Homem é preso por maus-tratos a animais; filhote ficou paraplégico de tanto apanhar

Prefeitura recebeu uma denúncia e encontrou o bichinho sem o movimento das patas traseiras. Na casa também havia um cão acorrentado.

Um homem foi preso nesta quinta-feira (23) por maus-tratos a animais. A Prefeitura do Rio de Janeiro recebeu uma denúncia e encontrou na casa de Luís Augusto Freitas Barreto, 44 anos, em Bangu, na Zona Oeste, um filhote que ficou paraplégico de tanto apanhar.

Segundo testemunhas, Luís Augusto atacou o bichinho a pauladas até ele perder o movimento das patas traseiras.

O cãozinho foi batizado de Francisco e passará por uma cirurgia na coluna e muitos meses de fisioterapia para tentar voltar a andar. Na casa dele agentes também resgataram outros 2 cães — 1 estava acorrentado — e 4 gatos.

A Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais, com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, conduziu o homem até a Cidade da Polícia. Luís Augusto já tem passagens por violência contra a mulher e por furto.

Todos os animais foram levados para o Centro de Proteção Animal Fazenda Modelo, onde serão cuidados, vacinados, castrados, microchipados e colocados para adoção. Interessados em dar um lar para Francisco podem chamar no WhatsApp (21) 97733-0193.

“É inadmissível o que esse cidadão fez com esse filhote. Bater em animais é crime, passível de até 4 anos de prisão”, disse o secretário de Proteção e Defesa dos Animais, Flávio Ganen.

Para denunciar maus-tratos a animais, entre em contato com a central de atendimento do 1746 ou no site www.1746.rio.

 

Quem é o agenciador de jogadores de futebol suspeito de lavar dinheiro do tráfico em Portugal

O g1 entrou em contato com Evandro, mas não conseguiu retorno até a última atualização da reportagem.

O agenciador de jogadores de futebol Evandro Lopes da Silva foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (23) na cidade de Maia, em Portugal. O brasileiro é suspeito de movimentar milhões de reais de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Entenda abaixo como funcionava o esquema.

O g1 entrou em contato com Evandro, abrindo espaço para a manifestação dele, mas não conseguiu retorno até a última atualização da reportagem.

Policiais portugueses e brasileiros cumpriram três mandados de busca e apreensão em um endereço de Evandro e da esposa em Portugal. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens do casal no Brasil.

Numa rede social, Evandro se apresenta como agenciador de futebol da empresa E.S Sports e posta regularmente fotos com jogadores brasileiros que ele levou para atuar em times da elite do campeonato português, como FC Vizela e Chaves.

Como era a atuação do suspeito:
💸 Segundo a investigação, Evandro era parceiro frequente de Roberley Eloy Delgado na ocultação de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
🔐 Roberley foi condenado e está preso por chefiar a quadrilha de tráfico de drogas a partir dos aeroportos de Guarulhos e de Viracopos, em Campinas (SP).
📲 O g1 apurou que os investigadores conseguiram rastrear movimentações financeiras e conversas entre Evandro Silva e Roberley.
🧧 E a partir disso, descobriram que, longe de ser um coadjuvante, Evandro atuava diretamente na negociação para esconder a origem ilegal dos valores do tráfico.
💳 Evandro, segundo apuração do g1, enviou da Europa para o Brasil altos valores que terminaram em contas relacionadas a Roberley.
💹 A PF também encontrou movimentações financeiras da esposa de Evandro incompatíveis com a renda declarada à Receita Federal.
💰 Com isso, o casal pode ter movimentado milhões de reais a pedido de Roberley.

Mais de R$ 100 milhões em movimentação
O casal foi alvo nesta quinta-feira (23) da Operação Lavaggio IV, da Polícia Federal de Campinas, que buscava colher provas para integrar o inquérito contra os operadores financeiros da quadrilha de tráfico internacional de drogas. Além de Evandro e da esposa, outras nove pessoas foram alvos da PF.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além dos outros três na cidade de Maia, em Portugal. As apurações apontam que todos os investigados podem ter movimentado mais de R$ 100 milhões.

 O que busca a operação? De acordo com a PF, os trabalhos procuram identificar bens obtidos por meio das atividades da organização e outros envolvidos que tenham colaborado para ocultá-los (laranjas).

