Homem mata garota de programa em Fortaleza e chama polícia para assumir o crime

Kassandro de Góes, de 19 anos, foi autuado por feminicídio.

Um homem de 19 anos foi preso por suspeita de feminicídio contra uma garota de programa no Centro de Fortaleza, nesta segunda-feira (6). Após o ocorrido, o suspeito ligou para a polícia, confessou o crime e se entregou.

Segundo a Polícia Militar, os policiais foram chamados por volta de 13h45 para atender um roubo de veículo na Rua Coronel.

Ao chegar ao endereço, os policiais não encontraram o suposto dono do veículo, mas testemunhas informaram aos agentes que o homem que acionou a polícia estava ensanguentado.

Em buscas na região, os militares localizaram o homem sujo de sangue no cruzamento das ruas Conde D’eu com Sobral. Questionado sobre o suposto roubo da moto, o suspeito disse aos PMs que não havia ocorrido roubo, confessou ter matado uma garota de programa e pediu para se entregar à Justiça.

A polícia foi ao local do crime indicado pelo homem, uma kitnet na Rua Melvin Jones, e localizou o corpo da mulher. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Samu foram chamadas, mas a vítima já estava sem vida.

Kassandro de Góes foi apresentado na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi autuado por feminicídio. Ele já tinha antecedentes criminais por roubo, e quando adolescente, respondeu a atos infracionais análogos aos crimes de posse ilegal de arma de fogo, furto e dano.

Polícia prende homem suspeito de matar colega de pescaria que não voltou do mar após saírem juntos

Segundo testemunhas, Valdecir Barbosa, que foi preso, tinha um relacionamento com a esposa de Iremar Gomes, que desapareceu em maio, após sair para pescar com Valdecir.

Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) prenderam nesta segunda-feira (6) o pescador Valdecir do Desterro Barbosa, de 55 anos, suspeito de matar e esconder o corpo do também pescador Iremar Gomes de Souza, 55 anos.

Segundo as investigações, os dois saíram juntos para pescar no dia 17 de maio, numa região conhecida como Rio Margem do Itá, em Santa Cruz, na Baia de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Contudo, apenas Valdecir retornou do dia de pesca.

Na ocasião, o pescador disse que o colega se desequilibrou e caiu no mar. Segundo seu depoimento, Valdecir não conseguiu encontrá-lo devido às péssimas condições climáticas do dia.

Equipes do Corpo de Bombeiros realizaram buscas na região. Mesmo com o apoio de embarcações e mergulhadores, o corpo de Iremar nunca foi encontrado na Baía de Sepetiba.

Durante as investigações, os agentes coletaram vários depoimentos. Em um deles, perceberam uma contradição nas explicações de Valdecir sobre um ferimento na perna.

Além disso, outras testemunhas afirmaram que Valdecir teria um relacionamento com a esposa de Iremar.

A pedido da DDPA, a 4ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão preventiva contra Valdecir, que foi localizado e preso nesta segunda-feira. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso e ocultação de cadáver.

 

PM mata homem rendido com tiro no peito em abordagem em SP; agente alega disparo acidental, mas é preso

Soldado Dernival Santos Silva foi indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar, e depois acabou preso pela Polícia Militar. Ele matou Matias Menezes Caviquiole, ajudante de pedreiro. Homem era suspeito de impedir ação policial contra dupla em moto sem placa.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento que um policial militar mata um homem já rendido, com um tiro no peito, na manhã deste domingo (5), durante abordagem no Morro do Piolho, uma comunidade da região do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo.

As imagens e a informação foram publicadas inicialmente pelo jornalista André Caramante, em sua rede social. TV Globo e g1 confirmaram o caso e também tiveram acesso às filmagens, gravadas por testemunhas, nesta segunda-feira (6). As cenas mostram o desespero das pessoas que filmam a ação e dizem que o agente da Polícia Militar (PM) matou um homem que momentos antes estava com as mãos ao alto, em sinal de rendição.

