era a segunda mulher a chefiar o Poder Legislativo da maior cidade do interior do Ceará.

Em 2020, Yanny foi eleita vereadora com 3.956 votos, sendo a segunda mais votada do município naquele ano. Durante a campanha, ela teve o irmão, o deputado federal Yury do Paredão, como um dos principais articuladores.

As marcas, conforme o documento, apontam para indícios de luta corporal. Um cabo do aparelho de TV foi utilizado no crime.

A principal linha de investigação é de um feminicídio seguido de suicídio, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Separação e marcas de violência

A vereadora já havia expressado que não queria continuar pagando as despesas de Rickson Pinto, namorado também encontrado morto.

Desde 26 de fevereiro, uma semana antes do crime, a vereadora tentava encerrar o relacionamento, porém Rickson não aceitava.

O casal morava na casa da vereadora, no Bairro Lagoa Seca, onde os corpos foram encontrados. De acordo com Carlos Gilvan, tio da vereadora, os pais dela eram contra o namoro.

 

MPRJ mira comércio ilegal de armas de milícia de Ronnie e Suel; 4 são presos

A ação desta sexta é um desdobramento da Operação Jammer, de agosto do ano passado, que mirava a imposição de internet clandestina pela milícia.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu nesta sexta-feira (1º), 4 homens na Operação Rede, contra o comércio ilegal de armas e munição da quadrilha do ex-PM Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel.

Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir, no total, 5 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Regional de Madureira.

A ação desta sexta é um desdobramento da Operação Jammer, de agosto do ano passado, que mirava a imposição do sinal de internet e TV clandestinas pela milícia de Ronnie e Suel na região de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Na ocasião, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) buscavam o PM Sandro Franco, que fugiu ao ver as equipes e só foi capturado no fim do mês.

Ronnie e Suel estão presos pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. No mês passado, Ronnie também foi condenado por tráfico internacional de armas.

De gatonet a armas de uso restrito
Um dos alvos desta sexta é Welington de Oliveira Rodrigues, o Manguaça, um dos gerentes da gatonet de Suel e Lessa. Manguaça já estava encarcerado, e o mandado de prisão contra ele foi cumprido na Cadeia Pública Isap Tiago Teles de Castro Domingues, em São Gonçalo.

Os outros presos são Paulo Sérgio Ladi Pereira, Roberto Pinheiro Mota e Uellington Aleixo Vitória Coutinho. Erick Bruno Alves da Silva é considerado foragido. Agentes ainda apreenderam R$ 7 mil e celulares.

A operação desta sexta-feira teve por base provas obtidas em apreensões realizadas na Operação Jammer, que revelaram novos contornos e outros integrantes da organização criminosa.

O MPRJ descobriu que a milícia de Ronnie e Suel não só vendiam gatonet, como também comercializava diversas armas de fogo de uso restrito.

O Gaeco, a partir dessas investigações, denunciou os 5 por comércio ilegal de armamentos.

Sumiço de ator: polícia encontra corpo e prende 2 suspeitos de latrocínio na Baixada Fluminense

Investigação aponta que Edson Caldas Barboza foi atraído para encontro sexual e depois foi roubado e executado. A polícia disse que um dos suspeitos confirmou participação no crime e em outros três latrocínios. O corpo foi achado em Seropédica e tem características semelhantes às do ator.

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam, nesta quinta-feira (29), dois homens pelo latrocínio — roubo seguido de morte — do ator Edson Caldas Barboza, que desapareceu no início do mês. Segundo a polícia, um dos suspeitos confessou o crime.

A polícia encontrou um corpo em Seropédica, na Baixada Fluminense, com características semelhantes às do ator. A família foi chamada para fazer um exame de DNA.

De acordo com as investigações, Jairo Inácio Correia e Renan Calixto de Lima atraíram Edson para um encontro sexual em Engenheiro Pedreira, também na Baixada.

Ao chegar no local, Edson foi roubado e obrigado a realizar transferências bancárias para a conta de um dos criminosos.

Depois disso, foi amarrado e colocado na mala de seu próprio carro e levado para um matagal próximo ao Rio Guandu, em Seropédica, onde, segundo a polícia, foi executado.

Os autores do crime fugiram, levando seu veículo, que posteriormente foi encontrado com marcas de tiro e sangue em Queimados, município vizinho.

Preso confessou, diz polícia
Segundo a polícia, um dos presos confessou envolvimento no latrocínio de Edson e em pelo menos três outros crimes idênticos. Segundo as investigações, os criminosos utilizavam um site de troca de casais para atrair as vítimas.