👉 Como surgiu a operação? A Lavaggio IV é a sétima fase da Operação Overload, que começou em outubro de 2020 (relembre abaixo). Também já foram realizadas as operações AKE e Lavaggio I, II e II.

👉 Quem é o principal alvo? O investigado central é Roberley Eloy Delgado, que já está presa em razão de duas decisões, tendo sido sentenciada a 20 anos pela Operação AKE e a 112 pela Lavaggio III. Agora as investigações estão centradas no círculo financeiro dele.

👉 Quem são os investigados?

Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão desta quinta estão:

Portugal: Evandro e esposa que, segundo as investigações, mantinham uma estreita ligação com o Roberley e movimentaram milhões de reais a pedido dele. A empresa de agenciamento de jogadores de futebol que está no nome de ambos também é alvo de um mandado.
Brasil: além das pessoas físicas, há pessoas jurídicas ligadas a turismo, comércio de mármore e de água.
Além dos mandados, no total, 16 pessoas são investigadas — sendo 11 físicas e cinco jurídicas. As investigações apontam que elas movimentaram mais de R$ 100 milhões, mas a PF ainda vai apurar detalhamento o que ocorreu de forma lícita ou ilícita.

👉 Que outras medidas já foram tomadas? Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal também autorizou o bloqueio de bens e valores encontrados nos nomes dos 16.

👉 Como acontecia a lavagem de dinheiro? Segundo elementos colhidos pela Polícia Federal, os atos de ocultação e dissimulação ocorreram por meio de diversos mecanismos:

recebimentos de dinheiro em espécie;
recebimentos de valores por intermédio de outras pessoas (laranjas), tanto físicas quanto jurídicas;
depósitos em dinheiro de forma pulverizada em contas-correntes de terceiros (laranjas);
pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de atuação, sem fundamentação econômico- financeira;
realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configuram artifício para burlar a identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos beneficiários finais;
recebimento de depósitos de diversas origens, sem fundamentação econômico-financeira, especialmente provenientes de regiões distantes do local de atuação da pessoa jurídica ou distantes do domicílio da pessoa natural;
realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer outro instrumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico financeira;
movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira.

Operação Overload
✈️ Em outubro de 2020, a Operação Overload revelou a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas operando a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos.

👤 Segundo as investigações, o esquema envolvia empregados de empresas terceirizadas e de companhias aéreas, integrantes das forças de segurança e estrangeiros em solo europeu.

💰 Na época, 32 pessoas foram presas temporariamente. Houve também a apreensão de veículos e R$ 3 milhões. Desde então, outras seis operações foram realizadas para investigar o esquema.

Mãe de adolescente que denunciou prefeito de Taquarivaí por injúria racial pede demissão: ‘Minha filha tem valor’

Conforme o B.O, o prefeito Rubens Carlos Souto de Barros (MDB) teria dito que a jovem aguentaria ficar mais tempo no sol devido à cor de sua pele. A mãe trabalhava como atendente em um totem do Poupatempo, que fica no prédio da prefeitura da cidade.

A mãe da adolescente, de 14 anos, que denunciou o prefeito de Taquarivaí (SP), Rubens Carlos Souto de Barros (MDB), por injúria racial contra a filha, pediu demissão do emprego, que fica no prédio da prefeitura. O caso aconteceu na sexta-feira (17).

Rubens Barros é acusado de chamar a jovem de “escurinha” e insinuar que ela não se queimaria no sol, devido à cor de sua pele (relembre o caso abaixo).

Claudia Mendes Comeron, de 42 anos, era auxiliar de atendimento de um totem do Poupatempo, que fica em uma sala no paço municipal. Ao g1, ela contou que teme por represálias e não conseguiria continuar no emprego após o ocorrido. “Não tinha como eu continuar ali. Me senti na obrigação de sair”.

Na quarta-feira (22), ela anunciou a demissão e aceitou os descontos da quebra contratual.

“Minha filha tem valor. Chega! Qual seria o próximo passo? Uma agressão? Uma morte? Não é fácil”, lamentou a mãe.
Ainda segundo a mãe, essa não é a primeira vez que a jovem é vítima de racismo. “Com nove anos ela foi agredida por ser negra”, lamenta Claudia.

A jovem foi encaminhada para o Conselho Tutelar e passará por atendimento psicológico.