O soldado Dernival Santos Silva, de 27 anos, alegou que o disparo foi acidental e que não queria atingir Matias Menezes Caviquiole, um ajudante de pedreiro de 24 anos. Ele tinha sido abordado na Rua Olímpio Rodrigues de Araújo, por que, segundo o PM, estava impedindo policiais de se aproximarem de uma dupla que pilotava uma moto sem placa. Um dos ocupantes foi preso e o outro fugiu.

“Na ocasião, policiais militares abordavam uma dupla flagrada em uma motocicleta sem placa, quando um outro homem interveio e tentou soltar os suspeitos. Ele fugiu em seguida, mas foi alcançado por outro policial. Quando o PM fazia a abordagem, houve um disparo de arma de fogo e o homem foi atingido. O policial acionou o resgate, mas o homem morreu no local”, informa a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio de nota divulgada à imprensa por sua assessoria.

O soldado da PM chegou a ser preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar. Mas Dernival pagou fiança de R$ 1,3 mil, arbitrada pela Polícia Civil, e foi solto para responder ao crime em liberdade. O valor foi sugerido levando em contato o salário do PM, que é de cerca de R$ 3 mil. A arma de trabalho dele, uma pistola da marca Glock, calibre .40, foi apreendida para ser periciada pela Polícia Técnico-Científica.

Mesmo assim, Dernival foi preso depois pela própria Polícia Militar, segundo a Secretaria da Segurança. “Em seguida o policial foi ouvido no Plantão de Polícia Judiciária Militar, onde foi autuado e conduzido ao presídio Romão Gomes [na Zona Norte da capital paulista]. Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar todas as circunstâncias do caso”, informa trecho do comunicado da pasta.

O caso foi registrado inicialmente no 47º Distrito Policial (DP), Capão Redondo, como homicídio culposo. A reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência. Nele, a delegacia informou que o crime ocorreu por “inobservância de regra técnica de profissão”. Ou seja: o policial militar deixou de tomar os cuidados de segurança para a arma não disparar, segundo a Polícia Civil.

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações do caso pelo fato de o crime ter sido cometido por um agente da PM.

Policiais civis do DHPP informaram ter visto as imagens da câmera corporal do soldado, que estava presa a seu uniforme. Segundo eles, as filmagens confirmam a versão de Dernival: “É possível visualizar o momento em que o policial militar efetua o disparo sem querer”, informa o Departamento de Homicídios no registro do caso.

Em seu interrogatório, Dernival alegou que Matias “realizou um movimento que derrubou o cassetete” dele” e na “eminência da grave ameaça”, “sacou seu armamento de segurança e ao tentar acessar seu cassetete que estava em solo”, “foi surpreendido com um disparo acidental, sem a intenção, no susto”.

A Ouvidoria da Polícia, órgão responsável por receber denúncias sobre a atividade policial e pedir apurações junto aos órgãos públicos, acompanha o caso.

 

Empresário filmado matando namorada alegou que não sabia que arma estava com munição, diz delegado

Diego Fonseca Borges disse que chamou Ielly Gabriele Alves para fazer alguns disparos com a arma que ele tinha comprado. Inicialmente, suspeito disse que homens em uma moto atiraram contra a vítima.

O empresário que foi filmado matando a namorada disse à Polícia Civil que não sabia que a arma estava carregada. Anteriormente, ele chegou a contar que a vítima tinha sido baleada dentro do carro após dois homens em uma moto passarem por eles, em Jataí, no sudoeste de Goiás. Diego Fonseca Borges, de 27 anos, já tem passagens por roubo e violência doméstica contra uma ex-namorada.

Ielly Gabriele Alves, de 23 anos, estava com o namorado no rancho de um tio de Diego. À polícia, o empresário disse que foram para lá para atirar com a arma recém-comprada por ele. Ielly gravou um vídeo que mostra Diego segurando uma arma. Ele se vira e aponta o revólver para ela, que elogia o namorado e ri. Em seguida, o jovem atira e Ielly cai.

“O Diego diz que eles passaram a tarde bebendo e achou que, naquela hora, a arma estava descarregada”, disse o delegado Thiago Saad.

A arma que Diego usava não foi entregue à polícia, segundo o delegado. Também será investigado com ela foi comprada e se o investigado tem registro ou autorização para ter um revólver.