Depois, essas vítimas eram rendidas e obrigadas a realizar transferências bancárias. Por último, eram amordaçadas, espancadas e mortas.

A arma utilizada no homicídio foi apreendida. A Polícia Civil busca agora um terceiro suspeito já identificado. Os agentes também buscam informações sobre a identidade de mulheres envolvidas no esquema.

 

MPRJ e Corregedoria prendem 2 policiais por arrombar casa de entregador para furtar; até aliança de ouro foi levada

Episódio foi em janeiro, na Serrinha. Um 3º policial que participou da ação não foi identificado.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Civil prenderam nesta quinta-feira (29) 2 policiais da 32ª DP (Taquara) na Operação Incursio. Segundo a denúncia, Mark Rodrigues Stael e Mauro Tadeu Pereira Ribeiro arrombaram a casa de um entregador e furtaram R$ 9 mil e até uma aliança de ouro.

A 42ª Vara Criminal também determinou a suspensão do exercício de função pública e a suspensão do porte de arma dos agentes.

Segundo a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), no dia 11 de janeiro deste ano Mark, Mauro e um 3º policial ainda não identificado foram até uma farmácia em Vaz Lobo, em um dos acessos da Serrinha, e perguntaram ao gerente pelo entregador.

Em depoimento à Corregedoria, o gerente da loja disse que um deles afirmou que o funcionário vendia abortivos, razão pela qual estava sendo procurado. Sem encontrá-lo, o trio foi embora.

Mas, de acordo com a Corregedoria e o Gaeco, Mark, Mauro e o outro policial foram até a casa do entregador, na Serrinha, a despeito de a região ser dominada pelo tráfico, e arrombaram a porta.

O homem declarou à Corregedoria que o trio levou R$ 9 mil em espécie, uma aliança de ouro, a carteira de habilitação e uma pistola legalizada.

Os 2 policiais presos vão responder por associação criminosa armada, abuso de autoridade e furto por concurso de pessoas e peculato.

 

Polícia investiga suspeita de feminicídio em Maricá; marido da vítima também é encontrado morto

Paula Silvana Bernardo da Silva e Rodrigo Oliveira foram encontrados mortos dentro de casa nesta terça-feira (27).

A Polícia Civil investiga um suposto caso de feminicídio contra Paula Silvana Bernardo da Silva, que teria sido morta pelo marido, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.

O suspeito, Rodrigo Oliveira, também foi encontrado morto com marca de tiro dentro de casa.

A apuração preliminar da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo aponta que ele teria atirado contra a esposa e se matado em seguida.

De acordo com a Polícia Militar, o irmão de Paula informou que o último contato com a irmã foi na noite de domingo (25).

Ainda segundo a polícia, o rapaz, estranhando a situação, foi até a casa onde a irmã morava com o marido, no Jardim Atlântico Central, na manhã de terça-feira (27). Com a ajuda do primo, que é chaveiro, conseguiu abrir a casa e encontrou o casal morto.

A perícia foi acionada e as investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) para esclarecimento do caso.

No domingo (25), em Saquarema, cidade vizinha a Maricá, a Polícia Civil também registrou um caso de feminicídio. Ana Luana foi morta a facadas pelo ex-companheiro, Dionatans Tatagiba, que pulou da janela do terceiro andar da casa onde moravam, após cometer o crime. Dionatans morreu no local.

 

mulher denuncia agressões de ex-companheiro em Samambaia, no DF

Segundo vítima, agressor é Gabriel da Silva Teixeira, que está foragido. Suspeito já foi preso outras duas vezes por violência contra mulher.

Um homem de 29 anos foi denunciado por agredir a ex-companheira em Samambaia, no Distrito Federal. As agressões foram gravadas pela câmera de segurança instalada no apartamento da vítima, de 39 anos (veja vídeo acima). O caso aconteceu em 7 de janeiro, mas só teve as imagens divulgadas nesta quarta-feira (28).

Segundo a vítima, que não quis se identificar, o agressor é Gabriel da Silva Teixeira. Ele está foragido desde o dia das agressões. Suspeito já foi preso outras duas vezes por violência contra mulher (veja detalhes abaixo).

O casal, que estava junto há quase 2 anos, tinha acabado de chegar em casa de um aniversário quando começaram as agressões, apontam os relatos.