Relembre o caso
Conforme o relato da mãe da vítima, elas estavam conversando com uma amiga na rua, quando o prefeito chegou e as cumprimentou. Em seguida, ele teria dito para elas saírem do sol, com exceção da adolescente, “pois ela aguentaria mais 10 minutos”.

A mãe da jovem disse que questionou a fala do prefeito, que teria dito que foi apenas uma brincadeira, acrescentando ainda que “se ela [adolescente] fosse mais escurinha, aguentava mais 20 minutos”.

Ainda conforme boletim de ocorrência, a jovem teria se mostrado ofendida e ressaltado que ele estava sendo racista. De acordo com a mãe, ele riu e entrou em um estabelecimento comercial.

O g1 tentou contato com a assessoria do prefeito, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem. A Polícia Civil investiga o caso.

 

Agentes da PF e CGU fazem buscas na Prefeitura de Sorocaba em operação que apura suspeita de desvio de verba da Saúde

Investigação apura convênio firmado entre a Prefeitura de Sorocaba e uma Organização Social (OS), em março de 2022, para a gestão de uma UPA no município. Agentes também fizeram buscas na casa do ex-secretário de Saúde, Vinicius Rodrigues; ação ocorre em outras cidades.

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) fazem uma operação, chamada Sepsis, nesta quinta-feira (23), para investigar indícios de desvio de recursos públicos na área da Saúde em Sorocaba (SP).

Ao todo, 23 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo (SP). Entre os locais de buscas estão a Prefeitura de Sorocaba e a casa do ex-secretário de Saúde Vinicius Rodrigues.

A operação investiga denúncia de fraude à licitação, desvio de finalidade na aplicação de recursos, ocultação de patrimônio com utilização de “laranjas” e lavagem de dinheiro durante a execução de contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Sorocaba (SP) e a Organização Social de Saúde (OSS) para a gestão de Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ainda conforme a operação, a “vigência inicial aponta para mais de R$ 60 milhões”.

A operação investiga denúncia de fraude à licitação, desvio de finalidade na aplicação de recursos, ocultação de patrimônio com utilização de “laranjas” e lavagem de dinheiro durante a execução de contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Sorocaba (SP) e a Organização Social de Saúde (OSS) para a gestão de Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ainda conforme a operação, a “vigência inicial aponta para mais de R$ 60 milhões”.

Contrato de 2022
Segundo a PF, a investigação apura práticas ilegais envolvendo a gestão de recursos públicos na execução de um Termo de Convênio, celebrado em março de 2022, entre a Prefeitura de Sorocaba e uma OSS sem fins lucrativos, para a gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município. A unidade não foi informada.

Entre os locais da operação está a casa do ex-secretário de saúde, Vinicius Rodrigues, que foi nomeado pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) em 2021 e deixou o cargo em março de 2022.

Segundo a PF, durante a investigação, foram identificados indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à OSS.

Ainda de acordo com a polícia, também foram constatadas transferências de elevados valores das contas da Organização Social e das empresas subcontratadas para contas correntes de familiares ligados à diretoria da OS.

Outros crimes
A investigação também apura possíveis práticas de lavagem de dinheiro relacionadas à aquisição e emplacamento de veículos em nome das empresas subcontratadas, os quais estariam sendo utilizados pelo núcleo familiar controlador da Organização Social.

Conforme a PF, são investigados, ainda, eventuais crimes contra a administração pública no curso no processo licitatório que resultou no Termo de Convênio firmado em março de 2022.

Bloqueio de bens e proibições
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e bloqueio de valores no montante de R$ 24.109.127 contra pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Também foi determinada a proibição de a administração pública firmar novos contratos com algumas das pessoas jurídicas investigadas, bem como o embargo de qualquer alteração dos quadros sociais das empresas investigadas e a proibição de que as pessoas físicas integrantes de seus atos societários ingressem em novas ou nas mesmas sociedades.

 

Polícia Civil e MPRJ prendem 4 em operação contra pirâmide financeira que lesou pelo menos mil pessoas

Segundo as investigações, a Atomx — que depois virou Atrion Invest —, com sede em Niterói, prometia ganhos fixos mensais de 3% a 15%, a depender da modalidade contratada, a título de rendimento gerado a partir de “traders” de criptomoedas.

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quinta-feira (23) a Operação Pyramis, contra um esquema de pirâmide financeira em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Até a última atualização desta reportagem, 3 pessoas haviam sido presas — 1 já estava encarcerado.