Contradição
O crime aconteceu por volta das 22h de sábado (4). A equipe da PM afirma ter sido acionada para ir até o Hospital das Clínicas, onde Ielly havia dado entrada com perfuração de tiro. No local, passou a conversar com o namorado da vítima para entender o que havia acontecido.

À PM, Diego contou que estava com Ielly dentro do carro, dirigindo pela Avenida Tancredo Neves, quando dois homens se aproximaram em uma moto de cor escura. Ele relatou que a dupla emparelhou a moto com o carro dele e efetuou dois disparos, que atingiram a namorada.

Os militares continuaram fazendo perguntas para Diego sobre a dinâmica do crime e, com isso, perceberam que existiam contradições no relato do rapaz. Ele, então, foi levado para dar explicações na delegacia, onde foi encontrado um vídeo do momento do crime no celular de Ielly.

“Diante da contradição do namorado, a polícia começou a mexer no celular da vítima e encontrou a filmagem da execução”, afirmou o major da PM, Ulisses Cortez.

 

Mulher denuncia sofrer ameaça de policial um mês após ter sido agredida e abandonada em área erma no Ceará

Vítima foi espancada após discussão com namorado por causa de uma traição. Ainda dentro do carro com o policial, ela filmou marcas da agressão e divulgou nas redes sociais.

Uma mulher denuncia sofrer ameaças de um policial militar um mês após ter sido agredida e abandonada em uma área erma de Canindé, no sertão cearense, pelo então namorado, o policial militar Hildo Melo de Paiva. Depois da agressão, ela divulgou fotos e vídeos com as marcas do espancamento que sofreu.

A vítima filmou o momento em que foi estava dentro do carro com o homem denunciado pela agressão. O veículo do policial agressor segue uma viatura do Batalhão de Policiamento do Raio (BP Raio), um esquadrão da Polícia Militar.

Por nota, a defesa do policial negou as acusações. “Os fatos alegados pela acusadora serão em tempo oportuno devidamente esclarecidos no bojo do processo judicial”, disse a nota.

O rosto dela está coberto de sangue. “Pra onde vocês estão me levando? Você está seguindo o carro do BP Raio por quê? Pra onde vocês estão me levando? O meu celular tem internet”, diz a mulher.

A Justiça concedeu medida protetiva de urgência após registro da ocorrência. O agressor foi afastado da função que exercia na Polícia Militar, mas continua na corporação.

Os vídeos circularam entre os moradores da cidade e causaram revolta. O caso ocorreu em setembro deste ano, e a vítima não quis comentar as agressões à época. Agora, a mulher decidiu falar sobre o caso. Ela conta que, desde que denunciou o policial Hildo Melo de Paiva, ele perdeu a função no Batalhão de Policiamento do Raio (Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas) na cidade de Boa Viagem.

Contudo, afirma que ele segue em atividade no Policiamento Ostensivo Geral (POG) no mesmo município. E que, sem poder se aproximar dela, tem feito ameaças em forma de recados enviados por amigos em comum.

A mulher namorou o policial por um ano e cinco meses e relata que já havia sofrido empurrões e puxões de cabelo antes do episódio em que foi espancada. O motivo para as brigas eram as cobranças que ela fazia ao descobrir que havia sido traída. “E aí, no outro dia, quando eu ia falar, ele dizia que não lembrava disso, que ele estava bêbado”, relatou à equipe da TV Verdes Mares.

O g1 questionou a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Militar do Ceará sobre as denúncias de agressão contra o policial; questionou também o motivo de uma equipe do BP Raio acompanhar a mulher agredida dentro do carro do policial Hildo Melo. Os órgãos responderam apenas que a Controladoria-Geral de Disciplina (CGD) iria se manifestar sobre o caso.

O g1 também questionou a CGD — órgão que investiga infrações e crimes cometidos por agentes da segurança no Ceará –, que também não respondeu sobre as questões. Em nota, a CGD disse apenas que abriu um “processo disciplinar para devida apuração na seara administrativa”.