“Ele fez uso de muita bebida alcóolica e, quando chegou em casa, começou a sessão de pancadaria. Eu me lembro de ter passado uma noite de terror, muito medo. A todo momento eu só queria sair daquele apartamento”, diz a mulher.
Ela conta que, mesmo após desmaiar, o homem continuou a agredindo e puxando o cabelo dela. O caso foi registrado na Delegacia da Mulher à época do crime. No entanto, nesta semana, a mulher procurou novamente a polícia, segundo o delegado Fernando Fernandes, da 26ª Delegacia de Polícia.

Relacionamento

A vítima conta que Gabriel sempre foi muito agressivo, especialmente depois de beber. Em todas as vezes, as agressões começaram sem nenhum motivo, segundo os relatos dela.

Ela afirma ainda que, durante o relacionamento, eles compraram um chácara juntos. No entanto, após a separação, a vítima afirma que a mãe de Gabriel pegou a chave do imóvel, retirou alguns bens e trancou o local com correntes para dificultar a entrada dela.

De acordo com o delegado Fernando Fernandes, essa é uma forma de descumprimento da medida protetiva já que ela também se estende à família do agressor. A mãe de Gabriel deve ser intimada a prestar depoimento ainda nesta semana.

Segundo o delegado, em 2023, o suspeito foi preso duas vezes por violência doméstica contra a mesma vítima.

“Além das agressões e Maria da Penha, ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo, já que na casa dele tinham duas espingardas e uma pistola. Na segunda ocasião, no mês de maio, a vítima teve que invadir o batalhão, uma vez que o autor, dentro do veículo, começou a discutir com ela e começou a dar cotoveladas e socos”, afirma o delegado Fernando Fernandes.

Grupo é preso em SP após se passar por juiz e falsificar sentenças da Justiça do Rio de Janeiro

Em um dos golpes, eles chegaram a desviar R$ 14 milhões da conta de um cliente falecido. Mesmo preso, um dos suspeitos chegou a dizer em depoimento que era filho de um juiz federal do Paraná.

A polícia de São Paulo prendeu três homens que falsificavam decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Eles chegaram a aplicar golpes em pessoas, bancos e no próprio TJ.

Um dos criminosos criou uma senha digital no sistema do TJ-RJ para se passar por juiz. Em um dos golpes, eles chegaram a desviar R$ 14 milhões da conta de um cliente falecido.

Marcos Oliveira Lemos, Vitor Gustavo Ribeiro de Liveira e Luiz Henrique dos Santos Moreira foram presos em Jacareí, na região Metropolitana de São Paulo e levados para à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) na manhã desta quarta (28).

Durante a prisão, Marcos se identificou por outro nome e disse ser filho de um juiz federal do Paraná. Os agentes ligaram para o juiz que negou qualquer relação com o suspeito.

Transferência de R$ 1 milhão
Em uma das sentenças falsificadas pelos presos, eles solicitaram que o diretor jurídico do banco Itaú fizesse uma transferência de R$ 1,3 milhão.

A sentença, que foi assinada por Luiz Henrique como juiz de direito substituto, determinava ainda que multas diárias de R$ 10 mil que deveriam ser aplicadas à instituição em caso de descumprimento.

“O Luis, usando o nome que ele diz ser dele, a gente não sabe como ele conseguiu uma senha de um juiz do Rio de Janeiro. Essa senha parece que tem validade e ele consegue oficiar para as instituições bancárias e pedir para liberar algum dinheiro que está em pendência, em processo, em litígio”, afirma Fábio Pinheiro Lopes, delegado do Deic que investiga o caso.
Os três suspeitos foram autuados em flagrante e vão responder por uso de documento falso, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva por tempo indeterminado.

“A gente verificou que parte desses R$ 14 milhões foram para as contas deles. Só que o banco, quando percebeu a segunda tentativa que tentaram fazer mais um desvio, o banco desconfiou e conseguiu bloquear. Dos R$ 14 milhões, conseguiu bloquear R$ 11 milhões e usaram R$ 3 milhões eles gastaram”, completa Fábio Pinheiro Lopes

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro disse em nota que registrou uma tentativa de fraude no sistema, mas que não chegou a se concretizar.

O Itaú confirmou que recebeu decisões judiciais para transferir valores de pessoas falecidas, mas identificou que eram falsas.

 

Polícia diz que suspeitos de morte de PM e filha em farmácia roubavam comércio a cada duas semanas em SP

Um dos homens se entregou na terça-feira (27), outros dois são procurados. Policial trocou tiros com criminosos que tentavam assaltar farmácia na Zona Norte da capital paulista.

O trio apontado pela Polícia Civil como responsável pela morte de um policial militar e da filha dele em frente a uma farmácia em São Paulo roubou o mesmo comércio outras vezes, segundo a investigação. Um dos suspeitos, identificado como Douglas Henrique de Jesus, se entregou à polícia na terça-feira (27).