Agentes da 76ª DP (Niterói) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 6 mandados de prisão. Os outros 2 alvos estão no exterior e já são considerados foragidos.

Segundo as investigações, a Atomx — que depois virou Atrion Invest —, com sede em Niterói, prometia ganhos fixos mensais de 3% a 15%, a título de rendimento gerado a partir de “traders de criptomoedas”. Pelo menos mil pessoas foram lesadas.

A firma investiu massivamente em marketing, inclusive patrocinando eventos e atletas esportivos. Os responsáveis também se envolviam com políticos e celebridades e ostentavam muito luxo.

Os presos
André Felipe de Oliveira Silva, dono da Atomx, já preso;
André Vitor de Oliveira Silva, braço direito do irmão;
Giovanni Andrade da Costa Leste, policial civil da 54ª DP (Belford Roxo) responsável pela escolta dos irmãos;
Suellen Marques Mendonça, ex-mulher de André Felipe.

Dono foi preso armado em hospital
André Felipe está preso desde maio, por porte ilegal de arma. Ele foi encontrado com um arsenal no carro em um hospital particular em Niterói. Na época, policiais foram informados de que um homem estava andado armado pela unidade de saúde. Eles foram checar, e André Felipe não mostrou nenhum tipo de documentação.

André Vitor circulava com carros de luxo, como um Ranger Rover e um Mercedes — mas nem sequer possuía veículo registrado em seu nome. Com Vitor os agentes apreenderam uma pistola e munição.

 

Comandante nega excessos em tumulto no Maracanã e fala em ‘técnica’ para conter torcedores

Uma argentina foi presa por injúria racial durante as confusões. Cenas de brigas e agressões foram registradas.

O comandante do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe) negou que a polícia tenha usado força excessiva para conter a briga nas arquibancadas do Maracanã na noite desta terça-feira (21).

O coronel Vagner Ferreira afirma que a ação seguiu uma técnica, que começa na verbalização e segue para os bastões.

“A gente não vai para o estádio para causar lesão em torcedor. Fomos acionados pela empresa privada porque a situação estava fora de controle. A gente usa os bastões com o objetivo de cessar as agressões”, afirma o militar.

Segundo ele, policiais militares precisaram de atendimento médico depois da confusão, mas não informou a quantidade de agentes feridos.

Quanto ao fato de a CBF ter dito que a corporação não se opôs à venda de ingressos mistos, o coronel afirmou que houve 123 jogos no Rio com torcida mista durante 2023, sem grandes intercorrências.(veja a nota completa da CBF mais abaixo)

Ainda de acordo com o comandante, os ingressos já estavam à venda quando a reunião de alinhamento entre a CBF e a PM aconteceu.

“Se os ingressos já foram vendidos antes da reunião, é um fato que já chama atenção”, destaca Ferreira.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que “o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), referência nacional em sua especialidade, cumpriu rigorosamente sua missão, conforme legislação vigente”, além de reforçar a informação de que os ingressos foram vendidos sem a concordância da PM.

Briga generalizada
Pelo menos 17 torcedores foram levados ao Juizado Especial no Maracanã, e 2 precisaram de atendimentos médicos em função da briga. As punições impostas aos infratores foram transações penais e, no caso de 1 deles, medida cautelar de afastamento dos estádios e comparecimento ao juízo.

Torcedores de Brasil e Argentina brigaram nas arquibancadas do Maracanã minutos antes de a bola rolar para o clássico sul-americano. O conflito teve início durante a execução dos hinos nacionais no setor onde os fãs argentinos estavam concentrados, atrás de um dos gols do estádio. Não havia qualquer separação entre as duas torcidas.

Depois de um pequeno foco entre torcedores das duas seleções, houve muita briga entre policiais e argentinos. Assentos foram arrancados e arremessados nas arquibancadas. A polícia inicialmente demorou a agir, mas depois entrou com violência.

Depois de alguns minutos, os jogadores em campo perceberam o problema. Os argentinos, que se preparavam para a foto oficial, saíram em disparada em direção às arquibancadas para tentar intervir na confusão, assim como Marquinhos, capitão da Seleção.

Para fugir da ação policial, os torcedores argentinos se movimentaram para o lado esquerdo e causaram pânico em outra parte da torcida brasileira, que inicialmente não estava envolvida no problema e ficou esmagada.