Discussão após beijo na frente da namorada

O episódio em que a mulher foi espancada aconteceu no início de setembro. Conforme o relato dela, o casal bebia cerveja quando três mulheres se juntaram a eles. “De repente, do nada, uma delas beija na boca dele. Eu dei um empurrão nela e disse ‘que é isso, Hildo?’… E aí elas saíram, foram embora. E a minha reação foi só de ficar estática, em crise de choro”, relatou. Depois da cena, um amigo do policial teria aconselhado Hildo a levar a namorada para casa.

Dentro do carro, ela começou a questionar a atitude do namorado, dizendo que o que ele havia feito não era “papel de homem”. A mulher lembra que reclamava bastante e chorava, enquanto o namorado permanecia calado. Ela estranhou quando ele não parou na casa dela e começou a perguntar para onde estava sendo levada.

Ao chegarem em uma rua sem movimento, por volta das 17h, ela conta que o namorado saiu do carro, abriu a porta do lado dela e disse: “Espera aí, que agora eu vou te mostrar o que é ser homem”.

“Ele me puxou pelos cabelos e começou a me dar socos nos olhos, nos peitos, nas costas… Me jogou no chão. Ele dizia: ‘olha, sua vagabunda, isso aqui é pra você me respeitar, que eu sou uma autoridade. Eu já tô cansado das suas reclamações’. E eu não tinha reação, eu só tentava me defender, mas não tinha como. Ele tem 1,93cm de altura, ele estava armado. Eu não falava nada, eu estava com medo de ele me matar”, recorda a mulher.

Ela conta que, depois que ele parou as agressões, ela voltou para dentro do carro e ficou encolhida quase abaixo do banco. O policial teria voltado para o carro e dito que eles iriam voltar para uma festa que ocorria no local. Segundo ela, Hildo percebeu a quantidade de sangue no rosto dela e tentou consolar a namorada, prometendo que eles tomariam cerveja, iriam para um motel e que nunca mais bateria nela.

“Ele queria que eu saísse do carro pra tomar mais uma cerveja com ele, e eu disse que não queria sair. Eu só sabia chorar, eu não tinha reação de nada. E eu tinha medo de abrir o carro, sair e ele me dar um tiro pelas costas”, detalha.

Quando o policial parou em um bar e posicionou a mesa perto do carro, a mulher ainda teve medo de deixar o veículo. Foi quando um amigo de Hildo chegou para conversar com ele que ela resolveu sair do carro gritando que havia sido espancada por ele.

Ela conta que estava sangrando bastante. Com as pancadas na boca, ela ficou bastante ferida por usar aparelho ortodôntico. Um pedaço de uma obturação dental também teria caído por conta das agressões.

“Ele me deu um empurrão pro meio do asfalto, e a rua estava bastante movimentada. Eu quase fui atropelada. Eu me ralei no joelho, nos braços, machuquei as mãos também. Tudo isso foi constatado pela médica legal, eu tava cheia de hematomas. Desde então, tem sido um inferno”, afirma a mulher.

Depois disso, ela narra que o policial foi embora, deixando ela sozinha no bar.

Medida protetiva

À noite, a mulher recebeu mensagens do namorado dizendo que esperava que ela ficasse bem. Ela bloqueou Hildo e, no dia seguinte, voltou a conversar com ele. Ela enviou fotos e vídeos que havia feito após ser agredida, de dentro do carro dele.

Em vídeos gravados no dia da agressão, é possível ver uma viatura do Batalhão do Raio acompanhando o veículo do policial à frente.

“Você fez esses vídeos só para me condenar” e “Não sou bandido” foram algumas das mensagens do policial em resposta às imagens. A mulher informou que já havia feito exames de corpo de delito. Uma das mensagens de Hildo ainda tentava argumentar que ela havia sofrido arranhões ao tentar sair do carro dele.

No dia 14 de setembro, o juiz da Vara Única Criminal da Comarca de Canindé concedeu medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha. A medida se baseou no depoimento que a mulher prestou à Polícia Civil após as agressões.

O documento estabelece que Hildo Melo está proibido de se aproximar a menos de 200 metros da mulher, proibido de manter contato com ela, com familiares e com testemunhas, além de não poder frequentar a casa ou o local de trabalho da vítima.