Funcionários do estabelecimento e testemunhas contaram à polícia que o mesmo grupo já tinha agido no local, mas com a ajuda de uma mulher, que alternava a participação nos crimes.

“Naquela farmácia eles roubavam a cada duas semanas. Eram clientes do mal naquele local”, disse o delegado Severino Vasconcelos, divisionário do Departamento de Homicídios.

O único suspeito preso até a manhã desta quarta-feira (28) estava consumindo drogas e álcool desde o dia do crime, e a família interveio para que ele se entregasse à polícia. Ele foi detido na região da Vila Guilherme e levado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Douglas Henrique de Jesus estava com prisão temporária decretada. Os outros dois suspeitos são procurados pela morte do PM e da jovem. O crime ocorreu na madrugada do sábado (24), na Zona Norte da capital paulista. Ainda não se sabe se Douglas foi o atirador. Por estar embriagado, a polícia ainda vai ouvi-lo.

“Ficou caracterizado o crime de latrocínio [quando há o roubo seguido de morte] porque a intenção deles [criminosos] era fazer o roubo à farmácia. Existe ali a reação do policial. Ele avaliou que naquela situação haveria condição de fazer a defesa dele próprio e da filha”, disse o delegado.

‘Nós estamos numa batalha’

Flávia Perroni Valentim, mulher do policial militar Anderson de Oliveira Valentim e mãe de Alycia Perroni Valentim, disse nesta terça-feira (27) no programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, que a família espera ver os criminosos presos o mais rápido possível.

“Nós estamos numa batalha. Ainda não vencemos. Dependemos ainda da prisão dos três bandidos que fizeram isso com a minha família. E nós estamos em luto, com o sentimento e o vazio que fica a partir de agora”, afirmou.

A viúva do PM, que tem 42 anos, disse que os dias têm sido difíceis, mas que o marido a ensinou a ser forte.

“Meu marido e minha filha traziam espiritualidade, felicidade. Tenho que ter força de levar a verdade para as pessoas. O Anderson, como policial militar, me ensinou a ser forte, me preparou para esse momento, eu sabia o que eu tinha que falar, o que era importante para a polícia ouvir”, disse Flávia.

O crime
Flávia contou ao SP2 na segunda-feira (26) que a família parou na farmácia para comprar uma medicação para a filha, que havia passado a madrugada em um hospital com gastrite nervosa.

O atendente da farmácia abriu a porta e a trancou após a entrada dela. Na sequência, apareceram os três criminosos, que forçaram a porta e não conseguiram entrar.

Do lado de fora, Anderson e a filha estavam no carro. O policial notou a movimentação dos criminosos e trocou tiros com eles.

“Até pensei que eles iriam entrar na loja. O atendente da farmácia me puxou para a parte de trás do balcão para me proteger dos tiros”, disse Flávia.

“O Anderson entrou no meu campo de visão, já com a arma em punho, e começou os disparos. O menino me colocou debaixo do balcão. Os disparos pegaram as portas e até achei que eles iam entrar. Eu peguei minha bolsinha que estava em cima do balcão, puxei meu celular, liguei para o Copom [Centro de Operações da PM] e fiz o que o Anderson sempre me orientou, dei as características do que estava acontecendo, o local onde estava acontecendo, o endereço, o que eu consegui ver.”

A viúva afirmou que o marido agiu corretamente ao reagir. “O Anderson está sendo muito julgado. Ele era preparado para aquilo. O rapaz passa, dá tchauzinho, manda ele sair fora. Primeiro: ele não é covarde, ele nunca ia me deixar dentro da farmácia para os caras estourarem. O pessoal está dizendo que eles iam embora, mas eles não iam, porque tinha um carro esperando”, disse.

Quem são as vítimas

Anderson de Oliveira Valentim era cabo da 3ª Companhia do 7° Batalhão de Polícia Militar. A filha dele, Alycia Perroni Valentim era estudante de Direito.

Anderson tinha com a esposa um terreiro de Umbanda na Zona Norte da capital. O PM compartilhava a rotina no terreiro pela internet e era engajado em causas sociais.

A Polícia Militar lamentou a morte de Anderson em nota.

“A família policial militar lamenta, com profundo pesar, a perda de nosso companheiro, após tentativa de assalto. O policial fazia parte do efetivo da 3ª Cia do 7° BPM/M e sempre atuou com dedicação e amor à causa pública, não medindo esforços para preservar vidas fazendo cumprir o juramento de proteger a sociedade”, diz o texto.