O pânico fez com que alguns torcedores brasileiros saltassem o muro e entrassem no campo. Às 21h37, os jogadores argentinos decidiram ir para o vestiário. Os atletas pediram 15 minutos para a situação se acalmar nas arquibancadas e voltaram ao campo exatamente às 21h52.

Durante a paralisação, o presidente da Associação de Futebol da Argentina, Chiqui Tapia, conversou com o árbitro chileno Piero Maza. No retorno ao gramado, Messi e De Paul discutiram com Rodrygo. O jogo começou às 21h57, com 27 minutos de atraso.

No setor Sul, onde houve a confusão, havia muitas crianças, que se desesperaram, muitas delas chorando. Alguns torcedores deixaram o estádio imediatamente.

Com a bola rolando, policiais fizeram uma barreira humana no setor Sul para separar as duas torcidas.

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu que a investigação seja desmembrada em dois eixos:

torcedores envolvidos na confusão, mas que não foram detidos;
apuração de eventuais excessos cometidos pelos policiais.

Presa por injúria racial

Uma torcedora argentina foi presa em flagrante por suspeita de racismo, no Maracanã, na noite desta terça-feira (21), durante o clássico Brasil x Argentina — marcado também por uma briga e um empurra-empurra nas arquibancadas.

Maria Belem Mateucci foi acusada de racismo contra uma funcionária de uma empresa que presta serviços no estádio. De acordo com testemunhas, a vítima foi chamada de “pedaço de macaco”.

Veja mais detalhes na reportagem abaixo:

Torcedora da Argentina é presa por racismo no Maracanã

A torcedora foi encaminhada para o Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

O que disse a CBF
“A Confederação Brasileira de Futebol vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos no jogo Brasil x Argentina, realizado nesta terça-feira 21/11/2023, no Maracanã, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2023.

É importante esclarecer que a organização e planejamento da partida foi realizada de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Todo o planejamento do jogo, em especial o plano de ação e o de segurança, foram sim debatidos com as autoridades públicas do Rio de Janeiro em reuniões realizadas entre as partes.

Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.

Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas.

A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições. Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF.

Ou seja, todo o plano de ação e segurança foi elaborado e dimensionado já considerando classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ.

Portanto, a CBF reafirma que foram cumpridos rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foram aprovados pela Polícia Militar RJ e demais autoridades.

Por fim, a única recomendação recebida pela CBF de qualquer autoridade pública ao longo de todo o período que antecedeu a partida entre Brasil e Argentina, foi uma recomendação do Ministério Público, da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Ordem Urbanística da Capital, para que ‘NÃO realizem partidas de futebol no ano de 2023 com o formato de disponibilização da carga total de ingressos através de um tíquete eletrônico apresentado mediante exibição do aparelho de telefonia celular, tal como ocorrido na partida da final da Copa Libertadores no dia 04 de novembro de 2023’ e que ‘Exijam no ano de 2023 dos torcedores que se aproximem das catracas a exibição de evidência física (tíquete de papel e/ou cartão de sócio torcedores) de que o torcedor possui um tíquete de ingresso para se aproximar das catracas do Estádio Mário Filho – Maracanã, de modo a evitar a invasão de torcedores que não possuam ingressos para assistir à partida.’”

 

Polícia prende traficante responsável por confrontos na região das Vargens

Contra Caio havia 4 mandados de prisão preventiva em aberto. Com eles foram apreendidos um fuzil AR-10 com luneta de mira e munição.

A PM prendeu nesta segunda-feira (20) um dos responsáveis pelos confrontos na disputa de território em Vargem Grande e Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O traficante Caio Piloto estava com outros 2 homens em um carro roubado e clonado deixando a Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, pela Linha Vermelha.

Contra Caio havia 4 mandados de prisão preventiva em aberto. Com eles foram apreendidos um fuzil AR-10 com luneta de mira e munição.

Nesta terça-feira (21), a PM voltou à Maré, nas comunidades da Vila do João, Vila dos Pinheiros, Timbau, Baixa do Sapateiro e Conjunto Esperança.

Homens do Batalhão de Ações com Cães apreenderam drogas no Timbau.

Por segurança, 42 escolas municipais e 2 estaduais, além de 4 centros de saúde, não abriram.