Desde então, ela tem recebido recados que ele manda por meio de amigos em comum, afirmando que ela fez com que ele perdesse tudo

Ela afirma que está sendo acompanhada por advogada e movendo processo contra ele pelos episódios de violência contra mulher. No entanto, desconhece se ele está respondendo por algum processo disciplinar na Polícia Militar.

Por fim, o advogado de defesa do policial disse que é “totalmente inverídico” que ela estaria sofrendo ameaças por parte do defendido. “Afirma o Sr. Hildo Melo, por sua defesa, que desde o ocorrido se colocou imediatamente à disposição das autoridades policiais para a apuração da verdade e solicitará as diligências necessárias a elucidação dos fatos e consequente busca pela justiça”, complementou.

Homem se joga no mar para tentar fugir de prisão por violência doméstica, no Ceará

Carlos Henrique Sousa Lima, de 24 anos, fugiu para o mar e nadou para tentar escapar da abordagem na Praia do Fortim, no município de Camocim, Ceará. A polícia, no entanto, conseguiu capturá-lo.

Um homem de 24 anos se jogou no mar para tentar fugir de prisão por violência doméstica na Praia do Fortim, no município de Camocim, Ceará.

A polícia, no entanto, conseguiu capturá-lo com a ajuda de uma balsa. Carlos Henrique Sousa Lima tinha um mandado de prisão e nadou em mar aberto para escapar da abordagem.

Ele foi localizado próximo da margem do rio nos manguezais. Carlos Henrique foi apresentado na delegacia de Granja, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão expedido pela 2ª Vara da Comarca de Camocim.

Ele tem antecedentes criminais também por dano, roubo, corrupção de menores e ameaça.

 

Polícia identifica e pede prisão de torcedor do Boca filmado chamando tricolores de ‘escravos, macacos de m*rda’

A delegada titular da Decradi, Rita Salim, apontou o crime de racismo cometido pelo torcedor Ahmed Ali Mahanna. No pedido apresentado à Justiça neste domingo (5), Rita Salim destacou o risco do torcedor retornar ao seu país sem que seja julgado por seus atos no Brasil.

A delegada titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), Rita Salim, pediu neste domingo (5) a prisão do torcedor do Boca Juniors, Ahmed Ali Mahanna, pela suspeita do crime de racismo.

Na noite da última sexta-feira (3), o homem cometeu atos racistas durante uma entrevista para um canal de televisão da Argentina, na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele chamou os torcedores do Fluminense de “Escravos, macacos de m*rda”.

A entrevista de Ahmed Ali Mahanna destoou de outras conversas durante a mesma transmissão do canal de TV argentino. Ahmed nasceu no Kuwait, no Oriente Médio, e atualmente mora na Argentina. Ele é tripulante de voo e estuda para ser piloto de avião. Atualmente, Ahmed é funcionário da companhia aérea CrossRacer.

Segundo a delegada responsável pelo caso, a fala do torcedor do Boca Juniors é prova suficiente para o pedido de prisão.

“A entrevista veiculada pelo canal de TV argentino demonstrou de forma clara, fidedigna a forma como ocorreu o fato noticiado. Considerando que o indiciado possui nacionalidade argentina e durante sua estadia em território brasileiro, ofendeu gravemente de forma racista todo um grupo racial através de canal oficial veiculado através de toda mídia”, dizia um trecho do pedido de prisão contra Ahmed Ali Mahanna.

No pedido apresentado à Justiça neste domingo (5), Rita Salim destacou o risco de o torcedor sair do país sem que seja julgado por seus atos.

O g1 apurou que já existem fotos do torcedor do Boca em vários hotéis do Rio. Além disso, a Polícia Federal foi alertada sobre a possível saída dele do Brasil. A Polícia Civil do RJ chegou a pedir ajuda da polícia Argentina para identificar o suspeito.

O pedido de prisão contra Ahmed já está nas mãos do Ministério Público do Rio (MPRJ).

“É inadmissível esse tipo de conduta, ainda mais em especial, num clima de festivo, internacional. Não se pode tolerar, nem aqui e nem em lugar nenhum, racismo, intolerância e discriminação”, disse Rita Salim.

Em uma entrevista ao vivo para a TV Todo Notícias, canal mais conhecido na Argentina pela sigla TN, ele chamou tricolores de “escravos” e “macacos de merda” ao ser questionamento sobre as confusões entre as torcidas.