Vítima de ex-diretor da Polícia Civil do DF acionou governador e diz que foi cercada por acusado ao prestar queixa em delegacia

Vítima de perseguições do ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal Robson Cândido, a mulher que o denunciou à Justiça apresentou gravações, mensagens e imagens da perseguição que diz ter sofrido. A GloboNews e o blog tiveram acesso ao material.

Robson Cândido é acusado de cometer ao menos sete crimes contra pessoa com quem ele mantinha relacionamento extraconjugal. Ele está preso desde o dia 4 em razão das acusações e já virou réu no caso.

Na denúncia, consta que o ex-diretor da Polícia Civil do DF teria usado celulares e viaturas da polícia para perseguir a ex-amante, além de quebrar sigilos ilegalmente.

No material entregue pela mulher, que está em poder do Tribunal de Justiça do DF, a vítima narra como se dava a perseguição. E anexa mensagens de texto enviadas por ela ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) – “chefe” de Robson Cândido.

Na conversa, a ex-amante do chefe da polícia envia vídeos e um texto extenso no qual relata estar sendo perseguida pelo homem.

A mulher diz que Cândido usava carros oficiais da polícia, fazia coações, a segurava pelo braço e dizia que sua integridade física estava em risco. O então chefe da Polícia Civil dizia ainda, segundo ela, que a única pessoa que ele respeitava era o governador do DF.

A vítima pede ainda uma conversa com Ibaneis, e diz que queria tentar resolver o caso sem exposição na mídia. O print aponta que a mensagem foi enviada no último dia 23 de agosto.

Em resposta, Ibaneis diz: “Melhor procurar a delegacia”. A vítima, então, responde: “OK”.

O problema, neste caso, é que qualquer delegacia do Distrito Federal naquele momento era chefiada, justamente, por Robson Cândido – o acusado da lista de crimes.

A GloboNews e o blog acionaram a assessoria de Ibaneis para questionar se ele chegou a levar o caso às autoridades competentes, ou se achou que a resposta dada à mulher era suficiente.

A operação no início do mês foi coordenada pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Centro de Inteligência do Ministério Público do DF.

Vítima encontrou acusado na delegacia
Em razão do posto que ocupava à época, Robson Cândido conhecia muita gente na Polícia Civil do DF.

Um dos vídeos anexados ao processo mostra a vítima narrando que foi a uma delegacia para registrar queixa contra o então diretor-geral – e que, para sua surpresa, ele também apareceu por lá.

O caso teria acontecido no último dia 29 de setembro, um mês após a mulher pedir ajuda ao governador Ibaneis Rocha.

Segundo a ex-amante, o diretor-geral da Polícia Civil apareceu na sala do delegado, enquanto ela tentava registrar queixa, para tentar intimidá-la e dissuadí-la de registrar a denúncia.

Ainda de acordo com a mulher, Robson Cândido já tinha admitido que a monitorava.

Homem confessa ter esfaqueado ex-enteado, diz polícia; menino o reconheceu, mesmo de touca

Ao ser pego, depois de tentar fugir, Eduardo chegou a negar a agressão, mas mudou a versão horas depois. O álibi apresentado também não se confirmou.

Eduardo Nascimento Paixão, de 42 anos, preso por tentar matar a facadas um menino de 12 anos, de quem foi padrasto, confessou o crime à polícia e na presença da advogada.

Ao ser pego, depois de tentar fugir, Eduardo chegou a negar a agressão, mas mudou a versão horas depois. O álibi apresentado pelo suspeito — de que ficou na casa do pai durante toda a manhã — também não se confirmou: o pai de Eduardo disse em depoimento que ele não estava em casa no momento do crime.

A polícia descobriu que Eduardo estava de touca quando atacou o garoto com uma adaga, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (20). Mesmo assim, o ex-enteado o reconheceu. A criança, filha de uma ex-companheira de Eduardo, estava estável até a última atualização desta reportagem.

O serviço reservado do 6º BPM (Andaraí) localizou Eduardo no BarraShopping e o conduziu à 19ª DP (Tijuca).

À polícia, Eduardo não quis explicar por que atacou o menino. O termo de declaração, ao qual a TV Globo teve acesso, narra que o homem “teve um surto no momento que viu o garoto entrando no quintal”.

 

Correria, desespero, consolo: vídeo mostra a reação de amigos de fã de Taylor esfaqueado em Copacabana e suspeito preso no carro da PM

Gabriel Mongenot foi vítima de latrocínio na madrugada de domingo. RJ2 teve acesso a imagens de câmeras de segurança da orla de Copacabana.