A briga, então, tinha acontecido na quarta-feira (1), quando torcedores organizados do Fluminense atacaram um grupo de torcedores do Boca na praia.

“Estivemos lá ontem e a família e as mulheres estavam lá. Que esses covardes venham agora procurar o povo do Boca”, diz o torcedor.

A mulher, então, questiona sobre os distúrbios no dia anterior na região.

“Que distúrbios, se eles têm medo? Escravos, macacos de m*rda”, grita o torcedor do Boca.

Logo após a fala ofensiva, a repórter claramente sai de perto do homem e procura por outros torcedores. Também é possível ouvir os jornalistas que estão no estúdio criticando a fala do torcedor.

A integra da fala do torcedor em seu idioma, o castelhano, é a seguinte:

“Estuvimos ayer y estaba la familia y las mujeres. Que vengan ahora a buscar a la gente de Boca, estos cobardes. ¿Qué disturbios so nos tienen miedo? Esclavos, monos de mierda”.

Grande festa dos argentinos
Na mesma sexta-feira (3), o clima em Copacabana era de festa e descontração entre os milhares de torcedores do Boca Juniors que se reuniram na praia de Copacabana. A celebração dos torcedores aconteceu um dia após os confrontos que terminaram com 9 detidos na quinta-feira (2).

O grupo, novamente com bandeiras e entoando cantos, ocupava totalmente a faixa de areia por um quarteirão inteiro por volta das 16h, na altura do Othon Palace Hotel.

Na quinta-feira (2), sete torcedores argentinos e dois brasileiros foram detidos e levados para a 13ª DP (Ipanema) após dois momentos de confusão, na tarde e na noite de quinta-feira (2). Um torcedor chegou a se filmar enquanto agredia um torcedor argentino.

Gesto racista
No dia da final da Copa Libertadores, entre Boca Junior e Fluminense, no Maracanã, no último sábado (4), outro torcedor do Boca foi flagrado fazendo um gesto racista na porta do estádio, na Zona Norte do Rio.

No dia, a TV Todo Notícias, canal mais conhecido na Argentina pela sigla TN, mostrava uma confusão de argentinos que tentaram entrar à força no Maracanã, mesmo estando sem ingressos. O homem se aproxima da câmera, que estava direcionada a um grupo, e imita um macaco, levando as mãos até às axilas e se balança.

 

Homem é preso em operação contra facção que entrou em conflito 68 vezes com a polícia; R$ 4 mil foram encontrados

Cerca de 200 policiais participaram da ação em localidades como Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Chapada do Rio Vermelho e Nordeste de Amaralina.

Uma pessoa foi presa, na manhã desta sexta-feira (3), em uma ação no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador. A operão tinha foco no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Uma segunda pessoa chegou a ser conduzida à delegacia e liberada.

Em nota, a Polícia Federal (PF) informou que a operação, intitulada de “Resposta”, tem o objetivo de “fechar o cerco” contra uma facção criminosa.

A PF afirma que a facção alvo da operação entrou em confronto com as forças de segurança do Estado 68 vezes este ano. Além disso, seus integrantes se reúnem para atacar rivais.

A produção da TV Bahia apurou que o preso é Wildson Silva de Jesus, 38 anos. Ele é cadeirante e foi encontrado com R$ 4,2 mil em espécie. A suspeita é de que Windson era responsável por arrecadar dinheiro da venda de drogas em festas no Nordeste de Amaralina.

Na casa de Wildson foi encontrado um aparelho que bloqueia sinal de GPS, ferramenta que é utilizada por assaltantes de veículos com objetivo de dificultar o rastreamento dos carros por seguradoras.

Wildson foi apresentado no Departamento de Investigação e Repressão ao Narcótrafico (Denarc) e não soube explicar a origem do dinheiro. Ele tem duas passagens pela polícia, uma por tráfico de drogas e a outra por porte de explosivos usados em roubos a bancos.

Ainda não há contato de defesa do suspeito.

Cerca de 200 policiais participam da ação, que é comandada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Bahia, formada por equipes da polícias Militar, Civil e Federal. Carros blindados e aeronaves são utilizados na operação.

A ação envolve áreas como Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Chapada do Rio Vermelho e Nordeste de Amaralina.

Os rodoviários decidiram suspender a circulação de ônibus no bairro da Santa Cruz. De acordo com o sindicato da categoria, o Parque da Cidade é o ponto final de parada para os coletivos.

De acordo com a SSP, a organização criminosa que é alvo da operação tem ligação também com:

comércio de entorpecentes;
tráfico de armas e munições;
roubos a bancos;
corrupção de menores.
Além dos mandados, os policiais realizam levantamentos de denúncias e ampliam o patrulhamento ostensivo no Complexo do Nordeste de Amaralina.

 

Suspeito de matar adolescente a facadas no norte da BA tem prisão em flagrante convertida para preventiva

De acordo com a Polícia Civil da região, o crime ocorreu durante uma briga da jovem com o suspeito, na cidade de Juazeiro.

O suspeito de matar a adolescente Jessica Judite dos Santos, de 17 anos, em Juazeiro, no norte da Bahia, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva nesta quinta-feira (2). A vítima foi atacada com golpes de faca.

De acordo com a Polícia Civil da região, o crime ocorreu na quarta-feira (1º) durante uma briga da jovem com o suspeito, que seria ex-namorado da adolescente. A identidade dele não foi revelada.

O homem ficou ferido e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde está internado e aguarda audiência de custódia.

O corpo de Jessica Judite foi enterrado nesta quinta, em um cemintério no bairro João Paulo II, na cidade de Juazeiro.

 

Suspeita de matar advogada por interesse amoroso no marido da vítima segue foragida há um mês

Cinco homens foram presos suspeitos de participação no crime que resultou na morte de advogada no Ceará e na mãe dela. A mandante está foragida e é uma das mais procuradas do estado.

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, suspeita de mandar matar uma advogada e mãe dela, segue foragida nesta quinta-feira (2), após um mês formalmente considerada foragida pela Justiça. Conforme a denúncia, ela contratou um “grupo de extermínio”, formado por três policiais, para matar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria, por interesse no marido dela.

A mãe de Rafaela, Maria Socorro de Vasconcelos, que estava próxima à filha no momento do crime, também foi atingida pelos disparos e morreu.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, a empresária pagou R$ 70 mil para grupo de extermínio cometer o crime, em negociações feitas pelo WhatsApp.

Segundo policiais civis que investigaram o caso, Maria Ediane é empresária e coordena o “jogo do bicho” em diversas cidades do Ceará. Nos meses anteriores ao crime, ela foi alvo de ameaça de facções criminosas que queiram dominar a prática, que é ilegal.

Ainda conforme as investigações, o grupo de extermínio formado por quatro policiais passou dois meses investigando a rotina da advogada, a mando da empresária. Maria Ediane pagou adiantado parte do pagamento pelo crime, além de gastos com viagens, hospedagem e comida.

Ela mandou matar a advogada por interesse amoroso no marido dela (leia mais detalhes a seguir).

A Polícia Civil apontou que Maria Ediane teria interesse no marido da advogada, um tenente-coronel da Polícia Militar.

Nos celulares de Maria Ediane, investigados pela Polícia Civil, há troca de mensagens com um líder religioso que fez previsões sobre um possível relacionamento amoroso entre a empresária e o homem de interesse dela.

Ela pagou pelo menos R$ 850 ao religioso, que faria a previsão com base na parafina de uma vela consumida. A previsão do suposto vidente é que Ediane teria “dificuldades” no relacionamento.

A empresária teria contratado um grupo de extermínio, formado por três policiais e dois homens — que não são agentes de segurança. O grupo passou dois meses investigando a rotina da advogada. A polícia descobriu que nos aparelhos celulares dos suspeitos foram encontrados várias fotos da advogada como também do trabalho e da residência.

Presos envolvidos no crime
Cinco pessoas foram presas até a publicação desta reportagem; são elas:

O sargento da PM Amaury da Silva Araújo
O soldado Daniel Medeiros de Siqueira
O sargento Edilson Barbosa da Luz
Reginaldo Cavalcante dos Santos
José Elton Cavalcante Mano da Silva