Imagens gravadas por câmeras de segurança, obtidas pelo RJ2, mostram os momentos após o estudante Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos levar 23 facadas até morrer, na Praia de Copacabana.

Era madrugada de domingo (19) e um grupo de fãs de Taylor Swift que passeava pelo Rio foi para a areia antes de voltar para casa após um dia de passeio. Enquanto relaxavam na praia, foram abordados por ladrões, que acabaram por esfaquear Gabriel.

As imagens mostram a correria de amigos para tentar socorro, depois eles se abraçando, como um consolo. Revelam também a chegada de autoridades e até quando um carro da PM abre o porta-mala e dá para ver um suspeito de cometer o latrocínio preso.

Veja abaixo a cronologia do pós-crime:

Um dos amigos de Gabriel vai correndo pedir ajuda num quiosque do calçadão da praia; ele levanta as mãos várias vezes e parece estar gritando.
Amigos voltam correndo em direção ao mar – onde Gabriel estava (abaixo).

Outros dois amigos se aproximam de um homem sentado num banco. Eles conversam e o homem se levanta. Parece falar ao telefone.
Momentos depois, todos acenam para alguém na outra pista da Avenida Atlântica (abaixo).

Em outra imagem, dá para ver policiais em um quadriculo da Polícia Militar. As vítimas indicam para a polícia a direção que os bandidos fugiram.
Em seguida, aparece um carro da Guarda Municipal, e os amigos vão falar com os agentes.
Uma viatura da PM surge e chega outra. Os policiais abrem o porta-malas de um dos carros e mostram aos amigos da vítima dois homens detidos (abaixo).

A câmera da Prefeitura do Rio aproxima e é possível ver os amigos se consolando sentados no meio-fio da ciclovia no calçadão de Copacabana (acima).
As imagens também mostram que o quadriciclo da PM retorna. Uma mulher conversa com os policiais e com os dois detidos.
Minutos depois, chega uma ambulância. Os bombeiros descem e vão conversar com os policiais. Eles apenas atestaram a morte de Gabriel.
‘Acordou assustado’, conta prima
Gabriel estava dormindo na areia momentos antes de ter sido esfaqueado e morto por assaltantes. Os criminosos levaram dois celulares e as chaves do carro usado pelo grupo.

“O Gabriel estava cochilando na hora e se levantou com a gritaria. Provavelmente, para o assaltante, ele reagiu ao assalto, mas na verdade ele acordou assustado com a gritaria, com a movimentação. Aí, ele foi ferido”, disse Juliana Milhomem, prima de Gabriel.
Dos dois detidos na madrugada, apenas um ficou preso. Anderson Henriques Brandão foi reconhecido por testemunhas. Ele já havia sido abordado 56 vezes por agentes do programa Segurança Presente de Copacabana.

Jonathan Batista Barbosa foi encontrado pela Polícia Civil, no domingo à tarde, na Praia de Botafogo. Jonathan chegou a ser abordado, anteriormente,10 vezes por agentes.

Um dia antes de atacar Gabriel, Jonathan tinha sido preso por furtar 80 barras de chocolates de uma loja de departamentos. Ele passou por uma audiência de custódia no sábado à tarde e foi solto.

A juíza Priscila Macuco Ferreira determinou a liberdade provisória e a imposição de medidas cautelares, como a necessidade de comparecimento mensal em juízo e a proibição de frequentar a loja furtada.

O Tribunal de Justiça declarou que os delitos foram cometidos sem o emprego de violência ou grave ameaça e que se tratava de furto de alimentos, que foram recuperados e devolvidos à loja.

A audiência de custódia sobre a morte de Gabriel foi marcada para terça-feira (21).

“Além da tristeza, a gente sente uma revolta, sabe? Porque era uma pessoa que estava presa e foi solta solta, e em menos de 12 horas e matou uma pessoa. É uma sensação de injustiça. De que a gente não está seguro [chora]. Eu vim para passear, me divertir e eu estou voltando pra casa levando meu primo morto”, disse Juliana.

Gabriel estudava Engenharia Aeroespacial em Minas Gerais e estava no Rio para assistir ao show de Taylor Swift. O corpo dele será enterrado nesta terça, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.